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Para que serve Xigduo

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Xigduo XR é um medicamento indicado como adjuvante à dieta e exercícios para melhorar o controle glicêmico em adultos com diabetes mellitus tipo 2, quando o tratamento com ambos dapagliflozina e metformina é apropriado. Vale lembrar que Xigduo XR não é indicado para uso em pacientes com diabetes tipo 1. Xigduo XR não deve ser usado para o tratamento da cetoacidose diabética.  

Mas o que é diabetes tipo 2?

O diabetes tipo 2 é uma doença crônica que afeta a forma como nosso organismo metaboliza a glicose, principal fonte de energia do corpo. A pessoa com diabetes tipo 2 pode ter uma resistência aos efeitos da insulina – hormônio que regula a entrada de açúcar nas células – ou não produz insulina suficiente para manter um nível de glicose normal. Quando não tratada, essa doença pode ser fatal.

O que podemos esperar do mecanismo de ação de Xigduo?

Xigduo XR é uma associação de dois medicamentos, a dapagliflozina e a metformina. A dapagliflozina é um medicamento que bloqueia o cotransportador sódio-glicose 2 (SGLT2), uma proteína responsável pela reabsorção de glicose (açúcar) no rim, fazendo com que essa glicose seja eliminada na urina. 

 

A metformina diminui a produção hepática de glicose, diminui a absorção intestinal de glicose e melhora a sensibilidade à insulina. A ação desses dois medicamentos age melhorando o controle do diabetes mellitus tipo 2. É interessante também que foi observada redução da quantidade de açúcar no sangue em jejum após uma semana de tratamento com Xigduo XR. 

Laboratório que disponibiliza Xigduo

Xigduo (dapagliflozina + cloridrato de metformina) é disponibilizado no mercado na apresentação de:

 

  • Comprimidos revestidos de liberação prolongada de 5 mg/1000 mg em embalagens com 14 e 60 comprimidos. 
  • Comprimidos revestidos de liberação prolongada de 10 mg/500 mg em embalagens com 14 comprimidos. 
  • Comprimidos revestidos de liberação prolongada de 10 mg/1000 mg em embalagens com 14 e 30 comprimidos.

 

O laboratório fabricante é o renomado Bristol-Myers Squibb, que em agosto de 2019, alcançou a 5º posição no ranking Melhores Empresas para Trabalhar na categoria multinacional médio porte, promovido pelo Great Place to Work (GPTW) e ficou em 1º lugar na categoria Farmacêutica. Ele também está devidamente registrado na ANVISA na classe terapêutica de antidiabéticos.

E qual a sua composição?

Xigduo XR 5 mg/1000 mg: cada comprimido revestido de liberação prolongada contém 6,15 mg de dapagliflozina propanodiol, equivalente a 5 mg de dapagliflozina e 1005,04 mg de cloridrato de metformina de liberação prolongada, equivalente a 1000 mg de metformina base. Excipientes: celulose microcristalina, lactose, crospovidona, dióxido de silício, estearato de magnésio, carmelose sódica, hipromelose, álcool polivinílico, dióxido de titânio, macrogol, talco e óxido férrico vermelho. 

 

Xigduo XR 10 mg/500 mg: cada comprimido revestido de liberação prolongada contém 12,30 mg de dapagliflozina propanodiol, equivalente a 10 mg de dapagliflozina e 502,61 mg de cloridrato de metformina de liberação prolongada, equivalente a 500 mg de metformina base. Excipientes: celulose microcristalina, lactose, crospovidona, dióxido de silício, estearato de magnésio, carmelose sódica, hipromelose, álcool polivinílico, dióxido de titânio, macrogol, talco e óxido férrico vermelho. 

 

Xigduo XR 10 mg/1000 mg: cada comprimido revestido de liberação prolongada contém 12,30 mg de dapagliflozina propanodiol, equivalente a 10 mg de dapagliflozina e 1005,04 mg de cloridrato de metformina de liberação prolongada, equivalente a 1000 mg de metformina base. Excipientes: celulose microcristalina, lactose, crospovidona, dióxido de silício, estearato de magnésio, carmelose sódica, hipromelose, álcool polivinílico, dióxido de titânio, macrogol, talco e óxido férrico amarelo. 

Importância de Dapagliflozina e Metformina

Dapagliflozina é um fármaco desenvolvido para o tratamento da diabetes tipo 2, comercializado no Brasil e União Europeia. Trata-se de um inibidor seletivo do co-transportador de sódio-glicose tipo 2 (SGLT2). Essa proteína é responsável por reabsorver a glicose que é filtrada pelos rins antes que ela seja eliminada pela urina. 

 

Esses medicamentos bloqueiam o SGLT-2, reduzindo a reabsorção da glicose pelo rim, aumentando a excreção de glicose e reduzindo os níveis de açúcar no sangue. Eles fazem excretar cerca de 50-90g de glicose por dia. Outros medicamentos da mesma classe comercializados no Brasil são a canagliflozina e a empagliflozina. 

 

Já a Metformina é um antidiabético oral da classe das biguanidas. É um dos medicamentos de escolha no tratamento do diabetes mellitus tipo 2 especialmente em pessoas obesas ou com sobrepeso. É o antidiabético mais usado no Brasil e nos Estados Unidos (onde foi prescrita quase 35 milhões de vezes em 2006 como genérico).

 

Ela parece agir de três maneiras diferentes:

 

Diminui a absorção dos carboidratos a nível intestinal. Reduz a produção de glicose pelo fígado. O fígado utiliza parte da sua alimentação para fazer uma reserva de glicose. Dessa forma, quando seu organismo passar por uma situação de estresse, o fígado vai liberar esta reserva de glicose, como uma fonte extra de energia, para o cérebro e os músculos trazendo a queima acelerada da gordura abdominal.

 

Aumenta a captação da glicose periférica, o que melhora a ligação da insulina aos seus receptores. Aumenta ainda a sensibilidade das células à insulina. Afinal, a insulina é o hormônio responsável pela colocação da glicose do sangue dentro das células do organismo para que seja gasta como combustível ou estocada. Resistência à insulina é uma disfunção onde quantidades excessivas de insulina são necessárias para colocar a glicose dentro das células.

 

Sabemos que a circulação de grandes quantidades de insulina no organismo pode levar à obesidade, a certos tipos de câncer e problemas cardiovasculares. Além disto, a situação sobrecarrega o pâncreas que pode, assim, envelhecer mais cedo e cessar a produção de insulina, tornando o indivíduo diabético.

Quando o uso de Xigduo não é indicado?

Você não deve utilizar Xigduo XR nas seguintes situações:  

 

  • Doença renal ou disfunção renal;  
  • Acidose metabólica aguda ou crônica;  
  • Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes;  
  • Disfunção hepática. 

 

É muito importante informar seu médico se:  

 

Você apresentar diabetes tipo 1. Pois, Xigduo XR não é indicado para diabetes tipo 1. 

 

Você apresentar ou se já apresentou dispneia acidótica (falta de ar), dor abdominal e hipotermia (queda da temperatura corporal) ou qualquer outro sintoma que possa indicar acidose láctica (condição causada pelo acúmulo de ácido láctico no organismo).  

 

Você apresenta alteração do funcionamento do rim ou do fígado.  

 

Você apresenta depleção de volume (alteração fisiológica manifestada através de pressão baixa, desmaio, desidratação ou tontura ao levantar-se).  

 

Você apresentar infecções urinárias.  

 

Você apresentar problemas cardíacos.  

 

Você tem ou já teve câncer de bexiga.

O tratamento com Xigduo XR deve ser descontinuado no momento ou antes da realização de procedimentos com utilização de contraste intravascular com material iodado. 

 

O tratamento deve ser suspenso pelas 48 horas subsequentes e reinstituído apenas após avaliação da função renal como normal, uma vez que esses procedimentos podem levar à alteração aguda da função renal, o que tem sido associado à acidose láctica em pacientes em uso de metformina. 

 

O uso de Xigduo XR deve ser temporariamente suspenso quando da realização de qualquer procedimento cirúrgico que requeira ingestão restrita de alimentos e líquidos, e não deve ser reiniciado até que a ingestão oral do paciente tenha reiniciado e a função renal tenha sido avaliada como normal. 

 

É aconselhável o monitoramento anual dos parâmetros hematológicos em pacientes que fazem uso do medicamento devido à possível diminuição dos níveis da vitamina B12 sérica. 

 

Uso concomitante com álcool 

O álcool é conhecido por potencializar o efeito da metformina, portanto deve-se ter cautela ao ingerir bebidas alcoólicas. 

 

Cetoacidose 

Se você apresentar sinais e sintomas compatíveis com cetoacidose, como náuseas, vômito, dor abdominal, mal estar e falta de ar, você deve consultar imediatamente o médico para avaliação de suspeita de cetoacidose. Em caso de suspeita de cetoacidose, seu médico pode suspender temporariamente ou interromper o uso de Xigduo XR. 

 

Infecções do trato urinário 

O tratamento com Xigduo XR aumenta o risco de infecções no trato urinário 

 

Uso na gravidez 

Não existem estudos adequados e bem controlados de Xigduo XR em mulheres grávidas. Quando a gravidez for detectada, Xigduo XR deve ser descontinuado. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. 

 

Uso durante amamentação 

Xigduo XR não deve ser usado também por mulheres que estão amamentando.

 

Interação medicamentosa de Xigduo

 

Ressaltando que você deve relatar a seu médico os medicamentos que está tomando, incluindo medicamentos vendidos com ou sem prescrição médica, vitaminas e suplementos naturais. Conheça os medicamentos que você toma. Mantenha uma lista de seus medicamentos e mostre-a a seu médico e farmacêutico quando começar a tomar uma nova droga.

Avise a seu médico se você estiver tomando outros medicamentos para o diabetes, especialmente sulfonilureias, insulina e medicamentos catiônicos (por exemplo, amilorida, digoxina, morfina, procainamida, quinidina, quinina, ranitidina, triantereno, trimetoprima ou vancomicina). 

 

Outras interações 

Os efeitos do fumo, dieta, produtos a base de plantas, e uso de álcool sobre a farmacocinética da dapagliflozina não foram especificamente estudados. Não se espera que Xigduo XR afete a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas. Não foram realizados estudos sobre os efeitos na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas. 

 

Informe sempre ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamentos sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde. 

Qual a posologia de Xigduo?

Dose Recomendada 

 

A dose de Xigduo XR deve ser individualizada com base no regime atual de cada paciente, eficácia e tolerabilidade, desde que não exceda a dose máxima recomendada de 10 mg de dapagliflozina e de 2000 mg de cloridrato de metformina de liberação prolongada. 

 

Xigduo XR deve, de modo geral, ser administrado uma vez ao dia com a refeição da noite. Se a terapia com um comprimido contendo dapagliflozina e metformina em combinação for considerada apropriada, a dose recomendada de dapagliflozina é de 10 mg uma vez ao dia. 

 

A dose inicial recomendada da metformina de liberação prolongada é de 500 mg uma vez ao dia, que pode ser titulada para 2000 mg uma vez ao dia. 

 

A dose máxima de Xigduo XR é dapagliflozina 10 mg/cloridrato de metformina de liberação prolongada 2000 mg tomada como dois comprimidos de 5 mg/1000 mg uma vez ao dia. A dose inicial recomendada de XIGDUO XR para pacientes que precisam de 10 mg de dapagliflozina e que não estão sendo tratados no momento com a metformina é de 10 mg dapagliflozina/500 mg de cloridrato de metformina de liberação prolongada, uma vez ao dia, com aumento gradual da dose para reduzir os efeitos colaterais gastrointestinais decorrentes da metformina. 

 

Nos pacientes tratados com metformina, a dose de Xigduo XR deve fornecer metformina na dose que já estava sendo tomada, ou na dose terapeuticamente apropriada mais próxima. Após a mudança da metformina de liberação imediata para a metformina de liberação prolongada, o controle glicêmico deve ser monitorado de perto e os ajustes na dose devem ser feitos de acordo. 

 

Para os pacientes que precisam de 5 mg de dapagliflozina, e que não estão sendo tratados atualmente com metformina, a dose recomendada é de 5 mg dapagliflozina/500 mg cloridrato de metformina de liberação prolongada, uma vez ao dia, com aumento gradual da dose para reduzir os efeitos colaterais gastrointestinais decorrentes da metformina. Estes pacientes devem utilizar os medicamentos individualmente. 

 

Os pacientes que precisam de 5 mg de dapagliflozina em combinação com cloridrato de metformina de liberação prolongada podem ser tratados com Xigduo XR 5 mg/1000 mg. Pacientes que precisam de 5 mg de dapagliflozina e que necessitam de uma dose de metformina superior a 1000 mg devem utilizar os medicamentos individualmente. 

 

Nenhum estudo foi realizado para examinar especificamente a segurança e a eficácia de Xigduo XR em pacientes previamente tratados com outros agentes hipoglicemiantes que mudaram para o Xigduo XR. Qualquer mudança na terapia do diabetes tipo 2 deve ser feita com cuidado e com acompanhamento médico, uma vez que podem ocorrer alterações no controle glicêmico. 

 

Os comprimidos de Xigduo XR devem ser engolidos inteiros, e nunca esmagados, cortados ou mastigados. Ocasionalmente, os ingredientes inativos de Xigduo XR serão eliminados nas fezes como uma massa mole, hidratada que pode se assemelhar ao comprimido original. 

 

Na bula eles ainda afirmam que este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado. 

 

Não há estudos dos efeitos de Xigduo XR comprimidos revestidos administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para eficácia desta apresentação, a administração deve ser somente pela via oral. 

 

Populações Especiais 

Disfunção rena

Não são necessários ajustes de dose. Xigduo XR não deve ser utilizado em pacientes com disfunção renal moderada a grave (depuração de creatinina [CrCl] < 60 mL/min).

 

Disfunção hepática 

Considerando que a diminuição da função hepática tem sido associada com alguns casos de acidose láctica em pacientes que tomam metformina, Xigduo XR deve, de modo geral, ser evitado em pacientes com evidência clínica ou laboratorial de disfunção hepática.

 

Crianças e Adolescentes 

A segurança e eficácia de Xigduo XR em pacientes pediátricos e adolescentes não foram estabelecidas. 

 

Idosos 

Como a metformina é eliminada pelos rins, e pelo fato de pacientes idosos serem mais propensos a ter função renal diminuída, Xigduo XR deve ser usado com cautela com o aumento da idade. 

Pacientes sob risco de depleção de volume 

Para pacientes sob risco de depleção de volume devido a condições coexistentes, uma dose inicial de 5 mg de dapagliflozina pode ser apropriada. 

 

Lembrando mais de uma vez de sempre seguir a orientação do seu médico, respeitando os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.  

Quais as reações adversas que ele pode conter?

As reações adversas relatadas em estudos clínicos são descritos abaixo. As frequências são definidas como: muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento), comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento), incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento), rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento), muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento), não conhecida (não pode ser estimada com os dados disponíveis).  

 

Infecções ou infestações

Infecção genital: comum

Infecções do trato urinário: comum

 

Metabolismo e alterações nutricionais

Poliúria: comum

 

Infecção genital inclui os termos preferidos, listados em ordem relatada de frequência: infecção micótica (infecção por fungos) vulvovaginal, balanite (infecção da cabeça do pênis), infecção vaginal, infecção genital fúngica, infecção genital, candidíase vulvovaginal (um tipo de fungo), balanite por cândida, vulvovaginite, candidíase genital, vulvite, balanopostites (infecção na pele que recobre a cabeça do pênis), infecção genital em homens, infecção do trato genitourinário, abscesso peniano, infecção peniana, postites, abscesso vulvar e vaginite bacteriana. 

 

Infecções do trato urinário incluem os termos preferidos, listados em ordem relatada de frequência: infecção do trato urinário, cistite (infecção da bexiga), infecção do trato urinário por Escherichia, infecção do trato genitourinário (infecção dos rins, uretra ou próstata), pielonefrite (infecção renal), trigonite (infecção da bexiga), uretrite (infecção da uretra) e prostatite (infecção da próstata). 

 

Poliúria inclui os termos preferidos, listados em ordem relatada de frequência: polaciúria (urinar pouca quantidade várias vezes), poliúria (urinar em excesso), débito urinário aumentado (volume urinário aumentado). 

 

Adicionalmente, estudos com dapagliflozina 10 mg apenas identificaram as seguintes reações adversas com frequência comum: infecção genital, infecção do trato urinário, dor nas costas (lombar), dislipidemia e disúria. 

 

Experiência pós-comercialização 

 

A seguinte reação adversa tem sido identificada durante o período de pós-comercialização da dapagliflozina: 

 

Distúrbios da pele e tecido subcutâneo

Erupção cutânea: Desconhecida

 

Erupção cutânea inclui os termos preferidos, listados em ordem de frequência nos estudos clínicos: erupção cutânea (lesão de pele), erupção cutânea generalizada, erupção cutânea pruriginosa (lesão de pele que provoca coceira), erupção cutânea macular (lesão de pele em formato de mancha avermelhada), erupção cutânea maculopapular (lesão de pele em formato de mancha avermelhada com pequenos pontos com tonalidade mais forte), erupção cutânea pustular (lesão de pele com pus), erupção cutânea vesicular (lesão de pele com bolhas), erupção cutânea eritematosa (lesão de pele avermelhada). 

 

Uma vez que estas reações são reportadas voluntariamente por uma população de tamanho desconhecido, nem sempre é possível estimar suas frequências de forma fiel. 

 

Em estudos clínicos placebo e ativo-controlados (dapagliflozina N=5936; controles N=3403), a frequência de erupção cutânea foi similar para os grupos da dapagliflozina (1.4%) e do controle (1.4%), correspondendo a frequência “comum” e significando (≥ 1/100 ˂ 1/10). 

Na bula, segue em negrito o alerta:

Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico ou cirurgião dentista. 

Onde comprar Xigduo?

Você pode comparar os preços e condições de entregas de Xigduo no Cliquefarma e decidir em qual farmácia ou drogaria da sua região irá adquirir agora mesmo! Conte conosco para responder quaisquer dúvidas ou sugestões no nosso quadro de comentários!

 

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Obesidade – Pandemia mundial

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O que é obesidade? A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal no indivíduo. Para o diagnóstico em adultos, o parâmetro utilizado mais comumente é o do índice de massa corporal (IMC).

O IMC é calculado dividindo-se o peso do paciente pela sua altura elevada ao quadrado. É o padrão utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que identifica o peso normal quando o resultado do cálculo do IMC está entre 18,5 e 24,9. Para ser considerado obeso, o IMC deve estar acima de 30.

 

A obesidade é fator de risco para uma série de doenças. O obeso tem mais propensão a desenvolver problemas como hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, entre outras.

Dados da obesidade no Brasil

Segundo uma pesquisa divulgada pelo próprio Ministério da Saúde, o número de obesos no país aumentou 67,8% entre 2006 e 2018. No Brasil, mais da metade da população, 55,7% tem excesso de peso. Um aumento de 30,8% quando comparado com percentual de 42,6% no ano de 2006. O aumento da prevalência foi maior entre as faixas etárias de 18 a 24 anos, com 55,7%. Quando verificado o sexo, os homens apresentam crescimento de 21,7% e as mulheres 40%.

 

A Organização Mundial de Saúde aponta a obesidade como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. A projeção é que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam com sobrepeso; e mais de 700 milhões, obesos. O número de crianças com sobrepeso e obesidade no mundo poderia chegar a 75 milhões, caso nada seja feito.

O perigo da obesidade infantil e na adolescência

A obesidade infantil acontece quando uma criança está com peso maior que o recomendado para sua idade e altura. De acordo com o IBGE, atualmente uma em cada três crianças no Brasil está pesando mais do que o recomendado. E oito em cada dez adolescentes continuam obesos na fase adulta.

 

As faixas de Índice de Massa Corporal (IMC) determinadas para crianças são diferentes dos adultos e variam de acordo com gênero e idade.E oito em cada dez adolescentes continuam obesos na fase adulta.

 

As crianças em geral ganham peso com facilidade devido a fatores tais como: hábitos alimentares errados, inclinação genética, estilo de vida sedentário, distúrbios psicológicos, problemas na convivência familiar entre outros.

 

As pessoas dizem que crianças obesas ingerem grande quantidade de comida. Esta afirmativa nem sempre é verdadeira, pois em geral as crianças obesas consomem alimentos de alto valor calórico que não precisa ser em grande quantidade para causar o aumento de peso.

 

O que mais influencia na obesidade das crianças

O consumo demasiado de alimentos gordurosos é um grande problema! Como exemplo podemos citar os famosos sanduíches (hambúrguer, misto-quente, cheeseburguer, etc.) que as mamães adoram preparar para o lanche dos seus filhos, as batatas fritas e é claro, os doces, bolachas recheadas, alimentos industrializados ultraprocessados, refrigerantes e tantos outros, vindo de encontro ao pessoal da equipe de saúde que condenam estes alimentos expondo os perigos da má alimentação aos pais onde alguns ainda pensam que criança saudável é criança gorda. 

 

As crianças costumam também a imitar os pais em tudo que eles fazem, assim sendo se os pais tem hábitos alimentares errados, acaba induzindo seus filhos a se alimentarem do mesmo jeito.

 

Outro fator importante é a falta de atividades físicas já na infância. A vida sedentária facilitada pelos avanços tecnológicos (computadores, televisão, videogames, etc.), fazem com que as crianças não precisem se esforçar fisicamente a nada. 

 

Devemos considerar também que hoje em dia, ao contrário de alguns anos atrás, as crianças devido a violência urbana a pedido de seus pais, ficam dentro de casa com atividades que não as estimulam fazer atividades físicas como correr, jogar bola, brincar de pique etc. Isso as leva a passarem horas paradas em frente a uma tv ou outro equipamento eletrônico e quase sempre com um pacote de biscoito ou um sanduíche regados a refrigerantes. Isto é um fator preocupante para o desenvolvimento da obesidade.

 

Os fatores hormonais e genéticos precisam ser levados em consideração, afinal, a obesidade infantil também pode ter correlação com variações hormonais tais como: excesso de insulina; deficiência do hormônio de crescimento; excesso de hidrocortizona, os estrógenos etc. E algumas pesquisas já revelaram que se um dos pais é obeso, o filho tem 50% de chances de se tornar gordinho, e se os dois pais estão acima do peso, o risco aumenta para 100%. A criança que tem pais obesos corre o risco de se tornar obesa também porque a obesidade pode ser adquirida geneticamente.

O emocional da criança por trás da obesidade

Algumas mudanças na vida da criança podem ser fatores estressantes e de risco para o desenvolvimento da obesidade, independente de qual seja, de escola ou de casa, separação dos pais, morte de um ente querido, podem ser levados em consideração como fatores externos que causam ansiedade, angústia, tristeza ou isolamento em crianças. 

 

É aí que os pais precisam ficar atentos porque isso pode levar a mudanças de comportamento e problemas alimentares. “Sempre vão existir fatores externos e eles mexem com as emoções da criança, que terá de lidar com aquilo. Algumas conseguem enfrentar bem essas situações. Outras não, e assim elas acabam comendo demais”, avalia a psicóloga Ana Rosa Gliber.

 

O assunto, segundo ela, é muito comum, mas pouco estudado: “Se o filho está comendo demais, os pais devem levá-lo para fazer uma avaliação com um médico e um psicólogo, para ver se há relação com um fator psicológico. Na maioria dos casos, essa ligação existe”, afirma Ana Rosa.

 

Em estudos avaliados, percebemos um ponto comum entre as características das crianças obesas, a maioria delas sofre com: ansiedade, depressão ou tristeza, isolamento, pouca independência e passividade. Além disso, por causa do excesso de peso, elas costumam sofrer bullying, o que agrava ainda mais o problema – infelizes e frustradas, elas comem mais. E tudo isso pode desencadear em problemas maiores ainda como gerar timidez, agressividade reprimida, insegurança e problemas de relacionamento.

 

Para ajudar seu filho nessa fase, existem algumas coisas simples de se fazer que podemos listar neste artigo:

 

1. Não faça cobranças dos hábitos alimentares dele na marra 

Pressionar a criança ou tentar diminuí-la com comentários do tipo: “Você não vê que está gordo? Para de comer!” não é nada vantajoso e não vai ajudar a criança a sair desse ciclo. É preciso entender que a criança come porque não consegue lidar com alguma situação difícil de outro modo. Explique carinhosamente a importância de comer melhor e ofereça alternativas gostosas a ela.

2. Não cale a boca de seu filho com comida

Sempre ouvimos falar que criança quieta demais nem sempre é sinal de tranquilidade, pode ser um problema. Às vezes para “acalmar” a criança, os pais oferecem comida não saudável e acredita que como isso deixa ela quieta, tudo bem em fazer rotineiramente. Isso é extremamente errado, o diálogo é sempre melhor.

3. Não se preocupe só com a alimentação 

Ao tirar a comida daquela criança sem nenhum tipo de explicação, para ela, você está apenas tirando algo bom, ela não vai entender a importância de bons hábitos se você não explicar e principalmente, não der o exemplo. Se a criança observar os pais resolvendo os problemas com comida, ela vai achar que deve resolvê-los dessa forma também.

O fato é que os quilos extras podem ter consequências para as crianças até a sua vida adulta, mesmo que a obesidade seja revertida nesse período. Doenças como diabetes, hipertensão e colesterol alto são algumas consequências da obesidade infantil não tratada. A condição também pode levar a baixa autoestima e depressão nas crianças.

Quais os tipos de obesidade?

  • Homogênea: É aquela em que a gordura está depositada por igual, tanto em membros superiores e inferiores quanto na região abdominal.

 

  • Andróide: É a obesidade em formato de maçã, mais característica do sexo masculino ou eM mulheres após a menopausa e nesse caso há um acúmulo de gordura na região abdominal e torácica, aumentando os riscos cardiovasculares.

 

  • Ginecóide: Obesidade em formato de pera, mais característica do sexo feminino e nesse caso há um acúmulo de gordura na região inferior do corpo, se concentrando nas nádegas, quadril e coxas. Está associada a maior prevalência de artrose e varizes.

 

Também a classificamos com o grau de acordo com o IMC:

 

1 – Entre 25 e 29,9 kg/m² = Sobrepeso;

2 – Entre 30 e 34,9 kg/m² = Obesidade grau I;

3 – Entre 35 e 39,9 kg/m² =Obesidade Grau II;

4 – 40 kg/m² = Obesidade Grau III.

 

Mais um tipo de classificação:

  • Primária: quando o consumo de calorias é maior que o gasto energético.
  • Secundária quando é resultante de alguma doença.

Principais causas da obesidade

As causas da obesidade, em geral são multifatoriais e envolvem fatores genéticos, ambientais, emocionais e estilo de vida.

