A caxumba é uma infecção viral aguda, contagiosa. Os principais sintomas são febre, dor e aumento de volume de uma ou mais glândulas salivares e, às vezes, glândulas sublinguais ou submandibulares. Pode atingir qualquer tecido glandular e nervoso. O período de incubação varia de 14 a 25 dias. A transmissão se dá pelo contato direto com as secreções das vias aéreas superiores da pessoa infectada, a partir de dois dias antes até nove dias depois do aparecimento dos sintomas. Segundo a médica Isabella Ballalai, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), a doença geralmente é benigna, mas pode haver complicações.
Raros são os casos de reinfecção pelo vírus da caxumba. Em geral, uma vez infectada, a pessoa adquire imunidade contra a doença. No entanto, se a infecção se manifestou apenas de um lado, o outro pode ser afetado em outra ocasião.
Como prevenir?
A prevenção contra a caxumba é simples: tomar a vacina tríplice viral, que protege contra caxumba, sarampo e rubéola. A vacina deve ser tomada a partir de um ano de idade em duas doses, com intervalo de um mês entre elas.
No SUS, a tríplice viral está disponível gratuitamente para pessoas de até 49 anos de idade. Para crianças e adolescentes de até 19 anos, estão disponíveis as duas doses. Para pessoas entre 20 e 49 anos, o sistema público de saúde oferece apenas uma dose.
A Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), no entanto, recomenda duas doses para pessoas de todas as idades. Quem já tomou as duas doses da vacina não precisa se imunizar de novo ao longo da vida. Quem teve a doença uma vez também está protegido.
Isabella observa que boa parte dos adolescentes e adultos não estão adequadamente protegidos contra a caxumba porque muitos não tomam a segunda dose da vacina. Além disso, o SUS só passou a oferecer a tríplice viral mais recentemente, a partir de 2002. “Na dúvida se tomou ou não tomou, a recomendação é tomar novamente. Só é possível ter certeza com o registro na carteirinha”, diz a médica.
Sintomas
Inchaço e dor na parótida e nas outras glândulas salivares infectadas (localizadas embaixo da mandíbula), dor muscular e ao engolir, febre, mal-estar, inapetência são sintomas da infecção, menos intensos nas crianças do que nos adultos.
Os seguintes sinais sugerem complicações da doença e exigem assistência médica imediata:
- Dor e inchaço nos testículos (orquite) e na região dos ovários (ooforite);
- Náuseas, vômitos, dor no abdômen superior (pancreatite);
- Rigidez na nuca, dor de cabeça e prostração (meningite).
Diagnóstico
O diagnóstico é basicamente clínico. Entretanto, há exames de sangue que ajudam identificar a presença de anticorpos contra o vírus da caxumba. Eles devem ser realizados quando ou se for necessário estabelecer o diagnóstico de certeza.
Vacina
A vacina contra caxumba é produzida com o vírus vivo atenuado da doença e faz parte do Calendário Básico de Vacinação. Pode ser aplicada isoladamente. No entanto, em geral, está associada às vacinas contra sarampo e rubéola. As três juntas compõem a vacina tríplice viral. A primeira dose deve ser administrada aos doze meses e a segunda, entre 4 e 6 anos.
Exceção feita aos imunodeprimidos e às gestantes, adultos que não foram infectados nem tomaram a vacina na infância e adolescência devem ser imunizados.
Tratamento
Não existem drogas específicas contra a caxumba. A doença é autolimitada e o tratamento, sintomático com analgésicos, antitérmicos. O doente deve permanecer em repouso enquanto durar a infecção.
Fonte: drauziovarella.uol.com.br
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