 

Ela pode às vezes ser atribuída a uma causa médica, como a síndrome de Prader-Willi, a síndrome de Cushing e outras doenças. Contudo, esses distúrbios são raros e, em geral, as principais causas da obesidade são:

 

  • Sedentarismo: Se você não é muito ativo, você não queima tantas calorias. Com um estilo de vida inativo, você pode facilmente ingerir mais calorias todos os dias do que com exercícios e atividades diárias normais.

 

  • Maus hábitos alimentares: O hábito de fazer refeições desequilibradas (ricas em gordura ou açúcar) ou refeições muito ricas em carboidratos refinados, provoca um aumento do número e tamanho das células adiposas (as células que reservam a gordura) podendo conduzir ao aumento de peso, quando se repete consistentemente ao longo do tempo.

Causas emocionais

É um fato que as pessoas não ficam acima do peso por acaso. Sempre vai existir um motivo que justifique o excesso que pode comprometer a saúde e a autoestima, interferindo na vida cotidiana de diversas maneiras. Como já vimos, as causas são diversas e multifatoriais. Porém, os fatores emocionais são os de maior impacto no aumento de peso e obesidade. 

 

Atualmente, com a constante correria da vida moderna e a pressão para que consigamos dar conta de tudo o tempo todo, o que vemos acontecer é que muitas vezes, uma situação aparentemente simples para uma pessoa pode ser o fim do mundo para outra e de acordo com a maneira como ela encara aquele evento pode buscar uma fuga para o incômodo emocional daquele momento, encontrando na comida a solução temporária. 

 

Essas alterações podem se manifestar na forma de nervosismo, depressão ou ansiedade e certamente leva muitos a comerem algo inapropriado para se “livrar” daquela emoção ruim a que se expôs por algum motivo.

Ansiedade – a causa emocional que mais contribui para a obesidade

 

Dentre as três manifestações emocionais que interferem no aumento de peso, a ansiedade é, sem dúvida, a que mais resulta em obesidade. Claro que todo mundo sabe que a menor ingestão de calorias é a chave para emagrecer, não é? Sabem que uma caixa de bombom é várias vezes mais calórica do que um único bombom, certo? No entanto, a questão é bem mais profunda.

 

Pessoas que sofrem com a ansiedade normalmente mesmo sabendo da relação correta que precisa ter com a comida, simplesmente não resistem e precisam comer mais, se alimentando fora de hora e ingerindo alimentos altamente calóricos.

Como nesses casos a ansiedade que é responsável pelo excesso de calorias ingerido, ela é que deve ser tratada antes de qualquer coisa.

 

Por isso existe a Compulsão Alimentar, que impulsiona a pessoa a comer mais, às vezes sem perceber. Realmente em muitos casos as pessoas acima do peso não comem mais do que precisam, mas pela ansiedade acabam engordando por uma questão hormonal. 

 

Se a pessoa se sente ansiosa a ponto de não conseguir ter autocontrole diante da comida, ela deve procurar ajuda profissional. As emoções influenciam nossa vida e o mesmo acontece quando o assunto é o ganho de peso. Controlando as emoções, a saúde responderá a altura.

Do que se trata a Compulsão Alimentar?

A Compulsão Alimentar é uma doença mental em que a pessoa sente a necessidade de comer, mesmo quando não está com fome, e que não deixa de se alimentar apesar de já estar satisfeita. Pessoas com compulsão alimentar comem grandes quantidades de alimentos em pouco tempo e, durante o episódio sente perda de controle.

 

Alguns sinais da compulsão são:

 

  • Comer mais rápido do que o normal
  • Comer quando não está com fome
  • Continuar comendo mesmo quando já está saciado
  • Comer sozinho ou em segredo
  • Sentir-se triste ou culpado por comer demais.

 

É comum ouvir pessoas que sofrem de compulsão comentar:

 

  • “É mais forte do que eu. Abro a geladeira e como não importa a hora do dia, mesmo que eu tenha acabado de me alimentar”.
  • “Sei que estarei sozinha em casa, por isso, vou inventar uma desculpa para não sair  e comer”.
  • “Estou com vergonha por fazer isso, sei que é errado enquanto estou comendo, mas eu continuo. A comida está controlando minha vida”.
  • “Eu como normalmente diante dos outros, mas chego em casa e como muito quando ninguém está vendo”
  • “Estou sempre na geladeira em busca de algo”.

 

É possível prevenir a compulsão ensinando as crianças e adolescentes a não se deixar afetar tanto pelos padrões de beleza impostos pela sociedade e incentivar a boa autoestima do jovem. Explicar sobre os problemas dos distúrbios alimentares e ensinar bons hábitos também são formas de prevenir a compulsão.

Sintomas de Obesidade

A obesidade causa manifestações decorrentes da doença instalada que são cansaço, limitação de movimentos, suor excessivo, dores nas colunas e pernas.

 

O problema, talvez, comece pela dificuldade em entender que a obesidade é uma doença crônica. Em 2013, a American Medical Association, uma das organizações médicas mais influentes do mundo, decidiu classificar a obesidade como doença. Ao longo dos anos, outras entidades médicas internacionais – incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS) – reconheceram a condição como um problema crônico, que necessita de tratamento específico e de longo prazo.

Em termos médicos, a obesidade é definida como um depósito de excesso de gordura que prejudica a saúde. O IMC é um dos parâmetros usados  para diagnosticar se o indivíduo tem ou não excesso de peso ou obesidade, mas não é o único. É preciso entender que ganhar peso é algo natural. Sempre que perdemos uma quantidade grande de peso o corpo vai tentar voltar ao que era antes, porque há vários hormônios participando do ciclo do apetite e da saciedade. 

 

Durante pelo menos 12 meses após a perda de peso, o corpo volta a disparar os sinais que desencadeiam o apetite, o que potencialmente pode causar excessos na hora de comer. Em se falando do processo de perda de peso, é importante que alguns fatores estejam envolvidos, como psicoterapia, medicamentos, dieta, exercícios e, dependendo do caso, até cirurgia bariátrica. Entender os mecanismos envolvidos na obesidade pode ajudar as pessoas com tendência a ganhar peso a mudar hábitos, sentir menos culpa e buscar ajuda, caso necessário.

Em busca de ajuda médica

Se acha que está obeso e, se preocupa com problemas de saúde relacionados a isso, consulte um médico. Desta forma, poderá ser avaliado seus riscos à saúde e discutir suas opções de perda de peso.

 

O acompanhamento médico também é importante para identificar alterações que possam contribuir para o ganho de peso. Lembrando que o tratamento da obesidade deve ser multiprofissional. 

 

Especialistas que podem diagnosticar a obesidade são: 

  • Clínico geral
  • Endocrinologista
  • Nutricionista.

 

Você provavelmente se deparará com essas perguntas:

 

  • Quais eventos podem ter sido associados ao ganho de peso?
  • O que e quanto você come em um dia típico?
  • Quanta atividade física você faz em um dia típico?
  • Durante que períodos da sua vida você ganhou peso?
  • Quais são os fatores que você acredita que afetam seu peso?
  • Como sua vida diária é afetada pelo seu peso?
  • Quais dietas ou tratamentos você tentou para perder peso?
  • Quais são seus objetivos de perda de peso?
  • Você está pronto para fazer mudanças em seu estilo de vida para perder peso?
  • O que você acha que pode impedir que você perca peso?

 

O resultado do IMC revela se o peso está dentro da faixa ideal, abaixo ou acima do desejado – revelando sobrepeso ou obesidade:

  • Menor que 18,5 – Abaixo do peso
  • Entre 18,5 e 24,9 – Peso normal
  • Entre 25 e 29,9 – Sobrepeso (acima do peso desejado)
  • Igual ou acima de 30 – Obesidade.

Como calcular o IMC

IMC=peso (kg) / altura (m) x altura (m)

 

Por exemplo, se você tem 83 kg e sua altura é 1,75 m:

 

  • Altura x altura = 1,75 x 1,75 = 3.0625
  • IMC = 83 dividido por 3,0625 = 27,10
  • O resultado de 27,10 do seu IMC indica que está acima do peso desejado (sobrepeso).

Tratando a obesidade

É muito importante que você saiba: o tratamento da obesidade é complexo e envolve várias especialidades da saúde. Também não existe nenhum tratamento farmacológico em longo prazo que não envolva mudança de estilo de vida.

 

A forma mais simples de tratamento é a adoção de um estilo de vida mais saudável, com menor ingestão de calorias e aumento das atividades físicas. Essa mudança não só provoca redução de peso e reversão da obesidade, como facilita a manutenção da sua saúde de maneira geral.

Se alimentando corretamente

Por mais que a correria do dia a dia dificulte a realização de uma alimentação saudável, pequenas mudanças aos poucos já podem fazer uma grande diferença:

 

  • Consuma frutas, legumes e vegetais.
  • Prefira carboidratos integrais aos refinados.
  • Evite alimentos como biscoitos, bolachas e refeições prontas. Elas são ricas em açúcar, sódio e gorduras – tudo o que sua filha ou filho não pode comer em exagero.
  • Limite ou exclua o consumo de bebidas adoçadas, incluindo os sucos industrializados. Essas bebidas são muito calóricas e oferecem poucos ou nenhum nutriente.
  • Reduza o número de vezes em que a família vai comer fora, especialmente em restaurantes de fast-food. Muitas das opções do menu são ricas em gordura e calorias
  • Sirva porções adequadas.
  • Opte sempre por consumir comida de verdade. Lembre-se da máxima: “Desembale menos e descasque mais!”

Praticando qualquer atividade física

Aumentar a prática de exercícios ou é uma parte essencial do tratamento da obesidade. A maioria das pessoas que conseguem manter a perda de peso por mais de um ano faz exercício físico regular, mesmo que seja apenas caminhando. Você pode apostar nessas dicas:

 

  • Exercite-se: pessoas com sobrepeso ou obesas precisam ter pelo menos 150 minutos por semana de atividade física de intensidade moderada para evitar mais ganho de peso ou para manter a perda de uma quantidade modesta de peso. 

 

  • Trace algumas estratégias: mesmo que o exercício aeróbico regular seja a maneira mais eficiente de queimar calorias e perder peso, qualquer movimento extra ajuda. Faça algumas alterações simples ao longo do dia que vão resultar em grandes benefícios. Exemplos: estacionar mais longe das entradas das lojas, aprimorar suas tarefas domésticas, fazer jardinagem, levantar-se e mover-se periodicamente. Você pode usar um pedômetro para acompanhar quantos passos você realmente dá ao longo de um dia.

Prevenção do aumento de peso após tratamento

Mesmo quem passa por uma cirurgia bariátrica está sujeito a recuperar o peso se continuar a comer demais os alimentos altamente calóricos. A verdade cruel é que isso é possível, independentemente do método de emagrecimento que a pessoa se propor. 

 

Se você toma medicamentos para perda de peso, provavelmente irá recuperar o peso quando parar de tomá-los. Mas isso não significa que seus esforços de perda de peso sejam inúteis.

 

Uma das melhores maneiras de evitar recuperar o peso que você perdeu é fazer atividade física regularmente, aproximadamente 60 minutos por dia. À medida que você perder peso e melhorar sua saúde, converse com seu médico sobre quais atividades adicionais você pode fazer e, se apropriado, como estimular sua atividade e exercitar-se.

 

Você deve sempre ficar atento ao seu peso e manter uma dieta saudável aliada às atividades físicas, sem dúvida, essas são as melhores maneiras de manter o peso que você perdeu a longo prazo.

Utilização de medicamentos

Fazer uso de medicamentos pode ser necessário, eles contribuem modestamente e de forma temporária no tratamento da obesidade, claro que estes nunca devem ser usados como única forma de tratamento! Boa parte das substâncias usadas atuam no cérebro e podem provocar reações adversas graves, como: nervosismo, insônia, aumento da pressão sanguínea, batimentos cardíacos acelerados, boca seca e intestino preso. Um dos riscos que os remédios para obesidade oferecem é o de se tornar dependente. Por isso, o tratamento medicamentoso da obesidade deve ser acompanhado com rigor e restrito apenas a alguns tipos de pacientes.

Cirurgias para Obesidade

Pessoas com obesidade mórbida e comorbidades, como diabetes e hipertensão, podem ser consideradas aptas a fazer a cirurgia de redução de estômago para controlar o peso e sair da obesidade. 

Atualmente, existem algumas técnicas diferentes de cirurgia bariátrica para obesidade reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), são elas: Bypass Gástrico (gastroplastia com desvio intestinal em “Y de Roux”), Gastrectomia Vertical (ou cirurgia de Sleeve), Duodenal Switch (associação entre gastrectomia vertical e desvio intestinal), Banda gástrica ajustável, Cirurgia Laparoscópica (minimamente invasiva). A escolha da cirurgia deverá ser analisada junto ao médico e dependerá do quadro do paciente, do grau de obesidade e das doenças relacionadas.

Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, assim como a dosagem correta e a duração do tratamento. 

 

Sempre orientamos nossos leitores a seguir à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedicar! Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, seguir as instruções na bula.

Obesidade – É possível se curar?

A obesidade é uma doença crônica que pode ser tratada e manter-se controlada com a alimentação e prática de exercícios físicos, mas não tem cura.

Lembrando que a obesidade infantil aumenta o risco de uma série de condições, incluindo: 

  • Colesterol alto
  • Hipertensão
  • Doença cardíaca
  • Diabetes tipo 2
  • Problemas ósseos
  • Síndrome metabólica
  • Distúrbios do sono
  • Esteatose hepática não alcoólica
  • Depressão
  • Asma e outras doenças respiratórias
  • Condições de pele como brotoeja, infecções fúngicas e acne
  • Baixa autoestima
  • Problemas de comportamento.

É possível conviver com a doença

Adotando algumas estratégias, você pode lidar melhor com a obesidade, entre elas:

 

  • Não depositar as esperanças do tratamento da obesidade apenas no medicamento ou cirurgia, lembre-se que o resultado depende principalmente das mudanças no estilo de vida (dieta e atividade física).
  • Com o tempo o medicamento para obesidade pode passar a perder o efeito. Se isso ocorrer, consulte seu médico e nunca aumente a dose por conta própria.
  • Estão disponíveis atualmente muitas propagandas irregulares de medicamentos para emagrecer, principalmente na internet, por isso não acredite em promessas de emagrecimento rápido, fácil e milagroso, isso não existe!
  • Não compre medicamentos para obesidade pela internet ou em academias de ginástica, pois muitos não têm sequer registro na ANVISA e podem fazer mal a quem utiliza.
  • Clínicas e consultórios não podem vender medicamentos para obesidade. O paciente pode escolher a farmácia de sua confiança para comprar ou manipular o medicamento prescrito.
  • Fórmulas de emagrecimento com várias substâncias misturadas são proibidas pelo Ministério da Saúde e já provocaram mortes.

 

Infelizmente, não existe nenhuma fórmula mágica…a verdade é que para manter o peso dentro dos valores desejáveis e controlar a obesidade, a melhor opção é ter uma alimentação equilibrada e praticar atividades físicas regularmente.

 

Prevenindo a obesidade

Podemos afirmar que a estratégia preventiva contra a obesidade deve se iniciar no nascimento, ressaltando que o leite materno é um fator de prevenção contra a obesidade e combatendo mitos de que a criança deve comer muito, mesmo quando está satisfeita e que criança saudável é aquela “gordinha”. 

 

Visto que as complicações que a obesidade acarreta são graves, as seguintes medidas devem ser tomadas como fatores de prevenção:

 

  1. Adequação do consumo energético. Lembre-se de consumir calorias que estejam de acordo com o gasto calórico e se caso a pessoa precise perder peso, é necessário um planejamento alimentar que priorize alimentos que deem mais saciedade e que tenham o valor calórico menor possível.

 

  1. Incluir atividades físicas rotineiramente. Atualmente cerca de 80% da população é sedentária e muitos associam as atividades de lazer a atividades de baixo gasto calórico, como ver televisão, jogar videogame, ficar no computador e isso é um fator relevante para desencadear a obesidade, em compensação, o exercício físico intenso ou de longa duração tem o efeito de inibir o apetite.

 

Viu quantas informações relevantes sobre a obesidade você encontra por aqui? Tem alguma sugestão ou dúvida sobre o assunto? Converse conosco no quadro de comentários, vamos apreciar muito poder interagir com você!

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Atorvastatina – Para que é indicada?

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A atorvastatina é indicada para o tratamento do colesterol alto quando a resposta à dieta e outras medidas não surtirem efeito.

Também é indicada para prevenção da síndrome coronária aguda e na prevenção de complicações cardiovasculares em pacientes com pressão alta, diabetes, HDL baixo ou história familiar de doença cardíaca precoce e fumantes, reduzindo assim o risco de complicações como: infarto do miocárdio não fatal, de derrame fatal e não fatal, de procedimentos de para desobstrução das artérias, de hospitalização por insuficiência cardíaca congestiva e de angina.

A eficácia das estatinas no tratamento do colesterol

As estatinas são os principais remédios prescritos para baixar o colesterol. Em doses ajustadas, chegam a reduzir pela metade a presença da gordura na corrente sanguínea. É como se a estatina se intrometesse na linha de montagem do fígado, exatamente na seção de geração do colesterol, interrompendo o fluxo de produção. 

 

Hoje há muitas variantes desse medicamento, mais ou menos potentes, segundo o tempo de atuação de seu princípio ativo. Mas, em qualquer versão, ele tem uma espécie de dupla ação. Primeiro, faz o fígado criar menos LDL. A glândula, a partir daí, para compensar o baixo abastecimento e reforçar seu estoque, manda receptores capturarem o LDL que está na circulação – diminuindo mais o número dessas partículas circulantes. E o remédio, por tabela, ainda parece minimizar a carga dos triglicérides.

Por que as estatinas são as mais indicadas

Em geral, o uso da estatina reduz em 30% as taxas do colesterol ruim, o LDL. Além de reduzir os níveis de gordura no sangue, a evolução da medicina com o passar dos anos, trouxe para os usuários atuais outros ganhos como o aumento da elasticidade das artérias e até mesmo reduzir processos inflamatórios pelo corpo.

 

O funcionamento da medicação se baseia no controle da produção de colesterol pelo fígado e no bloqueio de enzimas que estimulam a produção do LDL no corpo. Algumas fórmulas de estatinas são a sinvastatina, atorvastatina, rosuvastatina, fluvastatina, lovastatina, entre outras. Apenas o médico pode indicar qual é o tipo mais indicado para cada paciente.

 

As estatinas não são as únicas drogas disponíveis no mercado para tratar o colesterol alto, porém, são as que apresentam os melhores resultados nos estudos científicos. Mesmo com o uso delas para o controle do colesterol, é preciso ficar atento aos outros fatores de risco cardiovasculares como a má alimentação, a falta de exercícios físicos e o tabagismo. 

Potência das estatinas

A Rosuvastatina e a Atorvastatina são as duas estatinas mais potentes, com maior capacidade de redução dos níveis do colesterol LDL. Sinvastatina, Pravastatina e Pitavastatina têm potência intermediária, enquanto a Fluvastatina e Lovastatina são as estatinas menos potentes.

 

Apesar dos diferentes resultados, todas as estatinas são eficazes para reduzir o colesterol LDL e aumentar o colesterol HDL.

Laboratórios que disponibilizam Atorvastatina

São vários os laboratórios que fabricam e distribuem medicamentos com atorvastatina como princípio ativo, podemos citar: o Ateroma, do laboratório Supera Farma, Caduet da Pfizer, Kolevas de EMS, Lipgrand, de Legrand e o Obviso, de Bayer

 

Atorvastatina também está devidamente registrada na ANVISA como um medicamento da classe terapêutica dos antilipêmicos.

Como a Atorvastatina cálcica funciona?

A atorvastatina cálcica age reduzindo a quantidade de colesterol (gordura) total no sangue diminuindo os níveis das frações prejudiciais (LDL-C, apolipoproteína B, VLDL-C, triglicérides) e aumentando os níveis sanguíneos do colesterol benéfico (HDL-C). A ação de atorvastatina cálcica se dá pela inibição de produção de colesterol pelo fígado, e aumento da absorção e destruição de frações prejudiciais (LDL) do colesterol. 

Existe algum motivo para não usá-la?

Sim. Atente-se aos dizeres da bula: a atorvastatina cálcica é contraindicada a pacientes que apresentam hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula; doença hepática (do fígado) ativa ou elevações persistentes inesperadas das transaminases séricas (enzimas do fígado), excedendo em 3 vezes o limite superior da normalidade; durante a gravidez ou lactação (amamentação) ou a mulheres em idade fértil que não estejam utilizando medidas contraceptivas (para evitar gravidez) eficazes. 

 

Este medicamento deve ser administrado a adolescentes e mulheres em idade fértil somente quando a gravidez for altamente improvável e desde que estas pacientes tenham sido informadas dos potenciais riscos ao feto.  

 

Ela é contraindicada também para menores de 10 anos de idade. A atorvastatina cálcica não deve ser utilizada por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento. 

 

O que mais devo saber antes de usar este medicamento?

Sempre avise o seu médico todas as medicações que você toma quando ele for prescrever uma medicação nova. O profissional precisa avaliar se as medicações reagem entre si alterando a sua ação, ou da outra; isso se chama interação medicamentosa. Siga estritamente as orientações do seu médico. 

 

Lembre-se sempre que medicamentos que reduzem a quantidade de lípides (gordura) no sangue agem no metabolismo (transformação) dos lípides no fígado, raramente isso pode levar a alteração dos níveis de enzimas hepáticas (substâncias produzidas pelo fígado) na corrente sanguínea, que voltam ao normal com diminuição ou retirada do tratamento. Recomenda-se que testes de função do fígado sejam feitas antes do início do tratamento e periodicamente. 

 

Atenção: atorvastatina cálcica deve ser usada com cuidado em pacientes com maior risco de alterações da função do fígado (por exemplo, uso abusivo de bebidas alcoólicas, portadores de doenças hepáticas). 

 

Pacientes com AVC hemorrágico (tipo de derrame cerebral) prévio parecem apresentar um risco maior para apresentarem um novo AVC hemorrágico. Relate imediatamente ao seu médico se surgirem inesperadamente dor muscular, alterações da sensibilidade ou fraqueza muscular, particularmente se for acompanhada de mal-estar ou febre. 

 

Miopatia (dor ou fraqueza muscular) devido à lesão dos músculos (diagnosticada através do aumento dos valores da substância CPK no sangue) pode ocorrer em pacientes que usam atorvastatina cálcica, sendo mais frequentes naqueles que usam também ciclosporina, fibratos, eritromicina, niacina ou antifúngicos azólicos. 

 

Avise imediatamente o seu médico caso você faça uso de alguma dessas medicações. Há raros casos de rabdomiólise (destruição de células musculares) acompanhada de alteração da função dos rins (insuficiência renal aguda) relatados em usuários de medicações da classe da atorvastatina cálcica. Por isso em situações em que os riscos de rabdomiólise aumentarem (infecção aguda grave, hipotensão – pressão baixa, cirurgia de grande porte, politraumatismos, distúrbios metabólicos, endócrinos e eletrolíticos e convulsões não controladas) recomenda-se a interrupção temporária de atorvastatina cálcica. 

 

Atorvastatina cálcica é contraindicada durante a gravidez. Não se sabe se atorvastatina cálcica é excretada no leite materno, devido aos riscos potenciais para os lactentes (bebês que mamam leite materno), mulheres utilizando atorvastatina cálcica não devem amamentar. 

 

A administração concomitante atorvastatina cálcica 10 mg, 20mg e 40mg comprimidos revestidos – VP03 de atorvastatina cálcica com medicamentos inibidores do CYP 3A4 ou indutores do CYP 3A4 (sistemas de quebra de vários medicamentos – como ciclosporina, eritromicina/claritromicina, inibidores da protease, cloridrato de diltiazem, cimetidina, itraconazol, suco de grapefruit, efavirenz, rifampicina) pode alterar a quantidade de atorvastatina cálcica no sangue. São conhecidas outras interações medicamentosas, avise seu médico se você fizer uso de: antiácidos, colestipol, digoxina, azitromicina, contraceptivos orais (pílulas), varfarina, ácido fusídico. 

 

Efeitos na Habilidade de Dirigir ou Operar Máquinas: Não há evidências de que atorvastatina cálcica possa afetar a habilidade do paciente de dirigir ou operar máquinas. 

 

Uso em Crianças: atorvastatina cálcica 10 mg e 20 mg está indicado para o tratamento de hipercolesterolemia em pacientes acima de 10 anos de idade. As adolescentes devem ser aconselhadas sobre os métodos contraceptivos (para evitar gravidez) apropriados enquanto estiverem em tratamento com atorvastatina cálcica. 

 

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde. Atenção: Este medicamento contém Açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes.

E qual a sua posologia?

Este medicamento deve ser usado após a prescrição médica. A dose pode variar de 10 a 80 mg em dose única diária, usada a qualquer hora do dia, com ou sem alimentos. As doses iniciais e de manutenção devem ser individualizadas de acordo com os níveis iniciais do colesterol sanguíneo, a meta do tratamento e a resposta do paciente. 

 

Após o início do tratamento e/ou durante o ajuste de dose de atorvastatina cálcica, os efeitos aparecem após 2 a 4 semanas, portanto os exames para avaliação do resultado do ajuste da dosagem devem ser feitas após esse período. 

 

Uso em Pacientes com Insuficiência Hepática (prejuízo da função do fígado): Explicamos tudo para você logo acima no tópico “O que mais devo saber antes de usar este medicamento?”. 

 

Uso em Pacientes com Insuficiência Renal (diminuição da função dos rins): a insuficiência renal não apresenta influência nas concentrações plasmáticas (sanguíneas). Portanto, o ajuste de dose não é necessário. 

 

Uso em Idosos: não foram observadas diferenças entre pacientes idosos e a população em geral com relação à segurança, eficácia ou alcance do objetivo do tratamento de lípides (gorduras do sangue). 

 

Uso combinado com outros medicamentos: quando a coadministração de atorvastatina cálcica e ciclosporina, telaprevir ou tipranavir/ritonavir é necessária, a dose de atorvastatina cálcica não deve exceder 10 mg. 

 

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico. Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado. 

E se eu me esquecer de tomá-la?

Caso você esqueça-se de tomar uma dose de atorvastatina cálcica no horário estabelecido pelo seu médico, tome-a assim que lembrar. Não tome se fizer mais de 12 horas que você esqueceu-se de tomar a sua última dose. Espere e tome a dose seguinte no horário habitual. 

Não tome 2 doses de atorvastatina cálcica ao mesmo tempo. O esquecimento de dose pode comprometer a eficácia do tratamento. 

 

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista. 

Como funciona o armazenamento e por quanto tempo posso guardar atorvastatina?

A atorvastatina cálcica deve ser conservada em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. 

 

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo. 

 

Muito importante se lembrar que todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças e animais domésticos. 

Atorvastatina tem efeitos colaterais?

A atorvastatina cálcica é geralmente bem tolerada. As reações adversas foram geralmente de natureza leve e transitória. 

 

Os efeitos adversos mais frequentes (reação comum – ocorre em 1% ou mais dos pacientes que utilizam este medicamento) que podem ser associados ao tratamento com atorvastatina cálcica são: Nasofaringite (resfriado comum), hiperglicemia (aumento de glicose do sangue), dor faringolaríngea (de garganta), epistaxe (sangramento nasal), diarreia, dispepsia (má digestão), náusea (enjoo), flatulência (excesso de gases no estômago ou intestinos), artralgia (dor nas articulações), dor nas extremidades, dor musculoesquelética (músculos e ossos), espasmos musculares (contrações involuntárias), mialgia (dor muscular), edema articular (inchaço da articulação), alterações nas funções hepáticas (do fígado), aumento da creatina fosfoquinase sanguínea (CPK – enzima que aumenta quando há lesão muscular). 

 

Efeitos adicionais relatados nos estudos placebo-controlados: Pesadelo, visão turva, tinido (zumbido no ouvido), desconforto abdominal, eructação (liberação de gases pela boca), hepatite (inflamação do fígado) e colestase (parada ou dificuldade da eliminação da bile),urticária (alergia da pele), fadiga muscular (cansaço do músculo), cervicalgia (dor na região cervical), mal-estar, febre, presença de células brancas positivas na urina. 

 

Em pacientes pediátricos (idade entre 10 e 17 anos): Infecções. 

 

Efeitos adicionais na experiência pós-comercialização: Trombocitopenia (diminuição das células de coagulação do sangue: plaquetas), reações alérgicas (incluindo anafilaxia – reação alérgica grave), ruptura do tendão, aumento de peso, hipoestesia (perda ou diminuição da sensibilidade), amnésia, tontura, disgeusia (paladar alterado), pancreatite (inflamação no pâncreas), síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica (doença cutânea em que a camada superficial da pele se solta em lâminas), angioedema (inchaço), eritema multiforme (reação imunológica das mucosas e da pele), rash bolhosa (erupções em forma de bolha na pele), rabdomiólise (danos na musculatura esquelética com liberação de componentes celulares na circulação), miopatia necrosante autoimune (doença muscular), miosite (inflamação dos músculos), dor nas costas, dor no peito, edema periférico (inchaço nas extremidades), fadiga (cansaço). 

 

Sempre informamos em nossos artigos que nas bulas constam para você recorrer ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico se perceber o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento. 

O que devo fazer caso tome uma dose superior à indicada?

Atorvastatina cálcica 10 mg, 20mg e 40 mg comprimidos revestidos – VP03. Não há tratamento específico para superdosagem com atorvastatina cálcica. No caso de superdosagem, o paciente deve receber tratamento sintomático e devem ser instituídas medidas de suporte, conforme a necessidade. 

 

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.  

Onde comprar?

Nosso buscador e comparador de preços ajuda você a encontrar as melhores condições de entregas de cada medicamento que contenha a atorvastatina como princípio ativo em sua composição. Acesse agora mesmo a Cliquefarma e decida qual irá adquirir agora mesmo! 

Gostou do nosso artigo explicando sobre essa estatina muito recomendada pelos médicos? Se quer mais informações, tem alguma dúvida ou deseja nos dar sua opinião, comente abaixo que teremos o maior prazer em interagir com você!

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Doenças de coração: As maiores causadoras de mortes no mundo!

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Doença cardiovascular ou Doença cardíaca é um termo geral que usamos para designar diversas condições médicas crônicas ou agudas que afetam um ou mais componentes do coração.

Entre os pulmões existe uma cavidade conhecida como mediastino. Este é o lugar onde o coração está posicionado – para se ter uma ideia, parte-se do centro do corpo humano, dois terços para a esquerda. O coração é um órgão muscular do tamanho de um punho, que bombeia o sangue através da rede de artérias e veias chamada sistema cardiovascular.

 

Nele encontramos, suas quatro câmaras:

 

  • Átrio direito: é a câmara que recebe o sangue das veias e bombeia para o ventrículo direito;
  • Ventrículo direito: ela recebe o sangue do átrio direito e bombeia para os pulmões, onde ele é carregado com oxigênio;
  • Átrio esquerdo: recebe sangue oxigenado dos pulmões e bombeia para o ventrículo esquerdo;
  • Ventrículo esquerdo: bombeia o sangue oxigenado para o resto do corpo. As contrações do ventrículo esquerdo é que criam a nossa pressão arterial.

 

As artérias coronárias correm através da superfície do coração e fornecem sangue rico em oxigênio ao músculo cardíaco. Uma teia de tecido nervoso também atravessa o coração, conduzindo os sinais neurológicos complexos que regem a contração e relaxamento. Essa teia que envolve o coração é um saco chamado 

Quando ocorre a doença de coração?

A doença cardíaca ocorre quando uma dessas estruturas não está funcionando corretamente. Citando algumas doenças cardíacas comuns, podemos falar de:

 

  • Angina instável e estável
  • Arritmia cardíaca
  • Artrose
  • Aterosclerose (doença cardíaca coronária)
  • Cardiomiopatia
  • Cardiopatia congênita
  • Doença arterial periférica
  • Endocardite
  • Estenose mitral
  • Estenose pulmonar
  • Fibrilação atrial
  • Hipertensão
  • Hipotensão
  • Infarto
  • Insuficiência cardíaca
  • Pericardite
  • Prolapso da válvula mitral
  • Síndrome coronariana aguda
  • Sopro no coração
  • Taquicardia Ventricular
  • Tumor cardíaco.

 

Algumas doenças de coração

Agora, vamos falar um pouco a fundo sobre algumas delas, suas principais causas, sintomas e tratamentos.

Angina

A angina é uma dor no peito temporária ou uma sensação de pressão que ocorre quando o músculo cardíaco não está recebendo oxigênio suficiente. 

Principais causas

As artérias coronarianas, que se ramificam da aorta assim que esta sai do coração, fornecem o sangue necessário que é rico em oxigênio para o coração funcionar.  A angina vai ocorrer quando a carga de trabalho do coração (e a necessidade por oxigênio) exceder a capacidade das artérias coronarianas de suprir sangue ao coração. 

 

Esse fluxo sanguíneo coronariano pode ficar limitado quando as artérias se estreitam. Essa constrição é normalmente resultante de depósitos de gordura nas artérias (aterosclerose), mas também pode ser decorrente de um espasmo da artéria coronariana. O fluxo sanguíneo inadequado para qualquer tecido é denominado isquemia.

Em geral, quando a angina ocorre devido à aterosclerose, manifesta-se inicialmente durante um esforço físico ou um estresse emocional, que fazem com que o coração trabalhe mais e aumente a sua necessidade de oxigênio. Se a artéria apresentar uma estenose significativa (geralmente superior a 70%), pode ocorrer angina, mesmo durante o repouso, quando as necessidades do coração estão reduzidas ao mínimo.

Classificação da angina

 

Angina noturna: ocorre à noite, durante o sono.

 

Angina estável: trata-se da dor ou desconforto no tórax que geralmente ocorre com a atividade ou esforço. Estes episódios de dor ou desconforto são provocados por quantidades semelhantes ou consistentes de atividade ou esforço.

 

Angina de decúbito: a angina que ocorre quando uma pessoa está deitada (não necessariamente apenas à noite), sem qualquer causa aparente. A angina de decúbito ocorre porque a gravidade redistribui líquidos no corpo. Esta redistribuição faz o coração trabalhar mais.

 

Angina variante: resulta de um espasmo de uma das grandes artérias coronarianas na superfície do coração. Ela é chamada variante porque se caracteriza por dor durante o repouso, não durante o esforço, além de alterações específicas detectadas através de um eletrocardiograma (ECG) durante um episódio de angina.

 

Angina instável: esta refere-se à angina na qual o padrão de sintomas se altera. Como as características de angina em uma determinada pessoa geralmente permanecem constantes, qualquer alteração – como dor mais grave, ataques mais frequentes, ou ataques que ocorrem com menos esforço ou durante o repouso – é grave. Isso, geralmente reflete um estreitamento súbito de uma artéria coronariana por um ateroma que tenha rompido ou por um coágulo de sangue que tenha se formado. O risco de um ataque cardíaco é elevado. A angina instável é considerada uma síndrome coronariana aguda, que vamos falar mais para frente sobre.

Tratando a angina

Depois de consulta ao médico e feitos os exames necessários para o diagnóstico de angina, o médico irá conversar com o paciente, informando a importância de se fazer:

 

  • Alterações no estilo de vida
  • Terapia medicamentosa
  • Às vezes, o tratamento para desobstruir vasos sanguíneos (terapia de revascularização)

 

O tratamento começa com a tentativa de diminuir ou reverter a progressão da doença arterial coronariana através do gerenciamento de fatores de risco. Esses seriam a hipertensão arterial e níveis elevados de colesterol, que são tratados prontamente. Parar de fumar também se torna crucial. Uma dieta variada com baixo teor de gordura e pobre em carboidratos de açúcar simples e a prática de exercícios são recomendadas (para a maioria das pessoas). A perda de peso, se necessária, também é recomendada.

 

Quando os sintomas são estáveis ​​e leves a moderados, o tratamento mais eficaz pode ser a modificação de fatores de risco e a utilização de certos medicamentos. Se estes não reduzirem os sintomas acentuadamente, um procedimento para restaurar o fluxo de sangue até as áreas afetadas do coração (um procedimento de revascularização) pode ser necessário. Quando os sintomas pioram rapidamente, geralmente é necessária hospitalização imediata e avaliação da pessoa para detectar uma síndrome coronariana aguda.

Tratamento medicamentoso

Os médicos realizam diversos tipos de tratamento para pessoas com angina. São utilizados diferentes medicamentos, todos eles visando:

 

  • Solucionar um ataque de angina (nitratos);
  • Prevenir a ocorrência de angina (betabloqueadores, bloqueadores do canal de cálcio, às vezes um medicamento mais novo, a ranolazina);
  • Impedir e reverter o bloqueio da artéria coronariana (inibidores da enzima conversora de angiotensina [ECA], bloqueadores dos receptores de angiotensina II, estatinas e medicamentos antiplaquetários).

Cardiomiopatia

Trata-se de uma inflamação do músculo cardíaco que provoca sua ampliação e enfraquecimento. A condição compromete a capacidade de bombear sangue, podendo ocorrer à insuficiência cardíaca.

 

Existem quatro tipos da doença. O mais comum é a cardiomiopatia dilatada, que atinge pessoas de 20 a 60 anos, e ocorre quando o coração não bombeia sangue suficiente. Na cardiomiopatia restritiva, o músculo cardíaco se torna duro e rígido, o que compromete o fluxo sanguíneo. O terceiro tipo, cardiomiopatia hipertrófica, se caracteriza pelo espessamento das paredes do coração, que bloqueia o fluxo de sangue para fora do ventrículo. Por último, temos a cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo, um tipo raro que ocorre quando o tecido do músculo cardíaco é substituído por um tecido cicatrizado, afetando os sinais elétricos do coração.

Fatores de risco e sintomas da cardiomiopatia

Infelizmente, na maioria dos casos, as causas da cardiomiopatia são desconhecidas. Em outros, é possível identificar alguns fatores ligados ao surgimento, como: pressão alta de longo prazo, problemas nas válvulas cardíacas, infecções virais, condições genéticas, deficiências nutricionais, distúrbio de tireóide, diabetes e alcoolismo. 

 

Normalmente, em todos os tipos, os sintomas são os mesmos, ela vai ocorrer quando as câmaras do coração ficarem dilatadas e o bombeamento de sangue for comprometido. Para tentar compensar, ele vai dilatar ainda mais as câmaras. Com o passar do tempo, o coração vai ficando mais fraco e pode ocorrer insuficiência cardíaca, que apresenta:

 

  • Falta de ar
  • Inchaço nas pernas ou abdômen
  • Tosse
  • Fadiga
  • Arritmia

 

Tratamento para cardiomiopatia

Quando a cardiomiopatia é assintomática, o tratamento, muitas vezes, não é necessário. Em outros casos, tratamentos específicos dependerão do tipo da doença, dos seus sintomas e causas do problema. Assim como para tratar a angina, podem envolver medicamentos, cirurgia, procedimentos não cirúrgicos e mudanças no estilo de vida.

Infarto

Infarto do miocárdio nada mais é do que um ataque cardíaco, que ocorre quando o fluxo de sangue que leva ao miocárdio (músculo cardíaco) é bloqueado por um tempo prolongado, de modo que parte do músculo cardíaco seja danificado ou morra.

 

É muito importante enfatizar que o infarto pode ser fatal. Com tratamento adequado, é possível evitar danos significativos no músculo cardíaco e isso é primordial para que o paciente possa viver muitos anos sentindo-se bem. Por isso, é de extrema importância chamar a emergência ou correr para o hospital nos primeiros sinais do problema.

 

Dentre as doenças cardiovasculares líderes em matar no mundo, sendo responsáveis por pelo menos 30% das causas só aqui no Brasil, o infarto fica entre as primeiras mais perigosas!

Principais causas e fatores de risco para infarto

O infarto ocorre quando uma ou mais artérias que levam oxigênio ao coração (chamadas artérias coronárias) são obstruídas abruptamente por um coágulo de sangue formado em cima de uma placa de gordura (ateroma) existente na parede interna da artéria. Cerca de 50% a 60% dos infartos ocorrem em pessoas previamente assintomáticas. Por conta disso, o check-up é tão importante.

 

Podemos citar como fatores de risco:

 

  • Idade: homens acima dos 45 anos e mulheres com 55 anos ou mais têm maior propensão ao infarto;
  • Tabagismo;
  • Hipertensão;
  • Colesterol elevado;
  • Diabetes;
  • Histórico familiar de infarto;
  • Sedentarismo;
  • Obesidade;
  • Estresse;
  • Alcoolismo;
  • Uso de drogas ilegais estimulantes, como cocaína.

Principais sintomas

Em geral se diz que a dor do infarto pode se alojar em qualquer local entre o lábio inferior e a cicatriz umbilical. As características do infarto em mulheres são muito menos típicas, com queixas de queimação ou agulhadas no peito ou ainda falta de ar sem dor. Qualquer dor nessas regiões que se mantêm por mais de 20 minutos deve ser investigada e considerada como uma doença grave, especialmente se associada a:

 

  • Vômitos
  • Suor frio
  • Fraqueza Intensa
  • Palpitações
  • Falta de ar
  • Sensação de ansiedade
  • Fadiga
  • Sonolência
  • Desmaio, tontura ou vertigem.

 

Nem todas as pessoas que tem um infarto sofrem os mesmo sintomas ou os mesmos danos ao coração. Muitos infartos não são graves nem dramáticos, podendo não apresentar sintomas ou sinais pouco específicos, como dor no queixo.

Como funciona o tratamento?

O tratamento de infarto vai variar de acordo com a situação. Pode ser que o médico prescreva medicamentos, o paciente pode ser submetido a um procedimento invasivo ou ambos – dependendo da gravidade do estado e da quantidade de danos ao seu coração.

 

Podemos citar alguns medicamentos indicados no tratamento de infarto:

 

  • Ácido acetilsalicílico
  • Trombolíticos
  • Medicamentos semelhantes ao ácido acetilsalicílico para ajudar a prevenir a formação de coágulos novos, chamados inibidores da agregação plaquetária
  • Outros medicamentos para afinar o sangue
  • Analgésicos
  • Nitroglicerina
  • Betabloqueadores
  • Inibidores de ECA
  • Medicamentos para baixar o colesterol.

Procedimentos

Além de medicamentos, o paciente ainda pode passar por um dos seguintes procedimentos para o tratamento de ataque cardíaco:

  • Angioplastia coronária com implante de stent;
  • Cirurgia de revascularização miocárdica.

Síndrome coronariana aguda

Chamamos de Síndrome coronariana aguda o resultado de um bloqueio repentino em uma artéria coronariana. Esse bloqueio provoca angina instável ou ataque cardíaco (infarto do miocárdio) dependendo da localização e da intensidade do bloqueio.

Considerações importantes sobre a síndrome coronariana aguda:

 

  • Pessoas que sofrem de uma síndrome coronariana aguda geralmente sentem pressão ou dor no tórax, falta de ar e fadiga.
  • As pessoas que acreditam estar sofrendo de uma síndrome coronariana aguda devem pedir ajuda emergencial e, em seguida, mastigar um comprimido de aspirina.
  • Os médicos usam eletrocardiografia e medem substâncias no sangue para determinar se uma pessoa está com uma síndrome.
  • O tratamento varia dependendo do tipo, mas, geralmente, inclui tentativas de aumentar o fluxo sanguíneo até as áreas afetadas do coração.

 

Nos Estados Unidos, mais de 900.000 pessoas sofrem um ataque cardíaco ou morte cardíaca súbita a cada ano. E as síndromes coronarianas agudas causam quase 400.000 mortes a cada ano. Quase todas têm doença arterial coronariana subjacente e cerca de dois terços delas são homens.

Principais causas

Como já mencionamos acima, o músculo cardíaco precisa de um fornecimento constante de sangue rico em oxigênio. Uma síndrome coronariana aguda ocorre quando um bloqueio repentino em uma artéria coronariana reduz extremamente ou interrompe o fornecimento de sangue a uma área do músculo cardíaco (miocárdio). Se o fornecimento for reduzido extremamente ou cortado por mais de alguns minutos, o tecido cardíaco morre. Um ataque cardíaco, também denominado infarto do miocárdio (IM), é a morte do tecido cardíaco devido a isquemia.

 

Um coágulo sanguíneo é a causa mais comum do bloqueio da artéria coronariana. Normalmente, a artéria já está parcialmente estreitada por um acúmulo de colesterol e outros materiais gordurosos na parede da artéria (ateroma). Um ateroma pode se romper ou estourar, o que libera substâncias que tornam as plaquetas mais pegajosas, estimulando a formação de coágulos. Em cerca de dois terços das pessoas, o coágulo se dissolve por conta própria, normalmente dentro de um ou dois dias. No entanto, até esse momento, alguns danos cardíacos geralmente já ocorreram.

ODEL:

Pouco frequentemente, um ataque cardíaco ocorre quando um coágulo se forma no próprio coração, rompe-se, e se aloja em uma artéria coronariana. Outra causa rara é um espasmo de uma artéria coronariana que interrompe o fluxo de sangue. Espasmos podem ser causados por drogas, como a cocaína. A causa é, às vezes, desconhecida.

Classificação das síndromes coronarianas agudas

Os médicos classificam as síndromes coronarianas agudas com base no seguinte:

  • Presença de substâncias no sangue (marcadores séricos) liberadas pelo coração danificado;
  • Sintomas;
  • Resultados de eletrocardiogramas (ECG)

 

Esta classificação é importante porque os tratamentos vão diferir dependendo da síndrome coronariana aguda específica. A classificação consiste em angina instável e dois tipos de ataque cardíaco:

 

  • Angina instável: Pessoas que têm angina instável não têm sinais de ataque cardíaco em seus ECGs ou exames de sangue.
  • IM sem elevação do segmento ST: é um ataque cardíaco que os médicos podem identificar por exames de sangue, mas que não produz alterações típicas (elevação do segmento ST) em um ECG.
  • IM com elevação do segmento ST é um ataque cardíaco que os médicos podem identificar por exames de sangue e que também produz alterações típicas (elevação do segmento ST) em um ECG.

Qual o tratamento para as síndromes coronarianas agudas?

  • Medicamentos
  • Reabertura ou desvio de artérias bloqueadas
  • Alterações no estilo de vida

 

Atenção! Lembre-se que as síndromes coronarianas agudas são emergências médicas. Metade das mortes devido a um ataque cardíaco ocorre nas primeiras três a quatro horas após o início dos sintomas. Quanto mais cedo o tratamento começar, maiores as chances de sobrevivência. Qualquer pessoa com sintomas que possam indicar uma síndrome coronariana aguda devem obter atenção médica imediata. 

 

O transporte imediato para o departamento de emergência de um hospital por uma ambulância com pessoal treinado pode salvar a vida da pessoa. Tentar entrar em contato com o médico, parentes, amigos ou vizinhos da pessoa é um desperdício de tempo perigoso.

 

As pessoas recebem medicamentos para prevenir a formação de coágulos sanguíneos, para reduzir a ansiedade e até para reduzir o tamanho do coração. Pode ser que o tratamento medicamentoso precise ser feito até depois que a pessoa tiver se recuperando de um ataque cardíaco. Os medicamentos são usados para reduzir a carga de trabalho do coração durante e depois de um ataque cardíaco.

 

Diagnosticando doenças cardíacas

Alguns exames normalmente feitos para diagnosticar ou acompanhar doenças cardíacas:

 

  • Eletrocardiograma;
  • Ecocardiograma;
  • Teste ergométrico;
  • Cateterismo cardíaco;
  • Holter – Monitor cardíaco portátil.

Eletrocardiograma

O eletrocardiograma (ECG) é feito com um aparelhinho ligado a eletrodos que avalia o ritmo dos batimentos cardíacos em repouso. É um exame bem simples, usado rotineiramente tanto na triagem dos prontos-socorros quanto em check ups preventivos solicitados pelo cardiologista. Muito utilizado para flagrar arritmias e taquicardias ou bradicardias. Mas é um teste inicial. Ou seja, ele aponta possíveis suspeitas, que devem ser confirmadas com outros exames.

Ecocardiograma

É um exame de ultrassom que avalia o funcionamento do coração. Os resultados são mais detalhados do que os obtidos em um raio X, além de não expor o paciente à radiação. O ecocardiograma transtorácico, por Doppler e ecocardiograma sob estresse são realizados por um técnico de ultrassom treinado. A ecocardiografia transesofágica é realizada por um profissional endoscopista ou cardiologista. Em todos os tipos de ecocardiograma, a frequência cardíaca pode estar sendo sendo monitorada por eletrodos.

Teste ergométrico

O teste ergométrico é um importante exame empregado na avaliação cardiológica.

Seu diferencial se deve ao fato de o teste ocorrer com o paciente submetido a um exercício físico de maior intensidade. Por isso, também o chamamos de teste de esforço ou eletrocardiograma de esforço. Seja para identificar problemas cardíacos, avaliar atletas, liberar pacientes para a prática de atividades físicas ou um simples exame de rotina, o teste ergométrico permite ao médico entender como o coração do indivíduo reage nessa situação específica.

Cateterismo cardíaco

Ele consiste na introdução de um cateter, que é um tubo flexível extremamente fino, na artéria do braço ou da perna do indivíduo, que será conduzido até o coração. O cateterismo cardíaco também é conhecido como angiografia coronária.

Ele pode ser indicado no diagnóstico e tratamento do infarto ou da angina, pois examina o interior dos vasos sanguíneos e do coração, sendo capaz de detectar e remover acúmulos de placas de gordura ou lesões nestas regiões. 

Holter – Monitor cardíaco portátil

É um tipo de eletrocardiograma que é realizado com um aparelho portátil para avaliar o ritmo do coração num período de 24, 48 ou 72 horas. Geralmente, esse exame Holter de 24 horas é solicitado  pelo médico quando o paciente apresenta sintomas frequentes de tonturas, palpitações ou falta de ar, que podem indicar alterações cardíacas. 

Tratamento para doenças de coração

Após o diagnóstico de doenças de coração, somente um médico pode dizer qual o medicamento e o tipo de tratamento mais indicado para o seu caso, assim como a dosagem correta e a duração do tratamento. 

 

A própria ANVISA divulgou dados em que as doenças cardíacas lideraram o comércio farmacêutico de medicamentos em 2017.

 

Orientamos nossos leitores a seguir sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedicar. Também não interromper o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, seguir as instruções na bula.

Prevenindo doenças cardíacas

Reduza o consumo de sal

O uso excessivo de sal costuma levar a um aumento de sódio na pressão sanguínea, o que vai reter o líquido presente no sangue, aumentando a produção do mesmo pelo organismo e, consequentemente elevar a pressão arterial. A hipertensão é responsável por ocorrências de infartos e Acidente Vascular Cerebral (AVC). Segundo especialistas, o brasileiro consome aproximadamente o dobro do que deveria de sal, alimento esse que é a principal fonte de sódio – sendo por isso um dos maiores vilões da pressão alta. 

 

Normalmente, a quantidade ingerida é alta porque as pessoas não dispensam o uso do saleiro durante as refeições. Por causa disso, a recomendação é acrescentar apenas três gramas de sal às nossas refeições por dia. Para termos uma ideia de quanto é, uma colher rasa de café tem aproximadamente um grama de sal, e ela pode ser usada como medida, sendo assim, duas colheres no almoço e uma no jantar, já é o suficiente de consumo de sódio para todo aquele dia. 

 

Para reduzir seu consumo, você pode evitar temperos prontos industrializados que têm uma grande quantidade de sódio acrescida e utilizar temperos e ervas frescas ou desidratadas, além de fazer bem à saúde, o sabor dos alimentos fica ainda melhor!

Que tal experimentar a Dieta Mediterrânea?

Essa dieta é típica da região banhada pelo Mar Mediterrâneo, ela é conhecida por seus benefícios ao coração. Os principais componentes dos pratos são as gorduras protetoras, que agem contra o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Responsável por aumentar o nível de colesterol bom (HDL) e diminuir as taxas do colesterol ruim (LDL) do sangue, ela também evita a obstrução das artérias. 

 

Dentre as principais características dessa dieta, podemos citar o baixo consumo de carne vermelha, a ingestão de frutas, cereais e castanhas, o alto consumo de peixes, o consumo moderado de vinho e o azeite de oliva como fonte de gordura saudável. Além disso, os peixes contêm ômega 3, um reconhecido nutriente cardioprotetor, isto é, beneficia a saúde cardiovascular.

Invista no consumo de fitoesteróis

Fitoesteróis são substâncias gordurosas semelhantes ao colesterol, produzidas pelas plantas e presentes em óleos vegetais, sementes, grãos, frutas e hortaliças. Os fitoesteróis competem com o colesterol consumido na dieta e diminuem a absorção intestinal do colesterol ruim, o LDL. Eles também aumentam a excreção deste colesterol pelas fezes. 

 

Além disto, o fitoesterol altera a solubilidade do colesterol no intestino, fator que também diminui sua absorção. A ingestão de 1,6 a 2 g/dia de fitoesteróis pode reduzir a colesterolemia (nível de colesterol no sangue) em cerca de 10 a 15%, quando associados a hábitos de vida saudáveis. Boas fontes de fitoesteróis são os óleos vegetais crus, nozes, feijão, legumes, verduras e alimentos enriquecidos, como o creme vegetal.

Evite o estresse

O excesso de estresse também está relacionado com o colesterol alto, uma das principais causas da hipertensão e da obstrução das artérias do coração. 

 

Quando ficamos ansiosos, o hormônio chamado cortisol, responsável pelo crescimento da concentração de glicose no sangue é liberado, o que pode desencadear diabetes, altos níveis de triglicérides e alterações também no colesterol. 

 

Sempre que ficamos estressados, os radicais livres que costumam circular no nosso organismo aumentam de quantidade, o que pode aumentar ou agravar problemas cardíacos. Isso acontece porque eles interagem com o colesterol em excesso em nosso corpo e formam placas nas paredes das artérias e dos vasos sanguíneos, eles também são responsáveis por piorar certas doenças e ainda acelerar o envelhecimento.

Abra mão do sedentarismo

Sempre que fazemos exercícios físicos regularmente, o coração trabalha com mais eficiência e sem ter que fazer tanto esforço. O sangue flui melhor e as artérias e vasos ficam mais flexíveis e saudáveis. E é isso que previne o risco de doenças cardiovasculares, como infarto, colesterol alto, AVC e hipertensão. Enquanto uma pessoa sedentária tem de 80 a 100 batimentos por minuto, uma pessoa com bom preparo físico está entre 60 e 70 batimentos por minuto. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia essa diferença já diminui em 40% o risco de doenças cardiovasculares. Lembrando vocês que para favorecer o sistema cardiovascular, os exercícios precisam elevar a frequência cardíaca. É o caso da caminhada, da bicicleta, da natação, corrida, aulas de step e jump.

Lembre-se de levar em conta o histórico familiar

Um fator de risco bastante importante para doenças cardiovasculares é o histórico familiar. Claro que a pessoa adequando seu estilo de vida de maneira saudável e fazendo um acompanhamento médico constante, é totalmente possível prevenir o problema, mas para isso, é preciso que ela conheça seus antecedentes e se houve relatos de problemas cardíacos em parentes próximos. 

 

Realizar essa pesquisa pode fazer com que a pessoa cultive bons hábitos desde cedo, o que ajuda a se prevenir contra doenças que muitas vezes sequer apresentam sintomas. Por isso, se você tem um parente próximo que sofra de colesterol alto ou hipertensão, ou então é filho de uma pessoa que sofreu um infarto ou AVC, procure um médico para que sejam realizados exames – como ecocardiograma, contagem de colesterol, pressão arterial – e mude seus hábitos de vida, como manter uma alimentação equilibrada e praticar exercícios, antes que o problema se agrave.

Acabe com o tabagismo

Fumar aumenta a frequência cardíaca, contrai as artérias e pode causar graves irregularidades nos batimentos cardíacos, o que acaba aumentando a carga de trabalho do coração. Fumar também aumenta a pressão sanguínea, o que eleva o risco de AVC em pessoas que já tenham hipertensão. 

 

Os componentes do cigarro agridem as paredes vasculares, aumentando as chances de aterosclerose (doença que leva a formação de placas na parede das artérias), entre outros malefícios. O cigarro também reduz o bom colesterol e contribui para o acúmulo de placas de gordura nas artérias, danificando as paredes dos vasos sanguíneos.

Mantenha o peso ideal

A obesidade pode aumentar em 60% o risco de uma pessoa morrer por doenças relacionadas ao coração, segundo dados da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO). Isso porque a doença causa uma série de alterações no metabolismo e favorece doenças como hipertensão, colesterol alto e diabetes, todas ameaças para a saúde do coração.

Atente-se à higiene bucal

A falta de higiene bucal favorece o acúmulo de micro-organismos na região, o que pode levar ao aparecimento da cárie e outros problemas na gengiva (periodontite e gengivite), bochechas, língua, palato e toda mucosa oral. Essas bactérias podem atingir áreas mais profundas da boca e atingir os vasos sanguíneos, levando até mesmo à uma infecção dos tecidos do coração. Dessa forma, é importante manter a escovação dos dentes e língua com fio dental após as refeições, além das visitas ao dentista pelo menos de 6 em 6 meses.

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Viram só como o assunto de doenças de coração é importante e os alertas contidos em nosso artigo? Se continua com alguma dúvida ou gostaria de expressar sua opinião, comente em nosso quadro de comentários que teremos o maior prazer em lhe responder!

O post Doenças de coração: As maiores causadoras de mortes no mundo! apareceu primeiro em CliqueFarma.

Para que serve Sinvastatina?

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O medicamento que contém sinvastatina como princípio ativo é indicado para reduzir os riscos à saúde decorrentes das doenças cardiovasculares. Este medicamento reduz os níveis do mau colesterol (colesterol LDL) e de substâncias gordurosas chamadas triglicérides e aumenta os níveis do bom colesterol (colesterol HDL) no sangue.

A importância das estatinas para tratamento de colesterol elevado

As estatinas são os fármacos mais usados para tratamento das hiperlipidemias em prevenção primária e secundária. Elas têm o objetivo de diminuir os níveis de lipoproteínas plasmáticas ricas em colesterol e reduzir os riscos de DAC. Estes efeitos são resultantes da atividade inibidora das estatinas sobre a enzima HMG-CoA redutase (hidroximetilglutaril-CoA redutase), com a propriedade de bloquear a conversão do substrato HMG-CoA em ácido mevalônico, o que inibe os primeiros passos da biossíntese de colesterol. 

 

Estas substâncias, capazes de mimetizar o substrato natural, podem ser divididas em naturais e sintéticas e diferem fundamentalmente em termos de potência, perfil farmacocinético, interação farmacológica e efeito indesejado relacionado à miotoxicidade.

 

No momento, seis estatinas são empregadas clinicamente: lovastatina, pravastatina, sinvastatina, derivado semi-sintético, e fluvastatina, primeiro agente totalmente sintético, derivado de mevalonolactona produzido na forma racêmica. A nova geração de estatinas sintéticas, puras é representada por atorvastatina e rosuvastatina.

 

A lovastatina e sinvastatina parecem mais vantajosas em relação à pravastatina porque produzem maior nível de HDL-colesterol e maior diminuição de triglicerídeos séricos, triglicerídeos VLDL e colesterol VLDL. Também foi possível observar que a lovastatina, a pravastatina e, mais recentemente, a sinvastatina apresentaram atividade antiaterogênica, relacionada à melhora da disfunção endotelial e vasomotora, diminuição da formação de trombos plaquetários e modulação na atividade fibrinolítica em pacientes hipercolesterolêmicos. 

 

Estes efeitos contribuem para redução de quadros de isquemia do miocárdio e incidência de infarto, com consequente diminuição do índice de mortalidade total causado por doenças cardiovasculares.

E o custo para tratar-se com as estatinas?

Ao analisar qual a melhor linha de tratamento para o paciente, o médico deverá levar em consideração o custo e custo-efetividade, que são importantes fatores no momento da escolha, principalmente porque todos os tratamentos com estatinas são considerados caros. Apesar da fluvastatina ser usualmente o medicamento mais barato, segundo dados americanos, e a pravastatina e a sinvastatina os mais caros, tudo dependerá das negociações locais entre laboratório e comprador, tornando as generalizações difíceis. Como a sinvastatina atualmente tem vários genéricos, o custeio tornou-se bastante acessível.

 

Embora o maior problema do tratamento com as estatinas seja o custo, quando este é calculado com a redução dos eventos cardíacos, com a diminuição da perda de tempo de vida produtiva e com as mortes prematuras, evidencia-se uma relação custo-benefício bastante clara para que os pacientes invistam na prevenção primária e secundária com estatinas.

Quais os benefícios de se usar sinvastatina?

  • Este medicamento pode prolongar a sua vida ao reduzir o risco de infarto do miocárdio (ataque cardíaco) ou de derrame;
  • Ela também reduz a necessidade de cirurgia para melhorar o fluxo sanguíneo nas pernas e nos órgãos essenciais, tal como o coração;
  • E ainda reduz a necessidade de hospitalização por dor no peito (conhecida como angina).

A sinvastatina reduz os níveis de colesterol no sangue. O colesterol pode causar doença arterial coronariana (DAC) ao estreitar os vasos sanguíneos que transportam oxigênio e nutrientes para o coração. Esse entupimento, ou endurecimento das artérias, é denominado aterosclerose. A aterosclerose pode causar dor no peito (conhecida como angina) e infarto do miocárdio (ataque cardíaco). Concluiu-se que a sinvastatina também retarda a progressão da aterosclerose e reduz o desenvolvimento de mais aterosclerose.

Laboratórios que fabricam e disponibilizam sinvastatina

Os principais medicamentos que contém sinvastatina como princípio ativo, seus nomes comerciais e respectivos laboratórios são:

 

  • Clinfar (Merck)
  • Cordiron (Diffucap-Chemobrás)
  • Lipotex (Medley)
  • Liptrat (União Química)
  • Menocol (Multilab)
  • Mevilip (Laboris)
  • Revastin (Neoquímica)
  • Sinvalip (EMS)
  • Sinvascor (Baldacci)
  • Sinvasmax (Laboratório Globo)
  • Sinvastacor (Sandoz)
  • Sinvastamed (Cimed)
  • Vastatil (Mabra)
  • Zetsim (Schering do Brasil)

 

A substância também está devidamente registrada na ANVISA, com permissão de uso aprovada para:

 

  1. Doença coronariana: 

Em pacientes com doença cardíaca coronariana, é indicado para: 

– Reduzir o risco de morte; 

– Reduzir o risco de morte por doença coronariana e de infarto do miocárdio não fatal; 

– Reduzir o risco de acidente vascular cerebral (AVC) e de ataques isquêmicos transitórios (AIT); 

– Reduzir o risco de realização de procedimentos de revascularização do miocárdio (bypass da artéria coronariana ou angioplastia coronariana transluminal percutânea); 

– Retardar a progressão da aterosclerose coronariana, inclusive reduzindo o desenvolvimento de novas lesões e de novas oclusões totais. 

– Reduzir o risco de hospitalização por angina. 

 

Em pacientes com diabetes, reduz o risco de desenvolvimento de complicações periféricas macrovasculares (um composto de procedimentos de revascularização periférica, de amputações dos membros inferiores ou de úlceras das pernas). Em pacientes hipercolesterolêmicos com doença coronariana, retarda a progressão da aterosclerose coronariana, reduzindo inclusive o desenvolvimento de novas lesões e novas oclusões totais. 

 

  1. Hiperlipidemia: 

– Indicado como adjunto à dieta na redução dos níveis elevados de colesterol total, LDL-colesterol, apolipoproteína B e triglicérides em pacientes com hipercolesterolemia primária, hipercolesterolemia familiar heterozigótica ou hiperlipidemia combinada (mista), quando a resposta a dieta e outras medidas não farmacológicas forem inadequadas. 

 

Também eleva o HDL-colesterol e, portanto, reduz a relação LDL/HDL-colesterol e a relação colesterol total/HDL. 

 

– Indicado para o tratamento de pacientes com hipertrigliceridemia (hiperlipidemia tipo IV de Fredrickson). 

– Indicado para o tratamento de pacientes com disbetalipoproteinemia primária (hiperlipidemia tipo III de Fredrickson). 

– Também é indicado como adjunto à dieta e outras medidas não relacionadas à dieta na redução de níveis elevados de colesterol total, LDL-colesterol e apolipoproteína B em pacientes com hipercolesterolemia familiar homozigótica. 

 

CASO o medicamento seja usado fora de tais indicações, configurar-se-á uso fora da bula, não aprovado pela ANVISA, isto é, uso terapêutico do medicamento que a ANVISA não reconhece como seguro e eficaz. Nesse sentido, o uso e as consequências clínicas de utilização dessa medicação para tratamento não aprovado e não registrado na ANVISA é de responsabilidade do médico.

Mecanismo de ação e comprovação de eficácia de sinvastatina

Basicamente, a função da sinvastatina é reduzir os níveis do mau colesterol (colesterol LDL) e de substâncias gordurosas chamadas triglicérides e aumentar os níveis do bom colesterol (colesterol HDL) no sangue. Por pertencer à classe das estatinas, sinvastatina faz parte dos medicamentos denominados inibidores da hidroximetilglutarilcoenzima A (HMG-CoA) redutase. 

 

A sinvastatina diminui a produção de colesterol pelo fígado (a maior fonte de colesterol no organismo) e aumenta a remoção de colesterol da corrente sanguínea pelo fígado. A sinvastatina reduz de forma significativa os níveis do mau colesterol (colesterol LDL) e dos triglicérides e aumenta os níveis do bom colesterol (colesterol HDL). Ao tomar sinvastatina e fazer dieta, você estará controlando a quantidade de colesterol que ingere e a quantidade que seu organismo produz.

Como já citamos em artigos anteriores aqui no blog, níveis altos de colesterol podem resultar de vários fatores, inclusive da alimentação rica em gorduras saturadas (gorduras que ficam sólidas quando expostas ao ar, como a manteiga), de algumas doenças ou distúrbios genéticos e da falta de exercícios físicos. 

 

A redução dos níveis altos de colesterol pode ajudar a diminuir o seu risco de ter doença arterial coronariana (DAC). A DAC pode ser decorrente de várias causas e o risco de você ter a doença pode aumentar na presença de um ou mais dos seguintes fatores:

 

  • Níveis altos de colesterol no sangue;
  • Hipertensão arterial (pressão alta);
  • Tabagismo;
  • Diabetes;
  • Obesidade;
  • Pessoas com DAC na família, principalmente parentes de primeiro grau;
  • Sexo masculino; e
  • Após a menopausa. 

 

Os cinco primeiros fatores de DAC que citamos agora, podem ser controlados com a sua ajuda. O que você pode fazer em benefício da sua saúde e para reduzir o risco de doença coronariana:

 

Parar de fumar: O tabagismo aumenta a probabilidade de você sofrer infarto do miocárdio.

 

Fazer exercícios: O exercício pode aumentar seus níveis de colesterol “bom” e diminuir a probabilidade de você ter doença coronariana. Peça orientação ao seu médico antes de iniciar a prática de atividades físicas.

 

Consultar seu médico regularmente: Peça exames anuais de check-up. O médico irá verificar seus níveis de colesterol.

 

Tomar seu medicamento: É muito importante que você não interrompa seu tratamento para que seus níveis de colesterol se mantenham controlados. Mantenha a dieta recomendada por seu médico: A dieta não irá apenas ajudá-lo(a) a reduzir os níveis de colesterol, mas também ajudará a perder peso (se for necessário).

 

O colesterol LDL é chamado “mau colesterol” porque é o colesterol que entope suas artérias. Por outro lado, acredita-se que o colesterol HDL remova o mau dos vasos sanguíneos, sendo, portanto, considerado o “bom colesterol”. A maioria das pessoas não apresenta sintomas decorrentes do colesterol elevado imediatamente. 

 

Você poderá saber se seus níveis de colesterol estão elevados por meio de um exame de sangue simples. 

Lembramos mais uma vez da importância de se consultar seu médico regularmente, dosar seu colesterol quando ele solicitar e perguntar para ele quais os níveis ideais de colesterol no seu caso.

Sinvastatina possui contraindicações?

Sinvastatina não é indicado, caso:

  • você for alérgico(a) a qualquer um de seus componentes;
  • você tiver doença ativa do fígado;
  • você estiver grávida ou amamentando;
  • você estiver tomando qualquer um dos seguintes medicamentos:

 

– alguns medicamentos antifúngicos (como itraconazol, cetoconazol, posaconazol ou voriconazol);

– inibidores da protease do HIV (como indinavir, nelfinavir, ritonavir e saquinavir);

– certos inibidores da protease do vírus da hepatite C (tais como boceprevir ou telaprevir);

– certos antibióticos (como eritromicina, claritromicina ou telitromicina);

– o antidepressivo nefazodona;

– medicamentos contendo cobicistate;

– genfibrozila (um derivado do ácido fíbrico para redução do colesterol);

– ciclosporina;

– danazol.

 

Em caso de dúvida sobre algum desses medicamentos listados ou algum outro que não esteja na lista acima, pergunte a seu médico.

 

Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres grávidas ou amamentando.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.

E qual a posologia e instruções de uso?

Geralmente em dose única à noite. Você deve tomar sinvastatina com água ou outra bebida. A sinvastatina pode ser tomada com ou sem alimentos. 

 

A dose inicial de sinvastatina geralmente é de 20 ou 40 mg por dia. A sinvastatina começa a agir em cerca de 2 semanas. 

 

O seu médico também poderá prescrever doses mais baixas, principalmente se você estiver tomando certos medicamentos acima listados ou tiver certos tipos de doença renal. 

 

Continue tomando sinvastatina a menos que o seu médico lhe diga para parar. Se você parar de tomar sinvastatina seus níveis de colesterol podem aumentar novamente. 

 

Devido ao aumento de risco de desenvolver lesões musculares, a dose de 80 mg não deve ser administrada para pacientes que estão iniciando o tratamento ou para pacientes que já fazem uso de doses menores de sinvastatina. A dose de 80 mg só deve ser utilizada por pessoas que: estão tomando sinvastatina 80 mg cronicamente (há 12 meses ou mais) sem apresentar lesão muscular ou que não precisem tomar outros medicamentos com sinvastatina que aumentariam sua chance de ter lesão muscular. 

 

Se você não conseguir atingir a sua meta de colesterol LDL utilizando sinvastatina 40 mg, seu médico deve mudar para outro medicamento para reduzir o colesterol. 

 

Os pacientes que tiverem dúvidas ou preocupações sobre o seu tratamento devem consultar o seu médico ou farmacêutico. 

 

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

Atenção para as precauções e advertências de uso de Sinvastatina

Informe ao seu médico sobre quaisquer problemas de saúde que estiver apresentando ou tenha apresentado, inclusive alergias.

 

Informe ao seu médico se você consome quantidades consideráveis de bebidas alcoólicas ou já teve doença(s) do fígado.

 

Informe ao seu médico se você é asiático.

 

Crianças

A sinvastatina não é recomendada para uso pediátrico.

 

Idosos

Não há precauções especiais.

Quais as interações medicamentosas de Sinvastatina?

Lembre-se sempre de informar a qualquer médico que lhe prescrever um novo medicamento que você está tomando sinvastatina. Isso é muito importante porque se você for tomar sinvastatina associada a qualquer um dos medicamentos listados a seguir, o risco de problemas musculares nessa situação é maior.

 

  • agentes antifúngicos (como o itraconazol, cetoconazol, posaconazol ou voriconazol);
  • inibidores da protease do HIV (tais como indinavir, nelfinavir, ritonavir e saquinavir); 
  • agentes antivirais para hepatite C (tais como boceprevir, telaprevir, elbasvir ou grazoprevir);
  • os antibióticos eritromicina, claritromicina, telitromicina e ácido fusídico; 
  • o antidepressivo nefazodona; 
  • medicamentos contendo cobicistate; ciclosporina; danazol; derivados do ácido fíbrico (como a genfibrozila e o benzafibrato); 
  • amiodarona (medicamento utilizado para o tratamento de arritmias cardíacas); 
  • verapamil, diltiazem ou anlodipino (medicamentos utilizados para o tratamento de hipertensão arterial, angina ou outras doenças cardíacas); 
  • lomitapida (um medicamento utilizado para tratar uma condição genética grave e rara de colesterol). 

 

Também é importante informar ao seu médico se estiver tomando anticoagulantes (medicamentos que evitam a formação de coágulos sanguíneos), tais como varfarina e femprocumona ou acenocumarol, colchicina (um medicamento utilizado para gota), ácido nicotínico ou fenofibrato, outro derivado do ácido fíbrico. 

 

Interações com Alimentos: o suco de toranja (grapefruit) possui componentes que interferem no metabolismo de certos medicamentos, como sinvastatina. Evite o consumo deste suco durante o tratamento.

Uso de Sinvastatina na gravidez e amamentação

A sinvastatina não deve ser utilizada por mulheres grávidas, que estejam tentando engravidar ou sob suspeita de estarem grávidas. Se engravidar durante o tratamento com sinvastatina, pare de tomar o medicamento e procure seu médico imediatamente. Mulheres que estejam tomando sinvastatina não devem amamentar.

 

Este medicamento causa malformação ao bebê durante a gravidez.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde. 

E quais os efeitos colaterais?

Como qualquer outro medicamento, sinvastatina pode causar efeitos adversos, embora não seja todo mundo que os apresente. Visite regularmente o médico para checar o nível do seu colesterol e efeitos adversos. 

 

É possível que o médico venha a solicitar exames de sangue de rotina para verificar o funcionamento do seu fígado antes e depois do início do tratamento e se você tiver quaisquer sintomas de problemas no órgão enquanto estiver tomando sinvastatina. Entre em contato com o seu médico imediatamente se você tiver os seguintes sintomas de problemas no fígado: 

 

  • sentir-se cansado ou fraco;
  • perda de apetite;
  • dor no abdome superior;
  • urina escura;
  • amarelamento da pele ou da parte branca dos olhos. 

 

Os seguintes termos são usados para descrever a frequência com que as reações adversas foram relatadas:

 

Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Frequência desconhecida

 

As seguintes reações adversas graves e raras foram relatadas: 

 

Se alguma dessas reações adversas graves acontecer, pare de tomar o medicamento e informe seu médico imediatamente ou vá ao pronto socorro do hospital mais próximo. 

  • dor, sensibilidade, fraqueza ou cãibra muscular. Em raras ocasiões, esses problemas musculares podem ser graves, incluindo ruptura muscular resultando em dano renal; e muito raramente ocorreram mortes; 
  • reações de hipersensibilidade (alérgicas) que podem apresentar vários sintomas, incluindo: 

         – inchaço da face, língua e garganta, que podem causar dificuldade para respirar; – dor muscular grave geralmente             nos ombros e quadris;

          – erupção cutânea com fraqueza muscular nos membros e pescoço; 

           – dor ou inflamação das articulações (polimialgia reumática);

           – inflamação dos vasos sanguíneos (vasculite);

           – hematomas incomuns, erupções cutâneas e inchaço (dermatomiosite), urticária, sensibilidade cutânea ao sol,               febre, rubor;

           – falta de ar (dispneia) e mal-estar;

            – quadro de doença semelhante a lúpus (incluindo erupção cutânea, distúrbios articulares e efeitos nas células                 do sangue). 

  • inflamação do fígado com os seguintes sintomas: com pele e olhos amarelados, coceira, urina escura ou fezes de cor clara, sensação de cansaço e fraqueza, perda de apetite; insuficiência hepática (muito rara);
  • inflamação do pâncreas frequentemente com dor abdominal grave. 

 

As seguintes reações adversas também foram relatadas raramente:

 

  • baixa contagem de glóbulos vermelhos no sangue (anemia);
  • dormência ou fraqueza dos braços e pernas;
  • dor de cabeça, sensação de formigamento, tontura;
  • distúrbios digestivos (dor abdominal, constipação, flatulência, indigestão, diarreia, náusea, vômitos);
  • erupção cutânea, coceira, queda de cabelo;
  • fraqueza; • problemas para dormir (muito raro);
  • memória fraca (muito raro), perda de memória, confusão. 

 

As seguintes reações adversas também foram relatadas, mas a frequência não pode ser estimada a partir das informações disponíveis (frequência desconhecida): 

  • disfunção erétil;
  • depressão;
  • inflamação dos pulmões, causando problemas respiratórios, incluindo tosse persistente e/ou falta de ar ou febre;
  • problemas de tendão, algumas vezes complicado pela ruptura do tendão;
  • dor, sensibilidade ou fraqueza muscular que em casos muito raros podem não passar depois de parar com sinvastatina. 

 

Possíveis reações adversas adicionais relatadas com algumas estatinas:

  • distúrbios do sono, incluindo pesadelos; 
  • problemas sexuais;
  • diabetes. Isto é mais provável se você tiver altos níveis de açúcares e gorduras no sangue, estiver com sobrepeso e tiver pressão arterial elevada. O seu médico irá monitorar você enquanto estiver tomando este medicamento;
  • dor muscular, sensibilidade ou fraqueza constantes que podem não passar depois que você parar de tomar sinvastatina (frequência desconhecida). 

 

Valores laboratoriais: Foram observadas elevações da função do fígado e de enzimas musculares (creatina quinase) no sangue em alguns testes laboratoriais.

 

Informe ao seu médico se apresentar qualquer sintoma incomum ou se qualquer sintoma que você já conhece persistir ou piorar. Você deve procurar seu médico imediatamente se sentir dor, sensibilidade ou fraqueza muscular. 

 

Em raras ocasiões, problemas musculares podem ser graves, incluindo rompimento muscular, resultando em dano renal que pode ser fatal. 

O risco de ruptura muscular é maior para pacientes que tomam doses mais altas de sinvastatina, particularmente a dose de 80 mg. Esse risco é ainda maior para pacientes idosos (65 anos ou mais) pacientes do sexo feminino, pacientes com função renal anormal e pacientes com problemas de tireoide.

 

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do sistema de atendimento. 

Onde comprar?

Pesquise o seu medicamento favorito com o princípio ativo de sinvastatina aqui no Cliquefarma de maneira rápida e prática e adquira o seu agora mesmo! Tem alguma dúvida ou sugestão para nós? Fique à vontade para se expressar em nosso quadro de comentários! 

 

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Tudo sobre a trombose

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No artigo de hoje, iremos abordar o tema da trombose, ela ocorre quando há formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias grandes das pernas e das coxas (trombose venosa profunda). Esse coágulo bloqueia o fluxo de sangue e causa inchaço e dor na região. O problema fica mais grave quando um coágulo se desprende e se movimenta na corrente sanguínea, em um processo chamado de embolia, que vamos falar mais à frente sobre.

Tipos de trombose existentes

Trombose arterial

São os trombos que se formam nas artérias, bloqueando totalmente este vaso.

Quando existe uma obstrução total das artérias do cérebro, chamamos de acidente vascular cerebral, também conhecido pela sigla AVC. Nesses casos a região a que o sangue não chega sofre um infarto cerebral e morre.

 

A trombose arterial é um estágio mais avançado da doença arterial, que é quando o vaso fica totalmente ocluído, impedindo a circulação normal do sangue e a chegada de nutrição adequada à região acometida. Nesses casos a região a que o sangue não chega sofre um infarto cerebral e morre. Sua gravidade depende do tamanho e da região afetada. 

 

O mesmo raciocínio vale para o infarto do miocárdio, quando temos uma trombose de uma artéria que irriga o músculo cardíaco, causando uma lesão muito grave naquela região que ficou sem sangue. E assim pode acontecer no intestino, a trombose mesentérica, que quando ocorre deixa uma grande parte do intestino sem irrigação sanguínea e leva frequentemente à morte pela gravidade do evento. 

 

Nos membros inferiores, causa um quadro de dor intensa, palidez, dormência e incapacidade de andar. Nesses casos é fundamental procurar auxílio médico imediatamente, pois, se não tratada, pode evoluir para gangrena e morte.

Propensão à trombose arterial

Podemos afirmar que as pessoas mais propensas a ter trombose arterial são os fumantes, as pessoas com hipertensão mal controlada, diabetes, colesterol e triglicérides altos, além de indivíduos muito estressados e portadores de aneurismas e fibrilação atrial.

 

É importante também saber o histórico familiar que pode dar informações valiosas ao seu médico. Conhecendo as causas mais comuns, devemos sempre pensar em manter a saúde e prevenir o evento trombótico. Faça uma pesquisa sobre as tendências familiares e use esta informação a seu favor. A imensa maioria das doenças e condições de saúde nada mais são do que produtos de nossa hereditariedade e de bons ou maus hábitos de vida.

Se existir em sua família, casos de doença cardiovascular, diabetes e hipertensão, é bom ficar atento e fazer um controle médico a partir dos 30 anos. Além disso, é sempre importante cultivar bons hábitos, não fumando, evitando comidas gordurosas, frituras, doces, farinha branca, excesso de sal e açúcar. 

 

Fazer atividade física com regularidade, praticando exercícios aeróbicos 150 minutos por semana e atividade de força, como a musculação, duas vezes por semana também é importante para a manutenção do estilo de vida saudável. Procure lidar com o estresse a seu favor: nos momentos mais intensos, gaste essa energia com exercícios.

 

Outra dica importante é fazer o controle regular de colesterol, triglicérides e glicose com seu médico. E, se apesar de todo seu esforço, você tiver um quadro evolutivo para uma trombose, procure imediatamente auxílio médico especializado, pois quanto mais precoce o atendimento, melhores as chances de êxito no tratamento.

Trombose hemorroidária

Chamamos de trombose hemorroidária quando a hemorroida evolui para a formação aguda de trombos. Vemos que desenvolve-se um nódulo com edema e de coloração arroxeada na margem anal. Também é frequentemente acompanhado de dor severa. 

Causas da trombose hemorroidária

O principal fator para a predisposição à trombose hemorroidária é o fato de possuir hemorroidas externas. O que pode favorecer o evento da trombose em si são:

 

  • Constipação intestinal;
  • Longos períodos sentado no vaso sanitário;
  • Gestação;
  • Parto vaginal;
  • Sexo anal;
  • Má higiene anal;
  • Ingestão exagerada de alimentos picantes e bebidas alcoólicas;
  • Esforço físico exagerado do tipo isotônico.

Sintomas da trombose hemorroidária

Principalmente dor e inchaço na região anal, que surgem de forma aguda. A dor costuma ser intensa, e durar até 5 dias. Contudo, alguns pacientes não apresentam dor. Pode haver sangramento devido a uma erosão na anoderma, por onde se exteriorizam os coágulos. Há a possibilidade de uma evolução para um quadro mais grave com estrangulamento e necrose dos vasos hemorroidários.

Tratamento indicado

Para amenizar a dor e promover um pouco de conforto, podem ser indicados banhos de assento e prescritos fármacos anti inflamatórios como ibuprofeno e naproxeno, por exemplo. Também se torna necessário evitar a constipação, promovendo uma ingestão maior de água e fibras na alimentação.

 

Também costumam apresentar bons resultados, os flebotônicos, como a troxerrutina-cumarina , a diosmina-hisperidina e o dobesilato de cálcio. O médico certamente também prescreverá para uso tópico, o policresuleno com cinchocaína, por exemplo. A partir daí, a dor local e o inchaço devem começar a diminuir após alguns dias, mas pode demorar 2-3 semanas para que o nódulo desapareça completamente, ou até mais.

 

É possível também passar pelo procedimento que alguns profissionais fazem uma incisão com remoção do trombo sob anestesia local, logo nos primeiros 2 dias do evento trombótico. Tem a vantagem de aliviar a dor, mas não garante a cura da doença hemorroidária em si. Não obstante, para se evitar recidivas e promover cura, a cirurgia de hemorroidectomia convencional é a melhor opção, e costuma ser indicada após a segunda “crise”, uma vez que apresenta uma maior chance de recidivas. Porém, cada caso deve ser avaliado individualmente.

E qual a diferença entre trombose e tromboflebite?

A tromboflebite consiste na inflamação do coágulo formado quando há uma trombose e tem sintomas como calor na região, vermelhidão e varizes ou veias dilatadas.

Qual a causa da tromboflebite?

A causa da tromboflebite é um coágulo de sangue que leva à inflamação de um ou mais vasos sanguíneos. Os coágulos de sangue podem ser causados por inúmeras razões distintas – basicamente por qualquer motivo que faça com que o sangue não circule corretamente. Exemplos:

 

  • Lesão a uma veia ou artéria
  • Distúrbio de coagulação do sangue
  • Permanecer imóvel por longos períodos de tempo, como durante uma internação hospitalar.

 

Quando os coágulos de sangue são formados nas veias mais superficiais e próximas à superfície da pele, a doença recebe o nome de tromboflebite superficial. Quando as veias afetadas são mais profundas, ela é chamada de trombose venosa profunda – um problema de saúde bem mais grave.

E quais os sintomas?

Os principais sintomas de tromboflebite superficial incluem a presença de vermelhidão e inchaço na área afetada, além de calor, sensibilidade e dor.

 

Já os sinais e sintomas de trombose venosa profunda incluem dor e inchaço, principalmente.

Quando uma veia perto da superfície da pele é afetada por tromboflebite, o paciente pode notar um cordão vermelho, duro e macio logo abaixo da superfície da pele. Agora, quando uma veia profunda na perna é afetada, o membro pode ficar inchado, sensível e dolorido.

Quais são as classes de trombose?

A trombose pode ser classificada em aguda ou crônica:

Trombose aguda

Inicialmente uma trombose pode ser considerada um evento agudo que muitas vezes o corpo mesmo utiliza de mecanismos para dissolvê-lo.

Trombose crônica

Durante o processo de dissolução do coágulo que é natural do corpo, podem ficar sequelas no interior das veias, destruindo a estrutura das válvulas. É a partir desse momento que a doença se torna crônica: por conta dessas alterações nas válvulas, o retorno do sangue fica prejudicado e leva ao aparecimento de inchaço, varizes, escurecimento e endurecimento da pele e até feridas.

A trombose e a trombofilia

Trombofilia é uma predisposição para desenvolver trombose, causada por defeitos na coagulação do sangue que favorecem a formação de coágulos (trombos).

 

A trombofilia pode ser hereditária ou adquirida. A trombofilia hereditária tem causas genéticas, enquanto que a adquirida é uma consequência de outras condições clínicas, tais como:

  • Doenças (câncer, síndrome de anticorpo antifosfolípide);
  • Imobilização prolongada;
  • Uso de medicamentos (terapia de reposição hormonal, anticoncepcional oral, heparina);
  • Gravidez;
  • Puerpério (período de 45 dias após o parto);
  • Obesidade.

Os coágulos formados pela trombofilia surgem porque as enzimas do sangue, que fazem a coagulação, são deficientes e acabam não funcionando corretamente. Isso pode acontecer devido a causas hereditárias, pela genética, ou acontecer por causas adquiridas ao longo da vida, como por gravidez, obesidade ou câncer, e as chances também podem aumentar pelo uso de medicamentos, como os anticoncepcionais orais que também vamos falar mais à frente.

 

1. Causas adquiridas

As principais causas de trombofilia adquiridas são:

 

  • Obesidade;
  • Varizes;
  • Fraturas de ossos;
  • Gravidez ou puerpério;
  • Doenças cardíacas, infarto ou insuficiência do coração;
  • Diabetes, pressão alta ou colesterol elevado;
  • Uso de medicamentos, como anticoncepcionais orais ou reposição hormonal. 
  • Ficar acamado por muitos dias, devido a realização de cirurgia, ou por algum internamento hospitalar;
  • Ficar muito tempo sentado em alguma viagem de avião ou ônibus;
  • Doenças auto-imunes, como lúpus, artrite reumatóide ou síndrome antifosfolípide, por exemplo;
  • Doenças causadas por infecções como HIV, hepatite C, sífilis ou malária, por exemplo;
  • Câncer.

 

É necessário ressaltar que, pessoas que têm doenças que aumentam as chances de trombofilia, como câncer, lúpus ou HIV, por exemplo, devem ter um acompanhamento através de exames de sangue, a cada retorno com o médico que faz o acompanhamento. 

 

Além disso, para evitar a trombofilia, é importante tomar atitudes preventivas, como controlar a pressão, a diabetes e o colesterol, além de não ficar muito tempo deitado ou parado em situações de viagem, durante a gravidez, puerpério ou internamento hospitalar.

 

O uso de anticoncepcionais orais devem ser evitados por mulheres que já têm um risco aumentado de trombofilia, como as que têm pressão alta, diabetes ou história familiar de alterações no sangue

2. Causas hereditárias

Agora, as principais causas de trombofilia hereditária são:

 

  • Deficiência de anticoagulantes naturais do corpo, chamados proteína C, proteína S e antitrombina, por exemplo;
  • Concentração elevada do aminoácido homocisteína;
  • Mutações nas células que formam o sangue, como acontece na mutação do fator V de Leiden;
  • Excesso de enzimas sanguíneas que causam a coagulação, como fator VII e fibrinogênio, por exemplo.

Só lembrando que, apesar de a trombofilia hereditária ser transmitida pela genética, existem alguns cuidados que podem ser tomados para impedir a formação de coágulos, que são os mesmos das trombofilias adquiridas. Em casos muitos graves, podem ser indicados, pelo médico hematologista, o uso de remédios anticoagulantes, após avaliação de cada caso.

 

Em muitos casos, a pessoa pode não saber que tem trombofilia até o surgimento de um inchaço repentino, passar a ter abortos frequentes, complicações durante a gravidez e até natimortos. Também é comum aparecer em pessoas idosas, já que a fragilidade causada pela idade pode facilitar o aparecimento dos sintomas.

 

Quando a pessoa já tem sintomas de trombofilia, trombose venosa profunda ou embolia pulmonar, é recomendado o uso de medicamentos anticoagulantes orais por alguns meses, como Heparina, Varfarina ou Rivaroxabana, por exemplo. Para grávidas, o tratamento é feito com anticoagulante injetável, sendo necessário ficar internada por alguns dias.

 

Principais causas para a trombose

O Ministério da Saúde divulgou um artigo onde mostra que a trombose possui várias causas e fatores de risco. A maior parte delas são evitáveis, por isso é tão essencial procurar sempre um médico e fazer exames regularmente, além de manter um estilo de vida saudável. As principais causas da trombose são:

 

  • uso de anticoncepcionais ou tratamento hormonal;
  • tabagismo;
  • ficar sentado ou deitado muito tempo;
  • hereditariedade;
  • gravidez;
  • presença de varizes;
  • idade avançada;
  • pacientes com insuficiência cardíaca;
  • tumores malignos;
  • obesidade;
  • distúrbios de hipercoagulabilidade hereditários ou adquiridos;
  • história prévia de trombose venosa.

 

Trombose na viagem de avião

É natural que algumas pessoas sintam medo da trombose em uma viagem de avião. Realmente um vôo é um momento em que o risco deste problema aparecer é maior, já que a pessoa fica sem mover as pernas por uma certa quantidade de horas, o que prejudica o retorno do sangue venoso para o coração.

Deve-se atentar às pessoas que já tem predisposição ao problema quando elas estão em um voo. O sintoma mais comum é inchaço de panturrilha, acompanhado ou não de dor e calor local. Podemos dar algumas dicas para que se evite a trombose durante as viagens de avião. Confira:

 

  • Use roupas confortáveis e um pouco mais largas, que não causem compressão;
  • Use meias elásticas medicinais, prescritas por médico e adequadamente calçadas, que ajudam no retorno venoso;
  • Tome bastante líquido, principalmente água. O líquido, além de hidratar, também motiva a pessoa a se levantar para ir ao banheiro;
  • Evite ficar mais de duas horas parado na mesma posição.

Fatores de risco para o desenvolvimento de trombose

Existem alguns fatores que são considerados de risco para a ocorrência de trombose, como:

Pílula anticoncepcional

Há muito tempo ouve-se falar da relação entre as pílulas anticoncepcionais e a trombose. 

 

Os hormônios femininos atuam na parede das veias, provocando dilatação e redução do tônus venoso, podendo levar a edema, sensação de peso e piora das varizes. Esses sintomas podem diminuir se a dose de estrógeno for mais baixa. 

 

A medicação exerce efeito sobre a coagulação sanguínea e alguns estudos mostram haver risco relativo quatro vezes maior para o desenvolvimento de trombose em mulheres que utilizam anticoncepcionais orais em relação às não usuárias. Esse risco aumenta com a idade. A incidência é de 4 a 10 mil mulheres por ano e entre 35 a 39 anos passa a ser de aproximadamente 9 a 10 mil mulheres por ano. 

 

Esse risco é maior no primeiro ano de uso e está aumentado em tabagistas acima de dez cigarros por dia também. 

 

Isso acontece porque os anticoncepcionais orais combinados, caso da pílula, são medicamentos que associam um estrogênio sintético (etilnilestradiol) a progestogênicos. Existem pílulas de 1ª, 2ª e 3ª geração, conforme a quantidade de hormônios, que vem sendo reduzida com o tempo, minimizando os efeitos colaterais. 

 

Existem alternativas para o uso de anticoncepcionais orais. Pesquisas sugerem que o injetável trimestral tem menos potencial de causar trombose. Também para os injetáveis mensais a impressão é a mesma.

 

Você enquanto mulher deve-se lembrar de cuidar bem de sua saúde vascular, agindo ativamente nos fatores desencadeantes como parar de fumar, manter o peso equilibrado, fazer atividade física regular, tratar as varizes (se for o caso), evitar a imobilização prolongada, conhecer bem o histórico de problemas de sua família e, com o passar dos anos, pensar na possibilidade de mudar o método anticoncepcional. 

 

Claro que, sempre seguindo as orientações do seu ginecologista, que é o médico da mulher e o especialista mais capacitado para te orientar nessas questões.

Ficar sentado

Permanecer sentado por muito tempo, principalmente quando se está dirigindo ou dentro de um avião, faz com que as pernas fiquem na mesma posição por um tempo prolongado, fazendo assim com que os músculos da panturrilha não se contraiam, o que dificulta a circulação de sangue.

 

Passar muito tempo deitado ou em repouso absoluto, comum em caso de internações hospitalares, por exemplo, também facilitam a ocorrência de trombose.

Histórico de trombose na família

Algumas famílias possuem em seu sangue uma desordem que facilita a coagulação sanguínea, chamada de hipercoagulabilidade. Essa hereditariedade não costuma ser uma ameaça constante para a saúde, mas se combinada com outro fator de risco para a trombose, é bom ficar atento.

Machucados ou lesões

Ferimentos nas veias e cirurgias podem dificultar o fluxo sanguíneo, o que aumenta as chances de coágulo. A anestesia que é geralmente aplicada antes de procedimentos cirúrgicos dilata as veias e facilita a coagulação.

Gravidez

A gestação aumenta a pressão exercida sobre as veias da pélvis e das pernas, mas isso só se torna um problema quando a mulher possui suscetibilidade genética para a coagulação sanguínea. Mas atenção: o risco de o sangue coagular continua alto mesmo seis semanas após o parto, por isso, tome cuidado!

Condições de saúde mais específicas

Alguns tipos de câncer e tratamentos aumentam a quantidade de substâncias no sangue que facilitam a coagulação. Infecções gastrointestinais, como colites ulcerosas, também podem ser consideradas um fator de risco.

 

Atenção redobrada à insuficiência cardíaca. Um coração fraco não bombeia a mesma quantidade de sangue que um coração saudável costuma bombear, o que também aumenta os riscos de coagulação. Já aparelhos como o marcapasso e cateteres nas veias podem causar irritação nos vasos sanguíneos e diminuir o fluxo do sangue.

Outra condição que facilita a formação de coágulos são os glóbulos sanguíneos em excesso sendo produzidos pela medula óssea (policitemia vera), eles acabam tornando o sangue mais denso e lento do que o normal.

Obesidade

A obesidade é um fator de risco para a trombose bem grave, pois o excesso de peso e o acúmulo de gorduras exercem ainda mais pressão sobre as veias, dificultando a passagem do sangue, principalmente nos vasos da pélvis e das pernas.

Tabagismo

O hábito de fumar afeta a circulação de sangue e facilita a coagulação.

Idade

Pessoas acima dos 60 anos de idade são mais propensas a desenvolver trombose do que pessoas mais jovens.

Sintomas comuns de trombose

Em aproximadamente 50% dos casos, a trombose não manifesta sintomas no paciente. Ainda assim, pode acontecer de a pessoa apresentar alguns sinais da doença. Confira os principais deles:

 

  • Dor nas pernas, principalmente nas panturrilhas, podendo chegar até o pé e o tornozelo;
  • Sensação de queimação na região afetada;
  • Mudanças na cor da pele da região afetada pela doença, que começa a ficar vermelha ou arroxeada;
  • Edema (inchaço) na perna afetada.

Possíveis complicações

Os maiores problemas da trombose são suas complicações:

 

Dependendo do segmento de veia acometido, a trombose pode ser mais ou menos grave. Quando o coágulo obstrui uma pequena veia da perna, causa um transtorno localizado naquela região. Quanto mais próximo do coração, ou maior a veia, maior será a gravidade da trombose e a possibilidade até mesmo de morte do paciente. Algumas complicações podem ser:

 

  • Insuficiência venosa crônica ou síndrome pós-trombótica
  • Inchaço crônico da perna afetada e/ou dor acompanhado de varizes
  • Mudanças na pele, que pode se tornar mais escura e seca
  • Eczema, coceira muito forte que pode levar a uma ferida de difícil cicatrização
  • Embolia pulmonar (EP). Essa última apresenta alto índice de mortalidade.

Embolia pulmonar e trombose

A maior e principal complicação decorrente de trombose é a embolia pulmonar – quando um vaso sanguíneo do pulmão é obstruído por coágulo de sangue, que se desprende, vindo de outras partes do corpo, especialmente as pernas. A embolia pulmonar pode ser fatal.

 

Os dados apontam que aproximadamente 5 a 15% de indivíduos não tratados da trombose venosa profunda podem morrer de embolia pulmonar. Os dois quadros podem ocorrer em 2 a cada mil indivíduos por ano. Se pensarmos em uma população de 200 milhões no Brasil, podemos ter de 200 mil a 400 mil novos casos por ano!

 

Uma embolia pulmonar é mais frequentemente causada pela presença um coágulo de sangue em uma artéria, que bloqueia a passagem de sangue. Esse coágulo é geralmente proveniente de veias perna (principalmente da região da coxa) ou da pélvis (área dos quadris). Esse tipo de coágulo é chamado também de trombose venosa profunda (TVP). É então aí que ele se solta e se desloca para os pulmões.

 

Causas menos comuns incluem bolhas de ar, gotículas de gordura, líquido amniótico, parasitas ou células cancerosas.

Principais fatores para embolia pulmonar

Infelizmente, todo mundo está sujeito a ter uma embolia pulmonar, mas alguns fatores podem aumentar o risco de isso acontecer. Veja:

  • Histórico familiar de trombose venosa profunda ou de embolia pulmonar;
  • Problemas cardíacos, como pressão alta, hipertensão e outras condições cardiovasculares;
  • Alguns tipos de câncer, especialmente pâncreas, ovários e no pulmão, além de algumas metástases. Mulheres com histórico de câncer de mama também podem acabar desenvolvendo o problema;
  • Ficar muito tempo de repouso e deitado pode levar a uma embolia pulmonar também, como após uma cirurgia, um ataque cardíaco, uma fratura na perna ou qualquer outra doença grave que necessite de internação hospitalar;
  • Ficar muito tempo sentado também é um fator de risco, especialmente durante jornadas de trabalho e viagens de avião ou automóvel;
  • Fumo;
  • Obesidade;
  • Suplementos de estrogênio, comum em pílulas anticoncepcionais e na terapia de reposição hormonal;
  • Gravidez.

 

Submeter-se à uma cirurgia é uma das principais causas de coágulos sanguíneos, especialmente na implantação de próteses no quadril e no joelho. Durante a preparação dos ossos para as articulações artificiais, os restos de tecido podem entrar na corrente sanguínea e contribuem para causar um coágulo. Basta estar imóvel durante qualquer tipo de cirurgia e o risco de formação de coágulos aumenta consideravelmente. O risco cresce conforme o tempo em que você está sob anestesia geral. Por este motivo, a maioria das pessoas que se submete à alguma cirurgia e possui um tipo de predisposição para coagulação de sangue irá receber medicação antes e depois da cirurgia para evitar a formação de coágulos.

 

Sintomas de Embolia pulmonar

Os sintomas de embolia pulmonar costumam variar, dependendo do número de bloqueios arteriais e quais partes do pulmão estão acometidas. Os principais sintomas são:

 

Dor sob o esterno ou ao lado deste, que pode:

 

  • Ser aguda ou penetrante
  • Ser descrita como uma sensação de queimação, dor, entorpecimento ou peso
  • Piorar quando o indivíduo respira fundo, tosse, come ou se curva
  • Fazer com que o paciente se curve ou segure o próprio peito em reação à dor.

 

Além disso, o paciente pode apresentar:

 

  • Tosse repentina, expectorar sangue ou escarro sangrento
  • Respiração rápida
  • Frequência cardíaca alta
  • Deficiência respiratória iniciada repentinamente.

 

Alguns outros sintomas também podem ocorrer, como:

 

  • Ansiedade
  • Coloração arroxeada ou azulada da pele (cianose)
  • Pele fria e úmida
  • Tontura
  • Dor na perna, vermelhidão e inchaço
  • Tontura ou desmaio
  • Baixa pressão sanguínea
  • Sudorese
  • Respiração ofegante.

 

A rápida percepção e o pronto-atendimento de embolia pulmonar é essencial para se evitar complicações. O tratamento pode ser feito via medicamentos, como anticoagulantes e trombolíticos, usados para dissolver coágulos sanguíneos.

 

Há, também, a opção de cirurgia para o caso de medicamentos não funcionarem. O paciente pode passar por procedimentos cirúrgicos em que há a remoção do coágulo de sangue ou, ainda, o uso de um cateter que funciona como um filtro, ele vai impedir a passagem do coágulo proveniente da perna para o pulmão.

 

Como é o tratamento para trombose?

Existem 3 objetivos que precisam ser alcançados com o tratamento:

 

  • Impedir o crescimento do coágulo sanguíneo
  • Impedir que o coágulo sanguíneo avance para outras regiões do corpo e, assim, evitar possíveis complicações
  • Reduzir as chances de recorrência da trombose.

 

Alguma opções de tratamentos disponíveis são:

 

  • Diluidores do sangue, como anticoagulantes, que diminuem as chances de haver coagulação do sangue;
  • Uso de medicamentos para casos mais graves de tromboses e também de embolia pulmonar, conhecidos como heparina;
  • Inserção de filtros na maior veia do abdômen para impedir que os coágulos sanguíneos se desloquem para os pulmões;
  • Meias de compressão para melhorar o edema causado pela trombose.

Medicamentos indicados para Trombose

Podemos citar como os medicamentos mais usados para o tratamento de trombose:

 

  • Aspirina Prevent
  • Brilinta
  • Clexane
  • Clopin (bissulfato de clopidogrel)
  • Doumadin
  • Diosmin
  • Eliquis
  • Marevan.

 

Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, assim como a dosagem correta e a duração do tratamento. Incentivamos a seguir sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedicar.

 

Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

Prevenindo a trombose

Prevenir a trombose é muito mais fácil do que tratá-la. Siga algumas medidas que vamos expor à sua frente:

  • Se tiver que fazer uma cirurgia de grande porte, o médico provavelmente receitará anticoagulantes para evitar problemas mais graves, como trombose. Não se esqueça de tomar os remédios corretamente;
  • Faça visitas ao médico regularmente para checar se está tudo certo;
  • Pratique exercícios físicos regularmente e evite permanecer muito tempo sentado sem movimentar as pernas;
  • Evite o sobrepeso, o fumo, o estresse, o consumo de alimentos que contenham gordura animal.

E a trombose no avião? É possível preveni-la?

 

As dicas de prevenção são:

 

  • Use roupas confortáveis e um pouco mais largas, que não causem compressão;
  • Use meias elásticas medicinais, prescritas por médico e adequadamente calçadas, que ajudam no retorno venoso;
  • Tome bastante líquido, principalmente água. O líquido, além de hidratar, também motiva a pessoa a se levantar para ir ao banheiro;
  • Evite ficar mais de duas horas parado na mesma posição.

 

Gostou do nosso artigo esclarecendo um pouco a mais sobre a trombose? Comente em nosso quadro de comentários que queremos saber de você! 

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Medicamento Clopidogrel

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O bissulfato de clopidogrel é um medicamento indicado para a prevenção dos eventos aterotrombóticos, por exemplo, infarto agudo do miocárdio (IM) (infarto do coração), acidente vascular cerebral (AVC) (derrame) e morte vascular em pacientes adultos que apresentaram IM ou AVC recente ou uma condição conhecida como doença arterial periférica.

Síndrome Coronária Aguda: nos pacientes com Síndrome Coronária Aguda (SCA) [angina instável (tipo severo de dor no peito) ou IM], incluindo tanto aqueles controlados clinicamente, quanto os submetidos à Intervenção Coronária Percutânea com ou sem colocação de stent (prótese nas artérias do coração).

 

Fibrilação Atrial: o bissulfato de clopidogrel é indicado em adultos para a prevenção de eventos aterotrombóticos e tromboembólicos (quadros específicos caracterizados pela formação de um coágulo de sangue no interior de um vaso sanguíneo) em pacientes com fibrilação atrial (FA) (tipo de arritmia onde há batimentos rápidos e desordenados do coração) que possuem pelo menos um fator de risco para a ocorrência de eventos vasculares (por exemplo, derrame, infarto do coração) e que não podem fazer uso do tratamento com medicamentos conhecidos como “antagonistas da vitamina K” (AVK) (ex. risco de sangramento ou avaliação médica que concluiu que o uso de AVK é inapropriado).

 

O bissulfato de clopidogrel é indicado em combinação com o ácido acetilsalicílico (AAS) na prevenção de eventos aterotrombóticos e tromboembólicos, incluindo derrame cerebral. Este medicamento em combinação com AAS demonstrou reduzir a taxa de derrame cerebral, infarto do coração, embolismo sistêmico fora do sistema nervoso central (obstrução de um vaso ou artéria do corpo que não seja no sistema nervoso central), ou morte vascular.

 

Segundo o Ministério da Saúde,  o clopidogrel deve ser metabolizado pelas enzimas do citocromo P-450 para produzir o metabólito ativo que inibe a agregação plaquetária. O metabólito ativo de clopidogrel inibe, seletivamente, a ligação da adenosina difosfato (ADP) ao seu receptor plaquetário P2Y12 e, subsequente, ativação do complexo glicoproteico GPIIb/IIIa mediado por ADP, e portanto, inibição da agregação plaquetária. Sua forma de apresentação é: comprimido 75mg e 300mg.  

Como é o funcionamento de Clopidogrel?

Este medicamento possui em sua fórmula uma substância chamada bissulfato de clopidogrel e pertence a um grupo de medicamentos conhecidos como antiplaquetários.

 

As plaquetas são estruturas muito pequenas do sangue, menores que as células sanguíneas vermelhas e brancas, que se agrupam durante a coagulação sanguínea. Prevenindo este agrupamento, o bissulfato de clopidogrel age no sangue reduzindo a chance de formação de trombos (coágulos sanguíneos). Por isso, este medicamento é prescrito pelo médico para prevenir a ocorrência de IM, acidente vascular cerebral isquêmico (derrame) ou outras doenças decorrentes da obstrução dos vasos sanguíneos.

 

O uso repetido de bissulfato de clopidogrel produz inibição substancial na agregação plaquetária a partir do primeiro dia, aumentando progressivamente até atingir o estado de equilíbrio entre o terceiro e o sétimo dia de tratamento. Uma vez descontinuado o tratamento, a agregação plaquetária e o tempo de sangramento retornam gradualmente aos valores apresentados antes do início do tratamento dentro de 5 dias, em geral.

Laboratórios que fabricam e disponibilizam Clopidogrel

Clopidogrel é produzido e distribuído por vários laboratórios em todo o país. Dentre eles, podemos citar o Aterogrel de Biolab, Clopivix, de Dr. Reddys, Duoplavix da Sanofi, Paquetá da Supera Farma e Plavix Protect, da Sanofi também. 

Clopidogrel tem contraindicações?

Sim, este medicamento não deve ser utilizado caso você apresente alergia ou intolerância ao clopidogrel ou a qualquer outro componente do produto. Também não deve ser utilizado caso você apresente úlcera péptica (lesão no estômago) ou hemorragia intracraniana (sangramento dentro do cérebro).

Quais as precauções e advertências de uso?

Distúrbios sanguíneos: devido ao risco de sangramento e efeitos sanguíneos indesejáveis, não se esqueça de comunicar seu médico sempre que surgirem sintomas clínicos suspeitos (quadros clínicos com sangramento ou que podem levar a ele) durante o tratamento, para avaliar a necessidade de ser efetuada a contagem de células sanguíneas e/ou outros testes apropriados. Devido ao risco aumentado de sangramento, a administração concomitante de varfarina e clopidogrel deve ser realizada com cautela.

 

Como qualquer outro medicamento com ação antiplaquetária, clopidogrel deve ser administrado com mais cautela em pacientes que se encontram sob risco aumentado de sangramento decorrente de trauma, cirurgia (inclusive dentária) ou doenças (como úlcera péptica ou qualquer outra doença capaz de causar sangramento), e em pacientes que estejam recebendo tratamento com ácido acetilsalicílico, heparina, inibidores da glicoproteína IIb/IIIa, anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), ou inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs). 

 

Se o paciente for submetido a uma cirurgia programada e não for desejável o efeito antiplaquetário, clopidogrel deve ser descontinuado 5 a 7 dias antes da cirurgia.

 

O paciente também deve saber que clopidogrel prolonga o tempo de sangramento e deve ser usado com cautela caso você tenha lesões com propensão a sangrar (particularmente gastrintestinal e intraocular). Os medicamentos que podem induzir lesões gastrintestinais (como ácido acetilsalicílico – AAS e anti-inflamatórios não esteroidais – AINEs) devem ser usados com cautela se você estiver tomando clopidogrel.

 

É possível que demore mais que o usual para parar o sangramento quando você tomar clopidogrel sozinho ou em combinação com AAS. Não se esqueça de relatar qualquer sangramento incomum (local ou duração) ao médico. Também deve informar aos médicos e dentistas que está tomando clopidogrel antes que qualquer cirurgia seja marcada e antes de tomar qualquer outro medicamento.

 

Acidente vascular cerebral recente: em pacientes de alto risco para eventos isquêmicos (quadros caracterizados pela diminuição ou ausência de passagem de sangue para um órgão) repetidos com ataque isquêmico transitório (quadro específico de isquemia) ou AVC (derrame) recentes, a associação de AAS e clopidogrel evidenciou aumento de sangramentos maiores. Portanto, esta associação deve ser feita com precaução fora de situações clínicas nas quais os benefícios foram comprovados.

 

Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT): muito raramente têm sido reportados casos de púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) após o uso de clopidogrel, algumas vezes após uma pequena exposição ao medicamento. Isto se caracteriza por trombocitopenia (diminuição no número de plaquetas) e anemia hemolítica microangiopática (diminuição do número de glóbulos vermelhos), podendo estar associada com sintomas no sistema nervoso, disfunção renal (funcionamento anormal dos rins) ou febre. A PTT é uma condição potencialmente fatal requerendo tratamento imediato, incluindo plasmaferese (troca plasmática).

 

Hemofilia adquirida: hemofilia adquirida tem sido relatada após o uso de clopidogrel. Em casos confirmados de prolongamento isolado do Tempo de Tromboplastina Parcial ativada (TTPa) com ou sem sangramento, hemofilia adquirida deve ser considerada. Pacientes com diagnóstico confirmado de hemofilia adquirida devem ser monitorados e tratados por especialistas e clopidogrel deve ser descontinuado.

 

Citocromo P450 2C19 (CYP2C19)

 

Farmacogenética: em pacientes metabolizadores lentos da CYP2C19, clopidogrel nas doses recomendadas forma menos do metabólito ativo de clopidogrel e tem um efeito menor na função plaquetária. Os metabolizadores lentos com síndrome coronariana aguda ou submetidos a intervenção coronariana percutânea tratados com clopidogrel nas doses recomendadas podem apresentar maiores taxas de eventos cardiovasculares do que os pacientes com função da CYP2C19 normal.

 

Sensibilidade cruzada entre tienopiridinas: pacientes devem ser avaliados quanto à história de hipersensibilidade com outra tienopiridina (como ticlopidina, prasugrel), já que reatividade cruzada entre tienopiridinas tem sido reportada. As tienopiridinas podem causar reações alérgicas médias a severas, tais como: erupção cutânea, angioedema (inchaço em região subcutânea ou em mucosas, geralmente de origem alérgica) ou reações hematológicas (do sangue) como trombocitopenia (diminuição no número de plaquetas sanguíneas) e neutropenia (diminuição do número de neutrófilos no sangue).

 

Pacientes que desenvolveram reações alérgicas e/ou hematológicas anteriormente a alguma tienopiridina pode ter um maior risco de desenvolvimento da mesma ou nova reação a outra tienopiridina. Aconselha-se um monitoramento para sensibilidade cruzada.

Populações Especiais

Pacientes com insuficiência nos rins: a experiência com clopidogrel é limitada em pacientes com insuficiência renal severa (redução severa da função dos rins). Portanto, o medicamento deve ser usado com cautela nestes pacientes.

 

Pacientes com insuficiência no fígado: a experiência é limitada em pacientes com insuficiência no fígado severa que possam apresentar diátese hemorrágica (sangramentos causados por uma falha na coagulação ou na estrutura dos vasos sanguíneos). Este medicamento deve ser utilizado com cautela nestes pacientes.

 

Alteração na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas: não foi observada qualquer alteração na capacidade de condução ou desempenho psicométrico (avaliação de processos mentais) dos pacientes após administração de bissulfato de clopidogrel.

 

Interação com alimentos: o bissulfato de clopidogrel pode ser tomado junto às refeições ou fora delas.

Como devo usar clopidogrel?

A seguir, te indicamos a posologia, dosagem e instruções de uso do medicamento:

Você deve tomar os comprimidos com líquido, por via oral.

O bissulfato de clopidogrel pode ser administrado antes, durante ou após as refeições.

Nas situações de IM e AVC isquêmico recentes ou doença arterial periférica estabelecida, a dose recomendada de bissulfato de clopidogrel é de 75 mg em dose única diária.

 

Síndrome Coronária Aguda: para pacientes com SCA sem elevação do segmento ST (angina instável ou IM sem presença de onda Q (tipo de alteração ao eletrocardiograma)), bissulfato de clopidogrel deve ser iniciado com dose de ataque de 300 mg e mantido com uma dose única diária de 75 mg. O AAS (75 a 325 mg em dose única diária) deve ser iniciado e continuado em combinação com este medicamento.

 

Para pacientes com IM com elevação do segmento ST (tipo de alteração ao eletrocardiograma), a dose recomendada de bissulfato de clopidogrel é de 75 mg em dose única diária, administrada em associação com AAS, com ou sem trombolítico (medicamentos utilizados para reduzir a coagulação sanguínea). O bissulfato de clopidogrel deve ser iniciado com ou sem dose de ataque. Este medicamento pode ser administrado com ou sem alimentos.

 

Pacientes com fibrilação atrial: é recomendado o uso por via oral de 1 comprimido de bissulfato de clopidogrel 75 mg ao dia. O AAS (75 a 100 mg ao dia) deve ser usado junto com o bissulfato de clopidogrel, desde o início e por todo o período de tratamento.

 

Não há estudos dos efeitos de bissulfato de clopidogrel administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral conforme recomendado pelo médico.

 

Populações especiais

 

Farmacogenética: pacientes que apresentam um estado de metabolizador lento da enzima CYP2C19 (enzima localizada no fígado) apresentam uma diminuição da resposta antiplaquetária do clopidogrel. Uma posologia maior para estes pacientes aumenta a resposta antiplaquetária. O uso de doses maiores de clopidogrel deve ser considerado, porém a posologia apropriada para esta população de pacientes não foi estabelecida em ensaios clínicos.

 

Pacientes idosos: nenhum ajuste na dosagem se faz necessário para os pacientes idosos.

 

Pacientes com insuficiência nos rins e no fígado: nenhum ajuste na dosagem se faz necessário.

 

Pacientes pediátricos: a segurança e a eficácia não foram estabelecidas na população pediátrica.

 

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.

 

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

Quais as interações medicamentosas de Clopidogrel?

Trombolíticos (medicamentos usados para inibir a coagulação sanguínea): a segurança do uso em associação de clopidogrel, trombolíticos e heparina foi estudada em pacientes com IM. A incidência de hemorragias clinicamente significativas foi similar àquela observada quando foram administrados trombolíticos associados com heparina e AAS.

 

Inibidores da glicoproteína IIb/IIIa (medicamentos usados para inibir a coagulação sanguínea): como há a possibilidade de interação entre clopidogrel e os inibidores da glicoproteína IIb/IIIa, a utilização em associação desses dois produtos deve ser feita com cautela.

Anticoagulantes injetáveis (como por exemplo, a heparina): como há uma possibilidade de interação entre o clopidogrel e a heparina, o uso concomitante necessita ser feito com cuidado.

 

Anticoagulante oral: devido ao risco aumentado de sangramento o uso em associação de varfarina e clopidogrel necessita ser avaliado com cautela.

 

Ácido acetilsalicílico (AAS): devido a uma possível interação entre o clopidogrel e o AAS, o uso em associação desses dois produtos deve ser feito com cautela. Entretanto a associação de clopidogrel e AAS (75 – 325 mg uma vez ao dia) tem sido feita por até um ano.

 

Anti-inflamatórios não esteroidais – AINEs (medicamentos que tratam as inflamações): o uso de AINEs e clopidogrel em associação deve ser feito com cautela.

 

Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs): como estes medicamentos afetam a ativação plaquetária e aumentam o risco de sangramento, a administração concomitante de clopidogrel com os inibidores seletivo da recaptação de serotonina deve ser realizada com cautela.

 

Outras terapias concomitantes: uma vez que clopidogrel produz um metabólito ativo através da enzima CYP2C19 (enzima do fígado), era de se esperar que o uso de medicamentos que inibem a atividade desta enzima resultasse na diminuição do nível do metabólito ativo de clopidogrel.

 

Não se esqueça que o uso concomitante de inibidores fortes ou moderados da enzima CYP2C19 (por exemplo, omeprazol e esomeprazol) é desaconselhado. Caso um inibidor de bomba de próton seja usado concomitantemente ao clopidogrel, considerar o uso de um com menos atividade inibidora da CYP2C19, como o pantoprazol.

 

Em dois estudos realizados, clopidogrel (dose padrão) foi usado em associação com omeprazol 80 mg. Em um destes estudos os dois fármacos foram administrados no mesmo horário e no segundo estudo, com diferença de 12 horas.

 

Estes estudos demonstraram resultados similares onde houve a diminuição tanto no nível do metabólito ativo do clopidogrel quanto na inibição da agregação plaquetária.

 

Em outro estudo que analisou o uso concomitante do medicamento (dose padrão) e pantoprazol 80 mg, observou-se também a diminuição tanto no nível do metabólito ativo do clopidogrel quanto na inibição da agregação plaquetária, porém, com índices menores que os observados com o omeprazol.

 

Outros estudos clínicos foram conduzidos demonstrando o uso do clopidogrel com outras medicações, a fim de investigar as possíveis interações. Não foram observadas interações clinicamente importantes quando o clopidogrel foi usado em associação com o atenolol ou com a nifedipina ou ainda o clopidogrel usado junto com o atenolol e a nifedipina. Além disso, a atividade do fármaco não foi influenciada pela administração em conjunto com fenobarbital ou estrogênio.

 

As farmacocinéticas da digoxina ou da teofilina não foram alteradas pela administração concomitante de clopidogrel.

 

Os antiácidos também não alteraram a absorção do clopidogrel.

 

A coadministração de clopidogrel e varfarina aumenta o risco de sangramento devido aos efeitos independentes na homeostase. No entanto, em altas concentrações in vitro, clopidogrel inibe a CYP2C9. É improvável que clopidogrel possa interferir com o metabolismo de medicamentos como a fenitoína, tolbutamida e AINE que são metabolizados pelo citocromo P-450 2C9 (enzimas do fígado).

 

Além dos estudos de interação específicos anteriormente mencionados, os pacientes admitidos nos estudos clínicos amplos (CAPRIE e CURE) receberam uma variedade de medicações concomitantes, incluindo diuréticos (medicamentos que provocam o aumento na eliminação de urina), betabloqueadores (medicamentos que agem no sistema cardiovascular), inibidores da enzima de conversão da angiotensina (ECA) (medicamentos usados no tratamento da pressão alta), antagonistas do cálcio (medicamentos utilizados no tratamento de algumas doenças do coração e da pressão alta), agentes redutores do colesterol, vasodilatadores coronarianos (medicamentos que causam a dilatação dos vasos do coração), agentes antidiabéticos (incluindo insulina), agentes antiepiléticos (que tratam a epilepsia), antagonistas GPIIb/IIIa (medicamentos usados no IM) e terapia de reposição hormonal, sem evidência de interações adversas clinicamente significativas.

 

Interação em exames laboratoriais e não laboratoriais: foram detectados muito raramente alterações nos testes de função hepática e aumento da creatinina sanguínea.

Uso de Bissulfato de clopidogrel na gravidez e amamentação

Gravidez e amamentação: o bissulfato de clopidogrel não deve ser usado durante a gravidez a menos que na opinião do seu médico, seja evidente a sua necessidade.

 

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

 

Visto que muitos medicamentos são excretados no leite materno, e devido ao risco potencial de reações adversas sérias no lactente, seu médico decidirá entre interromper a amamentação ou descontinuar o tratamento com bissulfato de clopidogrel.

 

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

 

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

E quais seus efeitos colaterais?

Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento); 

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento); 

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento); 

Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento); desconhecida (não pode ser estimada pelos dados disponíveis).

 

Sistema Nervoso Central e Periférico:

Incomum: dor de cabeça, tontura, parestesia (sensação de formigamento e entorpecimento);

 

Rara: tontura.

 

Gastrintestinais (estômago e intestino):

Comum: indigestão, dor abdominal e diarreia;

 

Incomum: enjoo, gastrite (inflamação no estômago), flatulência (excesso de gás no estômago ou intestino), prisão de ventre, vômito, úlcera gástrica (lesão no estômago), úlcera duodenal (lesão em uma parte do intestino chamada duodeno).

 

Plaquetas, sangramento e distúrbios da coagulação:

Incomum: aumento do tempo de sangramento, decréscimo do número de plaquetas (fragmentos de células presentes no sangue, cuja função é a formação de coágulos).

 

Pele e anexos:

Incomum: erupção na pele e coceira. 

 

Glóbulos Brancos e Sistema Retículo Endotelial:

Incomum: leucopenia (redução do número de glóbulos brancos no sangue), diminuição de neutrófilos (uma classe de células sanguíneas brancas) e eosinofilia (situação na qual a percentagem de eosinófilos, um tipo de célula sanguínea branca, está aumentada).

 

Reações Adversas após o início da comercialização:

As frequências para os seguintes efeitos colaterais são desconhecidas (não podem ser estimadas pelos dados disponíveis).

Sangue e sistema linfático

Casos graves de sangramentos principalmente na pele, sistema músculo esquelético, olhos (conjuntiva, ocular e retina), e sangramento do trato respiratório, sangramento nasal, sangue na urina, e hemorragia de ferida operatória, casos de sangramentos com resultados fatais [especialmente hemorragias intracranianas (sangramento dentro da cabeça), gastrintestinais (no estômago e intestino) e retroperitoneais (região posterior do peritônio que é uma camada de tecido que reveste a cavidade abdominal e cobre a maioria das vísceras)], agranulocitose (falta ou redução acentuada de glóbulos brancos), anemia aplástica/ pancitopenia (diminuição global de células no sangue), púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) (distúrbio sanguíneo grave caracterizado pela doença dos pequenos vasos, ou seja, os capilares, e aumento da agregação das plaquetas), hemofilia A adquirida.

 

Sistema imunológico (de defesa)

Reação anafilática (reação alérgica), doença do soro (reação alérgica tardia com urticária, febre, mal-estar secundária a medicamentos ou antissoro).

 

Reação cruzada de hipersensibilidade à droga entre tienopiridinas (como ticlopidina, prasugrel)

 

Alterações psiquiátricas

Confusão, alucinação.

 

Sistema nervoso

Alteração no paladar.

 

Sistema vascular

Inflamação dos vasos sanguíneos, pressão arterial baixa.

Distúrbios respiratórios, torácicos e no mediastino.

Broncoespasmo (contração dos brônquios e bronquíolos), pneumonia intersticial (doença que afeta o pulmão), pneumonia eosinofílica [acúmulo de eosinófilos no pulmão (tipo de glóbulo branco)].

 

Distúrbios gastrintestinais (do estômago e intestino)

Colite (inflamação do colo, parte do intestino) (incluindo ulcerativa ou colite linfocítica), pancreatite (inflamação do pâncreas), estomatite (inflamação na boca).

 

Distúrbios hepatobiliares

Hepatite (inflamação no fígado) (não infecciosa), insuficiência hepática (redução grave da função do fígado) aguda.

 

Pele e tecido subcutâneo

Erupção maculopapular, eritematosa ou esfoliativa, urticária, coceira, angioedema (inchaço na pele), dermatite bolhosa [eritema (vermelhidão) multiforme], síndrome de Stevens-Johnson (forma grave de erupção bolhosa), necrólise epidérmica tóxica (doença onde grandes extensões da pele ficam vermelhas e morrem), pustulose exantemática generalizada aguda – PEGA (caracteriza-se por quadro febril associado ao aparecimento súbito de lesões avermelhadas com edema), síndrome de hipersensibilidade medicamentosa, erupção cutânea medicamentosa com aumento de eosinófilos (tipo de glóbulo branco) e sintomas gerais, eczema (doença inflamatória da pele), líquen planus (doença da pele e membranas mucosas que causa coceira e inflamação).

 

Aparelho músculo esquelético, tecido conectivo e medula óssea

Dor nas juntas, inflamação nas juntas, inflamação dos músculos.

 

Distúrbios urinário e renal

Glomerulopatia (doença que acomete o glomérulo, principal estrutura do rim responsável pela filtração do sangue).

 

Sistema Reprodutivo e distúrbios da mama

Ginecomastia (aumento das mamas em homens). 

 

Alterações gerais e condições no local da administração

Febre.

 

Investigações

Teste de função do fígado anormal e aumento da creatinina sanguínea (teste que avalia a função renal).

 

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

Onde comprar?

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Falando sobre a gripe

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Gripe é uma doença infecciosa provocada por diversos vírus ARN da família Orthomyxoviridae e que afeta aves e mamíferos.Também conhecida como Influenza, é uma infecção do sistema respiratório cuja principal complicação é a pneumonia. Ela inicia-se com febre alta, em geral acima de 38ºC, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça e tosse seca.

Vale ressaltar que a febre é o sintoma mais importante da gripe e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios, como tosse, vão se tornando mais evidentes com a progressão da gripe e mantêm-se, em geral, por três a quatro dias após o desaparecimento da febre. 

 

Assim como o resfriado, trata-se de uma doença muito comum em todo o mundo, sendo possível uma pessoa adquirir influenza várias vezes ao longo de sua vida. Ela também é frequentemente confundida com outras viroses respiratórias e, por isso, o seu diagnóstico concreto só é feito mediante exame laboratorial específico.

Época do ano mais suscetível a casos da doença

Todos os anos, com a aproximação do inverno, começamos a nos preocupar em evitar as doenças respiratórias que chamamos de gripe. Apesar de usarmos esse termo de forma genérica para nos referirmos a sintomas como nariz entupido, espirros e dor de cabeça, a gripe e os resfriados são causados por vírus diferentes e apresentam algumas características que permitem a sua diferenciação.

Quais as diferenças entre gripe e resfriado?

Por apresentarem sintomas parecidos, as duas doenças confundem a população. A gripe pode agravar quadros de saúde já existentes, como problemas cardíacos, asma ou doença pulmonar obstrutiva crônica. Por isso, podemos afirmar que ela é mais grave do que o resfriado. 

Resfriado e seus sintomas

Outra infecção respiratória, mas que é desencadeada por diversos tipos de vírus. O rinovírus está entre os mais comuns. Se manifesta clinicamente de forma menos intensa e seus sintomas incluem coriza, febre baixa, tosse e espirros. A recuperação tende a ficar mais rápida.

Transmissão

É igual nas duas. Ocorrendo quando gotículas de saliva do indivíduo infectado entram em contato com as vias aéreas de outra pessoa (por meio de espirro, beijos, tosse…).

Lembrando que objetos contaminados com essas gotículas também espalham a enfermidade. Principalmente em lugares fechados, com pouca ventilação. Por isso, lavar as mãos ajuda muito nesse sentido.

 

A gripe se caracteriza pelo contágio facilitado na época de outono e inverno, enquanto o resfriado não tem uma sazonalidade específica e pode aparecer durante todo o ano! Porém, o fato de que nessas estações mais frias as pessoas costumam ficar em ambientes fechados favorece o surgimento das duas enfermidades.

Pessoas mais suscetíveis

Existe um chamado grupo de risco (crianças, idosos, gestantes, pacientes com doenças crônicas), que costumam ser mais afetados pela gripe. Ela também pode ser mais grave neles. Isso porque a resposta imunológica desses indivíduos é menos efetiva do que a de pessoas saudáveis. Já o resfriado é, digamos, mais democrático e seu quadro costuma melhorar brevemente. 

Diagnóstico

O médico avalia os sintomas, se for apenas resfriado, não há motivos para preocupação, agora os casos suspeitos de gripe com potencial mais grave, talvez seja necessário recorrer a exames de sangue para confirmar a presença do vírus influenza. Isso porque, ao termos certeza de que se trata da gripe, certos tratamentos podem ser feitos.

Dados da gripe no Brasil

Em 2017, foram registrados 394 casos e 66 óbitos por influenza no país. Desse total, 25 casos e 7 mortes foram por H1N1, 244 casos e 30 óbitos por H3N2, 81 casos e 24 óbitos por influenza B, e 44 casos e 5 mortes por influenza A não sub-tipada. Em todo o ano de 2017, foram registrados 2.691 casos e 498 óbitos por influenza.

 

Em 2018, até junho, foram registrados 2.715 casos e 446 óbitos pelo vírus influenza – H1N1, H3N2 e influenza B e subtipo A. Do total, 1.619 casos e 284 óbitos foram por H1N1.

 

Segundo um relatório do próprio Ministério da Saúde, o número de mortes causadas pelo vírus da gripe no Brasil em 2019 chegou a 339 no dia 28 de junho. Até o momento, o subtipo mais comum no Brasil é o H1N1, com 66,7% desses casos confirmados. O segundo mais frequente é o H3N2, com 16,7% dos casos. Em seguida vêm o influenza B (11,2%) e o “influenza A não subtipado” (5,4%).

 

De acordo com o Ministério, o Paraná é o estado com maior número de mortes neste ano: são 52 até o dia 28 de junho. O estado do Rio de Janeiro está em segundo lugar, com 41 mortes por gripe. O Amazonas registrou 35 mortes nesse período e São Paulo, 34.

 

Tipos de vírus da gripe

Não há grandes diferenças no que diz respeito a que doenças causam, como se prevenir e como tratar. A diferença entre os três subtipos de vírus está nas proteínas específicas que cada um tem em sua superfície. Eles são cepas diferentes do mesmo vírus, com características parecidas. Recentemente, o Ministério da Saúde revelou que vírus H2N3 não existe no Brasil, conforme veremos mais à frente.

 

Os vírus da gripe, basicamente, possuem os tipos A, B e C. Esses vírus são altamente transmissíveis e podem sofrer mutações, sendo que o tipo A é mais mutável que o B e este mais mutável que o tipo C. Os tipos A e B causam maior mortalidade que o tipo C. Os tipos A e B são responsáveis por epidemias sazonais em várias regiões do mundo, com circulação predominantemente no inverno, já o tipo C é causador de infecções mais brandas.

 

O tipo A é classificado em subtipos, como o H1N1 e o H3N2, que circulam atualmente em humanos. Já o tipo B é dividido em duas linhagens: Victoria e Yamagata. Mesmo com suas particularidades genéticas, todos podem provocar os mesmos sintomas.

Principais causas de contágio pelos vírus

Geralmente, a gripe é causada pelo vírus influenza. Seus sintomas aparecem de forma repentina, com febre, vermelhidão no rosto, dores no corpo e cansaço. Entre o segundo e o quarto dia, os sintomas do corpo tendem a diminuir enquanto os sintomas respiratórios aumentam, aparecendo com frequência uma tosse seca.

Outros vírus que podem causar a gripe

É divulgado para as pessoas entenderem que a vacina da gripe não causa gripe. É feita com uma proteína, isto é, um pequeno fragmento dos vírus e esse “pedacinho” é incapaz de produzir doença. Produz a resposta imunológica de defesa; mas não a gripe.

 

A vacina nos protege contra o H1N1, H3N2 e o Influenza B.

 

Esses são os vírus mais temidos pois podem dar febre alta, dor no corpo, congestão, tosse, dificuldade para respirar e até mesmo insuficiência respiratória e óbito. Esses são também, os mais “perigosos” e por isso um “fragmento” de cada um está contido na vacina anual.

A vacina da gripe é altamente eficaz. Então, por que muitos pegam gripe mesmo com a vacina em dia?

 

Porque há outros vírus que também podem dar resfriado ou sintomas de gripe que circulam mais intensamente nesta época do ano. Todos podem dar febre, dor no corpo, dor de cabeça, congestão e tosse.

 

Geralmente são quadros menos intensos, mas que, dependendo das defesas da pessoa acometida, podem dar sintomas com maior ou menor intensidade. Veja alguns exemplos:

 

  • Vírus Sincicial Respiratório: acomete tipicamente bebês e crianças pequenas, dando a conhecida bronquiolite que pode ser grave nesta faixa de idade. Em adultos, pode dar muita tosse e um pouco de “chiado” no peito ou broncoespasmo.
  • Rinovírus: tem como maior característica a congestão. O nariz fica cheio e entupido. Piora à noite, tornando o sono superficial e entrecortado. O cansaço no dia seguinte é evidente.
  • Coronavírus: dá muita tosse, geralmente seca e dores pelo corpo. Pode dar também dor de cabeça e mal-estar.
  • Adenovírus: pode dar sintomas mais intensos como febre, dor de garganta, dor de cabeça, chiado no peito e pneumonia.

 

Lembrando: esses vírus são transmitidos principalmente pelo ar e pelas mãos contaminadas. Por isso, deixe os ambientes arejados e lave as mãos com bastante frequência.

A gripe H1N1

O H1N1 ficou famoso há uma década, quando uma epidemia desse subtipo do vírus da gripe provocou 2 mil mortes no Brasil. Em 2018, ele foi responsável por 65% dos óbitos. E ainda preocupa em 2019, porque já registrou vítimas fatais – especialmente no Amazonas, que inclusive antecipou sua campanha de vacinação para conter o surto.

 

O H1N1 causa os mesmos sintomas das outras versões do vírus influenza: febre alta, mal-estar, dor de cabeça, espirros e tosse. A diferença estaria no risco de complicações.

Ele multiplica-se rapidamente no organismo e provoca mais casos graves em jovens, asmáticos e gestantes.

 

O H1N1 integra o time dos vírus influenza tipo A, do qual o H3N2 também faz parte. Esse agente infeccioso, aliás, parece ser mais perigoso para os idosos.

A outra família de influenza, do tipo B, geralmente se manifesta de maneira mais branda. Os especialistas alertam, porém, que as diferenças de agressividade entre os subtipos da gripe são poucas, até porque dependem das constantes mutações que esses vírus sofrem. Em resumo, todos preocupam.

Principal diferença do H1N1

Basicamente, é a estrutura dele, que possui algumas proteínas diferentes. Além disso, assim como todos os membros da família, o H1N1 sofre mutações frequentes – por isso, a necessidade de tomar a vacina anualmente, principalmente nas campanhas nacionais. O imunizante é atualizado de acordo com as variedades que estão circulando pelo mundo.

 

A boa notícia é que as mutações mais impactantes, com potencial extra para fazer estragos, são esporádicas. 

Diagnóstico e tratamento

Assim que os sintomas aparecerem, procure um médico. Em determinados casos de gripe H1N1, pode haver dificuldade para respirar ou falta de ar – um sintoma que também surge em indivíduos acometidos com outros tipos de gripe, aliás. 

 

No outono e inverno, quando a incidência da doença é mais alta, nem sempre os médicos solicitam exames que façam essa diferenciação. Até porque o tratamento costuma ser igual. Mas é importante desconfiar do vírus influenza em geral e iniciar o tratamento nas primeiras 48 horas. Os remédios antivirais combatem qualquer um dos subtipos.

 

Vale ressaltar que esses fármacos (Tamiflu, por exemplo) são prescritos nas situações com maior risco de complicações e morte. Diabéticos e idosos mesmo, são candidatos por possuírem um déficit no sistema imunológico.

 

Em casos menos complicados, geralmente os médicos apenas manejam os sintomas. Eles prescrevem antitérmicos para baixar a febre, analgésicos para controlar a dor, e assim por diante. Enquanto isso, o próprio organismo produz anticorpos para combater a infecção – para ajudá-lo, muito repouso e hidratação.

Tratamento da Gripe H1N1 na gravidez

O tratamento consiste no mesmo que fora dela, com o uso de medicamentos como o Tamiflu, que deve ser indicado pelo obstetra após a avaliação do risco/benefício.

 

É muito importante que a gestante procure o médico ou vá ao posto de saúde nas primeiras 48 horas do início dos sintomas, pois é cientificamente comprovado que o Tamiflu é mais eficaz quando tomado nos primeiros sinais da gripe H1N1. Por terem um risco aumentado de parto prematuro, as gestantes devem ir ao hospital e se estiverem no final da gravidez, podem ter que permanecer internadas até a cura da doença.

 

Caso a mulher seja contaminada com o vírus da gripe H1N1 no final da gravidez ou durante o pós-parto, nos primeiros 6 meses de vida do bebê, deve-se evitar estar muito próxima do bebê para que ele não seja contaminado, porque esta doença é mais grave quando afeta bebês até 6 meses de vida, que não podem ser tratados com Tamiflu e que também não podem ser vacinados.

 

Ela pode continuar amamentando, porque não há provas que o vírus passe pelo leite materno, no entanto, sempre que estiver perto do bebê ou amamentando é mais seguro que a mulher use sempre uma máscara cirúrgica para cobrir o nariz e a boca, ou retirar o seu leite com uma bombinha para que outra pessoa dê ao bebê.

 

Perigos e complicações

 

A gripe H1N1 aumenta o risco de pneumonia e insuficiência respiratória, podendo causar o parto prematuro ou a morte na gravidez, por isso as grávidas devem ter um cuidado redobrado nas medidas de prevenção do vírus e tomar a vacina após o 3º mês de gestação.

 

A vacina diminui o risco de contaminação e atenua seus sintomas, mas não impede que a infecção ocorra. Por isso, as gestantes que tenham sido vacinadas ao manifestarem sintomas de gripe como febre, tosse e dor de garganta devem comunicar seu médico obstetra para uma avaliação imediata.

Os sintomas são os mesmos da gripe comum, mas mais intensos, e incluem febre alta, dor de cabeça, dor de garganta, mal-estar e algumas mulheres relatam vômito e diarreia. Tosse e dores no corpo também costumam estar presentes.

 

Para diferenciar estes sintomas dos que ocorrem na gripe comum deve-se levar em consideração a época de surtos ou epidemias, se as pessoas próximas também estão infectadas com este vírus e também a intensidade dos sintomas, que na H1N1 são bem mais intensos e dificultam as tarefas diárias, sendo difícil trabalhar ou estudar, necessitando de repouso absoluto.

Sinais de alerta para a grávida ir ao médico

Atenção redobrada a esses sinais de alerta:

 

  • Dificuldade para respirar;
  • Sensação de falta de ar;
  • Catarro com vestígios de sangue;
  • Pontas dos dedos arroxeadas ou lábios azulados;
  • Diminuição dos movimentos fetais.

 

Se surgir dificuldade para respirar e a febre não ceder com o uso de medicamentos como Paracetamol deve-se ir ao hospital imediatamente. O médico poderá solicitar exames de sangue, raio-x do pulmão e ultrassonografia para verificar se há pneumonia ou outras complicações respiratórias, e se o bebê está bem.

 

Gripe A (H3N2)

O H3N2 é um tipo de influenza do tipo A, de origem humana, que apresenta antígenos de superfície H3 e N2. Esse é um tipo de vírus que sofre constantes mutações em sua glicoproteína da hemaglutinina, o que afeta a ação dos anticorpos humanos contra a doença. 

 

Esse vírus ganhou destaque após causar várias mortes nos Estados Unidos no início do inverno de 2018. Lá houve o predomínio da circulação do vírus influenza A (H3N2), que foi associado a um maior número de internações e mortes em decorrência da infecção. A ocorrência de óbito deu-se especialmente entre idosos, crianças e doentes crônicos.

 

No Informe Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, que compreende as semanas epidemiológicas (SE) de 1 a 13 de 2018, há o relato de 28 mortes decorrentes do vírus influenza, sendo dez delas causadas pelo influenza A (H3N2). Esses relatos acabam sendo preocupantes, levando-se em conta o que houve nos EUA.

 

A boa notícia é que em nota oficial, o Ministério da Saúde já esclareceu que não existe circulação de vírus Influenza H2N3 no Brasil. A entidade reforçou que mantém vigilância sobre as variantes de Influenza presentes no país, a partir de uma rede de unidades sentinelas, e destacou que a vacina anualmente oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) protege contra as variações mais comuns em circulação dos vírus Influenza H1N1, H3N2 e Infleunza B. 

 

Já o vírus H2N3 é outro subtipo do vírus influenza A. No entanto, sua circulação está restrita a animais. Nunca foi identificado em humanos em nenhuma região do mundo.

 

As mutações dos vírus Influenza

 

Novas cepas do vírus influenza que aparecem em pandemias tiveram algum tipo de rearranjo genético, a partir da mistura entre vírus. Isso pode ocorrer no processo de replicação do vírus quando um mamífero (uma pessoa ou um animal) está infectado por mais de um vírus de Influenza ao mesmo tempo: nesse caso, a célula infectada pode misturar o material genético dos vírus, dando origem a um novo vírus. 

 

Isso é diferente do processo evolutivo que os vírus Influenza estão constantemente sofrendo, pequenas mutações que ocorrem naturalmente no ambiente e não são capazes de gerar um vírus com potencial pandêmico.

 

Sim. A vacina oferecida no Sistema Único de Saúde (SUS) prevê cepas dos subtipos A(H1N1, A(H3N2) e B, ajustadas para serem as mais próximas possíveis dos vírus circulantes na população. Por isso, é importante a vacinação a cada nova campanha, para sempre se estar imunizado com o vírus mais próximo possível daqueles circulantes no país.

 

O subtipo H3 segue a mesma recomendação recomendada para todos os influenza sazonais humanos. Acompanhamento de suporte para casos sem complicação e sendo necessário, internação e uso de medicamento antiviral específico.

Fatores de risco mais relevantes para gripe

Veja agora alguns fatores que podem contribuir para desenvolver influenza:

 

  • Idade: A gripe tende a atingir crianças pequenas e adultos mais velhos;

 

  • Condições de vida ou de trabalho: As pessoas que vivem ou trabalham em instalações, juntamente com muitos outros residentes, como casas de repouso ou quartéis militares, têm maior probabilidade de desenvolver gripe;

 

  • Sistema imunológico enfraquecido: Tratamentos de câncer, drogas anti-rejeição, corticosteróides e HIV/AIDS podem enfraquecer seu sistema imunológico. Isso pode facilitar a gripe e também aumentar o risco de desenvolver complicações;

 

  • Doenças crônicas: Asma, diabetes ou problemas cardíacos, podem aumentar o risco de complicações da gripe;

 

  • Gravidez: As mulheres grávidas são mais propensas a desenvolver complicações da gripe, particularmente no segundo e terceiro trimestres. Até duas semanas após o parto também existe maior probabilidade de desenvolver complicações relacionadas à influenza;

 

  • Obesidade: Pessoas com um IMC de 40 ou mais têm um risco aumentado de complicações da gripe.

 

  • Permanecer em locais fechados e com um aglomerado de pessoas;

 

  • Levar as mãos à boca ou ao nariz sem lavá-las antes;

 

  • Permanecer em contato próximo com uma pessoa doente.

Sintomas

A gripe pode parecer um resfriado comum no começo, com nariz escorrendo, espirros e dor de garganta. Mas os resfriados geralmente se desenvolvem lentamente, enquanto a gripe tende a surgir subitamente. Embora um resfriado possa ser um incômodo, você geralmente se sente muito pior com a gripe.

 

Sintomas comuns:

 

  • Febre acima de 38ºC;
  • Músculos doloridos: costas, braços e pernas;
  • Calafrios e suores;
  • Dor de cabeça;
  • Tosse seca e persistente;
  • Fadiga e fraqueza;
  • Congestão nasal;
  • Dor de garganta.

 

É importante procurar um médico se os sintomas forem muito intensos nas primeiras 48 horas, se a pessoa apresentar dispnéia (falta de ar) e se os sintomas persistirem por mais de sete dias.

Formando o diagnóstico

O diagnóstico será feito por um médico, baseado nos sinais clínicos do paciente e com uma amostra da secreção da nasofaringe, que deve ser colhida preferencialmente nas primeiras 72 horas após o início dos sintomas.

 

Esses testes podem fornecer resultados em 30 minutos ou menos. Mas, os resultados variam muito e nem sempre são precisos. O médico pode diagnosticar você com influenza com base nos sintomas, apesar de ter um resultado negativo.

Tratamento de Gripe

O tratamento normalmente se direciona aos sintomas, visto que ainda não existem medicamentos que combatam diretamente os vírus. Os principais remédios sintomáticos utilizados são os analgésicos e antitérmicos, que aliviam a dor e a febre.

Tratando gripes e resfriados

Atenção: até medicamentos que podem ser comprados sem necessidade de receita médica, como aqueles receitados para gripe, podem provocar reações indesejadas. Somente o profissional de saúde poderá indicar o medicamento mais apropriado para cada caso.

Receitas caseiras para gripe

É claro que receitas e remédios caseiros para gripes e resfriados não ajudam a curar esses quadros, apenas os ameniza levemente enquanto o organismo não se recompõe.Veja algumas receitas que podem ajudar:

 

  • Suco de laranja com limão: Ajuda no reforço do sistema imunológico por ser rica em vitamina C.
  • Chá de alho: Apesar do gosto pouco convidativo, a bebida é anti-inflamatória, melhorando sintomas de congestão nasal.

 

  • Suco adoçado com mel: O mel ajuda a hidratar as mucosas das vias aéreas, melhorando a tosse seca.

 

  • Alho fervido com mel: Mistura os benefícios já citados de ambos os alimentos;

 

  • Suco de caju: Consuma intercalando com o suco de limão e laranja, vão te ajudar a ter maior aporte de vitamina C;

 

  • Canja de galinha: Não melhora os sintomas, mas é uma refeição leve e balanceada e ajuda a melhorar o equilíbrio do corpo.

Medicamentos importantes para Gripe

Confira agora os medicamentos mais comumente receitados pelos médicos para a gripe:

 

  • Acetilcisteína
  • Aspirina 500mg
  • Advil
  • Alivium
  • Apracur
  • Benegrip
  • Bisolvon
  • Bromexina
  • Buscofem
  • Clobutinol + Succinato de Doxilamina
  • Carbocisteína
  • Cimegripe 77C
  • Cimegripe Adulto
  • Cimegripe Bebê e Criança
  • Cimegripe Dia
  • Coristina D
  • Flanax 550mg
  • Fluitoss
  • Fluviral
  • Ibupril (cápsula)
  • Ibupril (gotas)
  • Ibupril 400mg
  • Ibuprofeno
  • Leucogen
  • Multigrip
  • Naldecon Dia
  • Naldecon Noite
  • Paracetamol Bebê
  • Paracetamol
  • Trimedal
  • Tylenol sinus
  • Nimesulida
  • Dipirona monoidratada.

 

Como em todos os nossos artigos postados por aqui, lembramos sempre que somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, assim como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique.

 

Nunca interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

Gripe tem cura?

Na maioria dos casos, o prognóstico é bom, mas em alguns, dependendo da gravidade, a gripe pode levar a óbito. No entanto, quando o paciente segue o tratamento indicado pelo médico, costuma tem uma completa resolução do quadro.

Possíveis complicações

Se você é jovem e saudável, a gripe não costuma ser grave. Ainda que a doença tenda a causar muito incômodo, ela geralmente desaparece em uma semana ou duas sem efeitos duradouros. Mas, infelizmente crianças e adultos de alto risco podem desenvolver complicações como:

 

  • Pneumonia;
  • Bronquite;
  • Crises de asma;
  • Problemas cardíacos;
  • Infecções de ouvido

 

Dessas, a pneumonia é a complicação mais grave. Para adultos mais velhos e pessoas com doenças crônicas, ela pode até mesmo ser fatal.

 

As principais formas de ir vivendo bem enquanto está com gripe é:

  • Repousar e ficar em casa, isso ajuda na recuperação e evita transmitir o vírus aos amigos e familiares;
  • Beber bastante água e uma boa alimentação também se mostrarão necessários para uma melhor recuperação;
  • Apesar de repousar, não passar muito tempo deitado, para que possa haver uma melhor ventilação em seus pulmões.

Como prevenir a gripe

Algumas formas de prevenir a gripe são:

 

  • Evitar manter contato muito próximo com uma pessoa que esteja infectada;
  • Lavar sempre as mãos com água e sabão e evitar levar as mãos ao rosto e, principalmente, à boca;
  • Levar na bolsa sempre um frasco com álcool-gel para garantir que as mãos sempre estejam esterilizadas;
  • Manter hábitos saudáveis. Alimentar-se bem e comer bastante verduras e frutas. Beber bastante água
  • Não compartilhar utensílios de uso pessoal, como toalhas, copos, talheres e travesseiros;
  • Se achar necessário, utilizar uma máscara para proteger-se de gotículas infectadas que possam estar no ar;
  • Evitar frequentar locais fechados ou com muitas pessoas;
  • Verificar com um médico se há a necessidade de tomar a vacina que já está disponível contra a gripe.

A importância da vacinação

A vacina da gripe é a melhor maneira de prevenir a doença e suas complicações. Todos os anos, é necessário receber uma nova dose, já que a sua composição é alterada de acordo com o tipo de vírus mais provável de se disseminar. Lembrando que a vacina da gripe previne aproximadamente 70-90% dos casos de gripe, mas não protege contra outras infecções respiratórias, como o resfriado.

 

Observaram-se que o efeito preventivo da vacina da gripe é observado cerca de duas semanas após a sua administração. Por isso, a aplicação da vacina deve ser feita antes do inverno, época em que ocorrem os maiores índices de infecção. Como comentado mais acima, pelo fato do vírus utilizado na vacina ter sido inativado em laboratório, não é possível que a vacinação provoque gripe.

Talvez haja algumas reações adversas à vacina da gripe, caso isso ocorra, elas costumam ser leves, como: dor no local da injeção, febre e mal-estar, que duram um ou dois dias. Há evidências de que quem recebe a vacina todos os anos desenvolve uma maior resistência à doença, por isso, todas as pessoas que tiveram acesso à vacina devem recebê-la anualmente. Para o resfriado, ainda não há vacina disponível.

 

Todos os anos, devido às baixas coberturas na Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe, o Ministério da Saúde costuma prorrogar a vacinação até vários dias depois do final da campanha, mas é interessante que você sempre esteja atento para não perder os prazos. 

 

Tirou todas as suas dúvidas sobre a gripe neste artigo? Tem alguma sugestão para nos fazer? Utilize nosso quadro de comentários, teremos prazer em interagir com você! 

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Linha de medicamentos Cimegripe

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Cimegripe é uma linha de medicamentos antigripais do laboratório Grupo Cimed. Cada medicamento tem sua composição e apresentação específica. Saiba mais sobre a linha completa agora mesmo neste artigo!

Para que serve Cimegripe?

Toda a linha foi desenvolvida para tratar os sintomas da gripe e resfriados: febre, coriza e dor no corpo, etc.

Conheça cada um dos componentes e princípios ativos do medicamento Cimegripe:

Cimegripe Dia

paracetamol + cloridrato de fenilefrina 

 

APRESENTAÇÕES: Comprimido revestido amarelo: 400 mg de paracetamol + 20 mg de cloridrato de fenilefrina Comprimido revestido branco: 400 mg de paracetamol Embalagens contendo: 12, 20, 24, 30, 80, 100 e 120 comprimidos revestidos. 

 

Cada comprimido revestido amarelo contém: paracetamol…………………………………………………………………………………………………….400 mg cloridrato de fenilefrina…………………………………………………………………………………… 20 mg ** Excipientes*q.s.p.:………………………………………………………………………………….. 1 comprimido *croscarmelose sódica, celulose microcristalina, povidona, corante amarelo n° 10, hipromelose, dióxido de titânio e talco. **20 mg de cloridrato de fenilefrina que equivale a 16,42 mg de fenilefrina base. Cada comprimido revestido branco contém: paracetamol…………………………………………………………………………………………………… 400 mg Excipientes*q.s.p.:………………………………………………………………………………….. 1 comprimido *croscamelose sódica, celulose microcristalina, povidona, hipromelose, dióxido de titânio e talco.

 

Cimegripe Dia tem uma associação cujo componente básico é o paracetamol, que age aliviando a dor e a febre causados pelos quadros infecciosos das vias aéreas superiores.

 

Este medicamento também possui em sua formulação o cloridrato de fenilefrina, que age como descongestionante nasal. As ações destes dois princípios ativos aliviam os sintomas associados às gripes e resfriados. Ele também possui início de ação 30 minutos após a ingestão.

 

A diferença dele para os outros medicamentos da linha Cimegripe é que como não causa sonolência, deve ser utilizado durante o dia.

 

Cimegripe

paracetamol 400 mg + maleato de clorfeniramina 4 mg + cloridrato de fenilefrina 4 mg 

 

APRESENTAÇÕES: Cápsulas de 400 mg de paracetamol + 4 mg de maleato de clorfeniramina + 4 mg de cloridrato de fenilefrina em embalagens com 20 ou 100 cápsulas. 

 

Cada cápsula contém: paracetamol…………………………………. 400 mg maleato de clorfeniramina……………… 4 mg cloridrato de fenilefrina…………………. 4 mg Excipientes*q.s.p.:………………………….1 cápsula *estearato de magnésio e lactose.

 

Cimegripe atua a nível de Sistema Nervoso Central promovendo a diminuição da febre e da sensibilidade à dor. Além disso, bloqueia a liberação de certas substâncias responsáveis pelos efeitos alérgicos, diminuindo edema, coriza e rinite, possibilitando o descongestionamento nasal. O início do efeito ocorre em 15 minutos após a administração. 

 

Cimegripe também tem as mesmas composições citadas acima do Cimegripe Dia, sua diferença é que ele contém também a clorfeniramina, um composto químico, um antagonista H1 de primeira geração, utilizado na medicina como anti-histamínico usado na prevenção dos sintomas de condições alérgicas tais como rinite e urticária.

 

Anti-histamínicos costumam induzir a sonolência, por isso, Cimegripe é indicado para ser usado apenas durante à noite, antes de dormir e não operar máquinas e nem dirigir veículos durante o seu efeito.

Cimegripe gotas

paracetamol 

 

APRESENTAÇÕES:

Cimegripe Bebê Suspensão oral 100 mg/mL (sabor frutas) em frasco com 15 mL. Acompanha seringa dosadora e adaptador. 

 

Cimegripe Criança Suspensão oral 32 mg/mL (sabor frutas) em frasco com 60 mL. Acompanha copo dosador. 

 

COMPOSIÇÃO 

Cada mL de Cimegripe Bebê contém: paracetamol…………………………….. 100 mg Excipientes*q.s.p.:…………………… 1 mL *butilparabeno, celulose microcristalina, goma xantana, benzoato de sódio, sacarina sódica, ácido cítrico, glicerol, sorbitol, xarope de frutose de milho, corante vermelho eritrosina, corante vermelho ponceuax,aroma de frutas vermelhas, aroma de cereja líquido e água purificada. 

 

Cada mL de Cimegripe Criança contém: paracetamol……………………………. 32 mg Excipientes*q.s.p.:…………………… 1 mL *ácido cítrico, aroma de cereja, aroma de frutas vermelhas, benzoato de sódio, butilparabeno, carmelose, celulose RC 591, corante vermelho eritrosina, corante vermelho ponceaux, goma xantana, glicerol, sorbitol, sucralose, xarope de frutose de milho e água purificada.  

Estes medicamentos são indicados para a redução da febre e para o alívio temporário de dores leves a moderadas, tais como: dores associadas a gripes e resfriados comuns, dor de cabeça, dor de dente e dor de garganta.  

 

Tanto Cimegripe Bebê quanto Cimegripe Criança reduzem a febre atuando no centro regulador da temperatura no Sistema Nervoso Central (SNC) e também diminui a sensibilidade para a dor. O efeito deste medicamento se inicia dentro de 15 a 30 minutos após a administração.

Cimegripe chá

paracetamol 

 

APRESENTAÇÕES: Pó para preparação extemporânea sabor mel e limão contendo 100 mg/g: caixas com 50 envelopes de 5 g. 

 

COMPOSIÇÃO 

Cada 1 grama do pó contém: paracetamol…………………………….. 100 mg Excipientes*q.s.p.:…………………… 1 g *ácido ascórbico, ácido cítrico, aroma de limão, aroma de mel, aspartamo, corante amarelo ananás, dióxido de silício, sacarina sódica e sacarose.  

Cimegripe 77 C é destinado ao alívio da dor de cabeça, febre e dores no corpo, associados à gripe. O paracetamol, princípio ativo deste medicamento, eleva o limiar da dor e regula a temperatura através de sua ação no sistema nervoso. Seu efeito tem início 15 a 30 minutos após a administração oral e permanece por um período de 4 a 6 horas. 

Benefícios de se usar antigripais

 

Você sabia que os antigripais são os medicamentos mais procurados pela população nas farmácias, principalmente em dias frios? Na maioria das vezes, são receitados para aliviar os sintomas de resfriado e gripe, como coriza, febre, dor no corpo, congestão nasal e dor de cabeça. Para proporcionar esse bem-estar, usam três princípios ativos: paracetamol, cloridrato de fenilefrina e maleato de clorfeniramina. Vamos ver como cada um deles funciona quando entra em contato com nosso organismo?

Paracetamol

Os antigripais usam em sua fórmula o Paracetamol em maior quantidade. Isso porque esse fármaco tem propriedades analgésicas e antipiréticas que tratam a dor leve a moderada e a febre, sintomas comuns da gripe. Ele age diretamente no Sistema Nervoso Central, onde regula a temperatura do corpo.

 

Além disso, possui poucas restrições: é seguro durante a gravidez e o período de amamentação, e pode ser administrado por pessoas com doenças hepáticas em doses baixas. O ideal, no entanto, é sempre consultar o médico antes de tomá-lo, assim a posologia correta será indicada e você não sofre nenhum risco com a automedicação.

Cloridrato de Fenilefrina

Apesar de ser uma substância bastante utilizada para manter os níveis de pressão sanguínea adequados durante a anestesia para o tratamento de choque, o fármaco também está presente, em pouca quantidade, em alguns antigripais. Ele age como um poderoso descongestionante nasal, evitando corizas e secreções, sempre presentes em gripes e resfriados.

Maleato de Clorfeniramina

Combinado com o Paracetamol e o Cloridrato de Fenilefrina, esse fármaco alivia os principais sintomas da gripe, como espirro e tosse. Por fazer parte do grupo dos anti-histamínicos, apresenta um efeito adverso de sonolência, mas sua eficácia comprovada compensa o efeito colateral.

Quando Cimegripe não é indicado?

Cimegripe é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula, pressão alta, doença cardíaca, diabetes, glaucoma, hipertrofia da próstata, doença renal crônica, insuficiência hepática grave, disfunção tireoidiana, gravidez e lactação sem controle médico. 

 

Este medicamento (exceto o em gotas) também é contraindicado para menores de 18 anos. Cimegripe não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. 

Precauções e advertências de uso

O medicamento não deve ser administrado concomitantemente com inibidores da MAO (monoaminooxidase), como a fenelzina, com barbitúricos, como o fenobarbital ou com álcool. 

 

Alterações em exames laboratoriais: Os testes de função pancreática utilizando a bentiromida ficam invalidados, a menos que o uso do medicamento seja descontinuado 3 (três) dias antes da realização do exame. Na determinação do ácido 5-hidroxiindolacético utilizando o reagente nitrosonaftol, falsos valores aumentados podem ser produzidos. Não use outro produto que contenha paracetamol. 

 

Não use outro produto que contenha paracetamol. 

 

As cápsulas de Cimegripe contêm o corante amarelo de TARTRAZINA, que pode causar reações de natureza alérgica, entre as quais asma brônquica, especialmente em pessoas alérgicas ao ácido acetilsalicílico. 

Durante o tratamento com Cimegripe, não dirija veículos ou opere máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas. 

 

Pacientes idosos: é recomendado o uso sob orientação médica.

Posologia, dosagem e modo de uso de Cimegripe

Cimegripe e Cimegripe Dia

USO ORAL 

 

Adultos (de 18 a 60 anos): 1 cápsula a cada 4 horas. 

Ingerir com quantidade suficiente de água para que sejam deglutidas. 

 

Limite máximo diário: Não tomar mais de 5 cápsulas ao dia. 

 

Duração do tratamento: conforme orientação médica.

 

Siga corretamente o modo de usar. Em caso de dúvidas sobre este medicamento, procure orientação do farmacêutico. Não desaparecendo os sintomas, procure orientação de seu médico ou cirurgião-dentista.

 

Cimegripe gotas

Uso oral. 

 

O paracetamol pode ser administrado independentemente das refeições.

Cimegripe Bebê: Encaixe a seringa dosadora no adaptador do frasco. Encha a seringa dosadora até o nível correspondente ao peso (kg) do bebê. Coloque vagarosamente o líquido dentro da boca do bebê, entre a gengiva e o lado interno da bochecha.

 

Cimegripe Criança: Para utilizar o copo dosador, encha-o até o nível correspondente em mL. A dose diária total de paracetamol não deve exceder tanto a dose de 75 mg/kg quanto 4000 mg no período de 24 horas.

 

Crianças abaixo de 12 anos: a dose recomendada de paracetamol varia de 10 a 15 mg/kg/dose, com intervalos de 4-6 horas entre cada administração. Não exceda 5 administrações (aproximadamente 50-75 mg/kg), em um período de 24

horas. Para crianças abaixo de 11 kg ou 2 anos, consulte o médico antes do uso.

 

Cimegripe Bebê: para uma posologia correta, administre a dose do medicamento de acordo com o peso da criança e o volume (mL) correspondente indicado na seringa dosadora.

 

Cimegripe Criança: para uma posologia correta, administre a dose do medicamento de acordo com o peso da criança e o volume (mL) correspondente indicado no copo dosador.

 

Duração do tratamento: depende do desaparecimento dos sintomas. 

Cimegripe chá

Dissolver todo o conteúdo de um envelope em água quente ou chá quente. Não é necessário adicionar açúcar. Tomar enquanto estiver quente. Cada envelope constitui uma dose. 

 

Posologia 

De 18 anos ou mais: um envelope a cada 4 horas, conforme os sintomas persistirem. Não exceder 6 envelopes por dia. 

 

De 12 a 18 anos: um envelope a cada 6 horas, conforme os sintomas persistirem. Não exceder 4 envelopes por dia. 

 

Não administrar a crianças abaixo de 12 anos de idade, a não ser sob orientação médica.

 

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

 

Interrompa o uso ou procure orientação médica se os sintomas persistirem ou piorarem.

 

Siga corretamente o modo de usar. Em caso de dúvidas sobre este medicamento, procure orientação do farmacêutico. Não desaparecendo os sintomas, procure orientação de seu médico ou cirurgião-dentista.

Interações medicamentosas de Cimegripe

O medicamento não deve ser administrado concomitantemente com inibidores da MAO (monoaminooxidase), como a fenelzina, com barbitúricos, como o fenobarbital ou com álcool.

Uso de Cimegripe na gravidez e amamentação

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

 

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Cimegripe possui efeitos colaterais?

Durante o tratamento, pode ser que surjam as seguintes reações adversas:

 

Reação muito comum (ocorre em 10% ou mais dos pacientes que utilizam este medicamento): sonolência, náuseas.

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): dor ocular, tontura, palpitações, boca seca, desconforto gástrico, diarreia, tremor, sede.

 

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): agitação, ardência ocular, flatulência, sudorese, turvação visual.

 

Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): irritação no estômago, insônia, cansaço.

 

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

O que acontece se eu ingerir uma dose maior do que a prescrita de Cimegripe?

Procure uma unidade de pronto atendimento. O médico que lhe atender, provavelmente vai promover esvaziamento gástrico através da indução de êmese ou lavagem gástrica.

 

A N-acetilcisteína, administrada por via oral, é um antídoto específico para toxicidade induzida pelo paracetamol, devendo ser instituída nas primeiras 24 horas.

 

Medidas de manutenção do estado geral devem ser observadas, como hidratação, balanço hidroeletrolítico e correção de hipoglicemia.

 

A síndrome de abuso do Cimegripe é caso raro de intoxicação por uso excessivo e prolongado do medicamento associado a sintomas de esquizofrenia, como, por exemplo, alucinações. 

 

O uso deste medicamento deve acontecer de forma racional, na posologia indicada na bula e por um curto período de tempo. Por isso, ao persistirem os sintomas, procure um médico.

 

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Onde comprar?

Você encontra Cimegripe, que está devidamente registrado na ANVISA, na classe terapêutica de analgésicos não narcóticos, disponível nas farmácias da sua região com um simples clique no nosso buscador de medicamentos Cliquefarma, ali nós lhe fornecemos um comparativo de preços e de condições de entrega do medicamento direto na sua casa! Confira já e depois comente conosco o que achou do artigo, se tem alguma dúvida ou sugestão para nos fazer!

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Medicamento anti-inflamatório – Qual sua indicação?

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O que é um medicamento anti-inflamatório? Os anti-inflamatórios, ou antiflogísticos, são remédios que tratam inflamações dos tecidos e seus sintomas decorrentes (dor e febre). No geral, eles podem ser divididos entre não esteroidais (AINEs) e esteroidais (corticoides).

Alguns destes medicamentos podem ser vendidos livremente nas farmácias, mas muitos exigem prescrição médica. Por isso, fique atento e nunca se automedique!

 

O controle no caso dos corticoides, é ainda mais rigoroso. Todos eles possuem tarja vermelha e por isso exigem prescrição para a venda.

 

Isso se dá porque o uso sem nenhuma cautela de anti-inflamatórios pode trazer sérios riscos à saúde, como problemas gastrointestinais, cardíacos, renais e até mesmo hepáticos. Por isso, é muito importante que se tome cuidado na hora de fazer uso desses fármacos e que sempre o faça com indicação médica.

 

Anti-inflamatórios – Para que servem?

Para conseguirmos entender o que são os anti-inflamatórios, precisamos dar uma passo para trás e entender o que é uma inflamação. De acordo com a endocrinologista e metabologista Andressa Heimbecher, a inflamação é muito mais do que um corte ou região dolorida. Na verdade, a inflamação é um processo de defesa do organismo que também pode ocorrer de forma difundida e crônica.

 

Os medicamentos anti-inflamatórios são capazes de impedir ou amenizar uma reação de inflamação. A reação de inflamação geralmente acontece como uma resposta do nosso sistema imunológico a alguma infecção ou lesão nos tecidos do organismo. Os principais sintomas de uma inflamação são calor, rubor e dor.

 

Além disso, Levi Jales, reumatologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo aponta que o mecanismo de ação dos anti-inflamatórios é a inibição das prostaglandinas, reduzindo a vasodilatação e o edema (inchaço) da região inflamada.

Tipos de anti-inflamatórios

Os anti-inflamatórios são divididos em três classes: não hormonais (AINEs), hormonais (corticoides) e fármacos anti-reumatoide.

Anti-inflamatórios AINEs

 

Os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) encontram-se entre os medicamentos mais prescritos em todo o mundo. Essa classe heterogênea de fármacos inclui a aspirina e vários outros agentes inibidores da ciclooxigenase (COX), seletivos ou não. 

 

Os AINEs não seletivos são os mais antigos, e denominados como tradicionais ou convencionais. Os AINEs seletivos para a COX-2 são chamados COXIBEs. Nos últimos anos, tem sido questionada a segurança do uso dos AINEs na prática clínica, particularmente dos inibidores seletivos da COX-2. As evidências sobre o aumento do risco cardiovascular com o uso de AINEs são ainda incompletos, pela ausência de ensaios randomizados e controlados com poder para avaliar desfechos cardiovasculares relevantes. 

 

Apesar de normalmente serem administrados por via oral, seu uso local tem atraído a atenção de profissionais da área médica e de pesquisadores interessados em comprovar a disponibilidade aumentada desses medicamentos em locais próximos à área lesionada. A terapia local, principalmente a via intradérmica, pode ser usada como uma alternativa altamente promissora para a administração de AINES.

 

Os AINEs pertencem a duas grandes classes:

 

  • Inibidores não seletivos da COX;
  • Inibidores seletivos da COX-2.

 

Os AINEs com ação predominante sobre a COX-1 são: ácido acetilsalicílico (aspirina e AAS), indometacina, ibuprofeno, fenoprofeno, cetoprofeno e piroxicam. Esses medicamentos são comercializados há muitos anos e são os mais utilizados em adultos e crianças.

 

Os coxibes (celecoxibe), valdecoxibe, rofecoxibe e etoricoxibe são inibidores potentes da COX-2. Até 2005, nenhum desses fármacos havia sido aprovado para uso em crianças, e os dados sobre sua toxicidade provêm de estudos realizados em adultos e experimentalmente.

Classificação dos AINEs

  1. Ácidos e ésteres salicílicos – AAS, diflunisal, benorilato.
  2. Ácidos acéticos – fenilacéticos: diclofenaco, alclofenaco, fenclofenaco.
  3. Ácidos carbo e heterocíclicos – etodolaco, indometacina, sulindac, tolmetin.
  4. Ácidos propiônicos – carprofen, flurbiprofen, cetoprofeno, oxaprozin, suprofeno, ibuprofeno, naproxeno, fenoprofeno.
  5. Ácidos fenâmicos – flufenâmico, mefenâmico, meclofenâmico.
  6. Oxicams – piroxicam, sudoxicam, isoxicam, tenoxicam, meloxicam.
  7. Compostos não acídicos – nabumetona.
  8. Coxibes – celecoxibe, rofecoxibe, etoricoxibe, valdecoxibe, parecoxibe.

 

Ressaltando que todos os AINEs possuem eficácia anti-inflamatória similar. O AAS é protótipo do grupo, por ser o mais antigo, menos oneroso e mais bem estudado, é utilizado como referência nos estudos dos demais compostos do grupo.

 

Por conta da eficácia similar, o médico irá basear a escolha do AINE a ser indicado em critérios como:

 

  • Toxicidade relativa;
  • Conveniência para o paciente;
  • Custo;
  • Experiência de emprego.

 

Embora os efeitos adversos sejam qualitativamente iguais, há diferenças quantitativas de intensidade e prevalência dos mesmos. Por exemplo, derivados da pirazolona (fenilbutazona) são demasiadamente tóxicos para serem usados como analgésicos ou em processos inflamatórios menores. Por outro lado, o Nimesulida parece ser particularmente útil em pacientes que têm intolerância ao AAS e a outros AINEs. 

 

A conveniência se refere ao número de administrações diárias que variam de 1 a 4, dependendo da meia-vida das substâncias, o que influencia a adesão do paciente ao tratamento. Nessa perspectiva, salienta-se o Piroxicam administrado a cada 24 horas.

 

O custo diário com doses médias é bastante variável, devendo ser analisado antes da prescrição. Aqui no Brasil, a diferença de preço entre os AINEs pode ser de 10 vezes, com o AAS, Piroxicam e Ibuprofeno entre os de menor custo.

Anti-inflamatórios esteroidais ou hormonais

Os corticosteroides são substâncias endógenas que estão quimicamente classificadas como esteroides, e são originalmente identificados no córtex da glândula adrenal. A glândula adrenal, na verdade consiste em duas pequenas glândulas dispostas acima dos rins. A porção externa da glândula adrenal, o córtex adrenal, é essencial para a vida. Sua origem embriológica é completamente diferente daquela da medula adrenal.

 

O córtex adrenal produz vários hormônios potentes, todos derivados esteroides possuindo o núcleo ciclopentanoperidrofenantreno característico. Estes hormônios esteroides são agrupados em 3 classes gerais, cada uma com funções características:

 

Os glicocorticoides, que atuam primariamente no metabolismo das proteínas, carboidratos e lipídeos.

 

Os mineralocorticoides, que atuam primariamente no transporte de eletrólitos e na distribuição de água nos tecidos.

 

Os androgênios ou estrogênios, que atuam primariamente sobre as características sexuais secundárias em seus órgãos alvos específicos.

 

Sabemos que no ser humano, o principal glicocorticoide é o cortisol (ou hidrocortisona), enquanto o mineralocorticoide mais importante é a aldosterona.

 

O cortisol é o glicocorticoide humano mais importante. Ele é essencial para a vida e regula ou sustenta uma grande variedade de funções cardiovasculares, metabólicas, imunológicas e homeostáticas. A sua síntese e liberação ocorrem naturalmente pelo organismo, de acordo com sua necessidade, sob influência do ACTH (hormônio adrenocorticotrófico).

 

A concentração de corticosteroides endógenos (cortisol, cortisona e corticosterona) na corrente circulatória apresenta-se elevada, pela manhã, e baixa, à noite, sendo que fatores psicológicos e certos estímulos, como excesso de calor ou frio, lesões ou infecções, podem afetar a liberação destes.

 

Os receptores de glicocorticoides são encontrados nas células de quase todos tecidos de vertebrados.

 

O córtex adrenal é de origem mesodérmica e subdividido em três zonas concêntricas conforme a disposição e aspecto de suas células. Os hormônios do córtex adrenal são sintetizados a partir do mesmo precursor, o colesterol. São compostos esteroides que têm ação sobre o metabolismo de proteínas, glicídios, lipídios e minerais.

 

Os glicocorticoides são drogas amplamente usadas em função de seus efeitos imunossupressores e anti-inflamatórios no tratamento de muitas doenças reumáticas, além de outras doenças inflamatórias. No entanto, seu uso é muitas vezes limitado por numerosas reações adversas que provoca. 

Qual o mecanismo de ação dos anti-inflamatórios no organismo?

Os anti-inflamatórios possuem também efeito anti-térmico e analgésico, contribuindo para uma melhora das dores em geral. As principais indicações são:

 

  • Dor de cabeça
  • Dor nas costas
  • Cólicas
  • Dor de dente
  • Febre
  • Artrite
  • Dor pós-operatória e pós-traumática
  • Gripe e resfriado.

 

Tanto os fármacos esteroidais quanto os não hormonais possuem apenas um ponto em comum: a inibição da síntese de um grupo de mediadores químicos inflamatórios denominados de eicosanóides. Os efeitos colaterais em comum, também, são apenas os resultantes desta via de biossíntese. No mais, são drogas totalmente distintas.

 

Como já citamos acima,  Os AINEs, basicamente, atuam sobre as enzimas prostaglandinas sintetases, mais conhecidas como ciclooxigenase-1 (COX-1), com ampla distribuição tecidual, e sobre a ciclooxigenase-2 (COX-2) cujo gene, apesar de possuir distribuição tecidual semelhante, na maioria dos casos, somente é expresso em condições patológicas. 

 

Os anti-inflamatórios esteroidais (AIEs) são drogas que mimetizam os efeitos do hormônio cortisol. Além de possuir efeitos metabólicos próprios, ele também, age amplificando o efeito de outros hormônios no organismo humano. Se em um extremo, a sobrevida humana, após adrenalectomia (remoção da glândula supra-renal produtora de cortisol), é breve, no outro, taxas elevadas de cortisol (endógeno ou exógeno), por períodos prolongados, levam ao desenvolvimento da Síndrome de Cushing. De tão severas que são as alterações metabólicas neste distúrbio, nele ocorre inclusive modificações do biótipo de seus portadores. 

Diferenças entre anti-inflamatório, antibiótico e analgésico

Anti-inflamatórios

Como estamos observando neste artigo, os anti-inflamatórios, são drogas utilizadas para reduzir o inchaço e a dor, que aparecem geralmente quando temos um órgão inflamado. Na inflamação da garganta, por exemplo, o inchaço não é visto mas pode ser percebido pela alteração da voz, que fica mais grave ou até some! Porém, a dor é o que mais incomoda.

 

Para esses casos, normalmente utilizamos os anti-inflamatórios do tipo da aspirina. A aspirina e seus parentes (diclofenaco, ibuprofeno, naproxeno, etc.), geralmente são chamados de analgésicos e anti-inflamatórios, mas não são analgésicos verdadeiros, pois elas só diminuem a dor de uma região que estava inflamada.

Também podem tirar alguns tipos de dor de cabeça ou dor de dente, por que muitas vezes são causadas por inflamação também. Lembrando sempre que os anti-inflamatórios não combatem infecções!

Antibióticos

Os medicamentos antibióticos não são anti-inflamatórios, nem analgésicos, pelo menos não diretamente. Tratam-se de drogas com o objetivo específico de impedir o crescimento de bactérias em nosso organismo. É claro que existem muitos tipos diferentes, pois existem muitas espécies de bactérias diferentes.

 

Geralmente quando temos uma inflamação de garganta, ela é devido à infecção por bactérias. Por isso, além de tomarmos anti-inflamatórios, precisamos às vezes tomar antibióticos para conter a infecção.

 

Não se esqueça que os antibióticos não podem ser tomados sem um diagnóstico médico, pois se tomarmos o antibiótico errado, a bactéria pode criar resistência, a infecção pode ficar muito pior e, ainda, dificultar a ação do antibiótico certo.

 

Analgésicos

A palavra analgésico, que dizer “sem dor”. Os analgésicos são medicamentos com a função única de tirar a dor. Existem os analgésicos fortes como a morfina, oxicodona e o tramadol, por exemplo. São usados principalmente em ambiente hospitalar, para controlar a dor depois de uma cirurgia, ou a dor do câncer, ou também em emergências de queimados ou acidentados.

Eles tiram até mesmo a dor natural. Isto é, se dermos um beliscão em alguém que tomou morfina, ele sentirá menos dor do que se estivesse sem o medicamento. Existem também os analgésicos mais fracos como a codeína, a dipirona e o paracetamol.

 

Esses só funcionam para dores moderadas ou leves, como dores de cabeça, pedra no rim, luxações e contusões. Contudo, nenhuma dessas drogas é anti-inflamatória.

Prescrição do anti-inflamatório de acordo com o local inflamado

Anti-inflamatório para dores de dente

Na Odontologia, os anti-inflamatórios não esteroides são indicados na resolução e tratamento da dor de caráter agudo. Auxilia também no tratamento da dor orofacial de natureza crônica, servindo como coadjuvantes no tratamento da doença periodontal, no tratamento da dor de origem endodôntica e na minimização da dor e do edema decorrente de procedimentos cirúrgicos oro-dentário.

 

Alguns anti-inflamatórios que podem ser prescritos:

 

Anti-inflamatório para dor de garganta

A dor de garganta é um sintoma extremamente comum. Sua origem é, habitualmente, uma inflamação da faringe (faringite) ou uma inflamação das amígdalas (amigdalite).

 

Em mais da metade dos casos, a dor de garganta tem origem viral ou alérgica, não havendo, portanto, um tratamento específico para melhorar a inflamação. Os antibióticos só estão indicados nos casos de faringite ou amigdalite de origem bacteriana.

 

Se o paciente tem dor e dificuldade para engolir, e expressa desejo de tratar esses sintomas, há uma gama de opções de anti-inflamatórios para se prescrever:

 

  • Ibuprofeno, 
  • Diclofenaco, 
  • Nimesulida, 
  • Piroxicam, 
  • Celecoxibe e outros.

 

Dentre todos os anti-inflamatórios, o mais estudado para a dor de garganta é o Ibuprofeno.

Anti-inflamatório para dores nos músculos, joelho e coluna

Os remédios indicados para a dor nas costas, musculares e articulares, como o joelho, só devem ser usados se forem prescritos pelo médico, já que é importante saber primeiro a causa que está na sua origem, e se a dor é leve, moderada ou intensa, de forma a que o tratamento seja o mais eficaz possível.

 

As dores nas articulações podem afetar diversas áreas do corpo, incluindo os joelhos, quadris e ombros, assim como os dedos e os punhos. O médico pode prescrever os seguintes anti-inflamatórios:

 

 

Além das apresentações comuns em comprimidos e gotas, pode ser prescrito também o uso deles nas versões spray ou pomadas de aplicação tópica nos locais de inflamações.

 

Anti-inflamatório para hemorroidas

O tratamento para hemorroidas pode ser feito com remédios analgésicos e anti-inflamatórios prescritos pelo proctologista para aliviar a dor e o desconforto. Alguns deles:

 

  • Ibuprofeno
  • Proctyl
  • Proctosan
  • Ultraproct

 

Alguns desses na apresentação de pomada para uso tópico, com função analgésica, anti-inflamatória e anestésica para o alívio da dor e dos sintomas.

Anti-inflamatório para pele

Em acometimentos para a pele, normalmente os anti-inflamatórios de uso tópico serão os mais indicados e com princípios ativos como o valerato de betametasona, que trata lesões inflamatórias da pele, tais como: eczemas, psoríase, exceto para psoríase disseminada (quando as lesões estão muito espalhadas pelo corpo), líquen simples, líquen plano, dermatite seborreica, lúpus eritematoso discoide, dermatite de contato, picada de insetos, entre outras. E a hidrocortisona, que também trata essas doenças, lembrando que ambos são corticoides.

Anti-inflamatório em colírio

Os colírios anti-inflamatórios são especialmente indicados nos casos onde existe a recuperação de uma cirurgia aos olhos ou no tratamento de doenças como conjuntivite viral, crônica ou ceratite, uma inflamação que surge na córnea.

Alguns exemplos de colírios com ação anti-inflamatória, indicados para prevenção e tratamento da dor e da inflamação nos olhos são:

 

O próprio Ministério da Saúde publicou um artigo sobre os perigos de se consumir anti-inflamatórios excessivamente. Afinal, os AINEs diminuem a produção de prostaglandinas, isso interfere na ocorrência de gastrites, úlceras, problemas nos rins, fígado e coração, aumento da pressão arterial e oferece dificuldade no nascimento de uma criança. Sem contar outros efeitos devastadores que podem ocorrer a longo prazo. Por isso, todo cuidado é pouco quando se trata do uso de anti-inflamatórios!

Anti-inflamatórios que encontramos na natureza

Já está bem claro para as pessoas o quanto a alimentação pode influenciar benéfica ou negativamente na saúde. Há alimentos que atuam como anti-inflamatórios e contribuem para reduzir a produção de substâncias que estimulam a inflamação e deixam o organismo mais resistente a doenças. Levando isso em consideração, separamos uma lista de alimentos que servem como anti-inflamatórios naturais para o organismo. Acompanhe só:

Frutas vermelhas

Morango, amora, mirtilo e framboesa são bastante saborosos. Por serem frutos com alto nível de antioxidantes, elas também possuem alto poder anti-inflamatório. E ainda são fontes de vitamina C, um importante nutriente para prevenir gripes e resfriados, e de antocianinas, poderosos agentes anti-inflamatórios.

Aipo

Alguns o conhecem como salsão, trata-se de um vegetal que possui mais de vinte compostos anti-inflamatórios. Entre os principais está o flavanoide apigenina, que tem ação anti-inflamatória e grande capacidade antioxidante (protege as células e inibe a produção de radicais livres). Ainda é fonte de vitamina C, cálcio, fósforo, ferro, cobre, sódio e de óleos essenciais.

Óleo de peixe

O óleo é uma das principais fontes de ômega-3, ácido graxo que ajuda a reduzir a inflamação. Por esse motivo, é um produto que deve ser consumido por quem sofre com doenças inflamatórias como artrite, artrite reumatoide e dores nas articulações em geral.

Folhas verdes

Couve e espinafre são vegetais com folhas de cor verde-escuro que merecem entrar na dieta por conter alcalinizantes que ajudam a equilibrar o pH do corpo. Ao diminuir a acidez do organismo, o risco de inflamação cai. Por isso, pode apostar no suco verde, que além de refrescante, vai servir para fortalecer o sistema imunológico.

Linhaça

O consumo regular da linhaça ajuda na proteção contra bactérias e vírus, graças ao ômega 3, às ligninas vegetais e aos fitosteróis e bioflavonoides. Seus efeitos anti-inflamatórios ainda são importantes para aliviar os sintomas de bronquite e cistite e auxiliar em casos de inflamação dos rins e da bexiga e nas doenças respiratórias, como a asma.

Chia

Entre os diversos nutrientes que possui, a chia é rica em ômega 3, antioxidantes e vitaminas. Por isso, possui ação anti-inflamatória e é importante para a manutenção da saúde cardiovascular.

 

Gengibre

É um importante remédio natural com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Portanto, um super aliado para aliviar dores causadas pela artrite e para diminuir sintomas de infecções respiratórias, tosse, asma e bronquite.

Cúrcuma

Muito usada na medicina chinesa e indiana, a cúrcuma ajuda a neutralizar a inflamação e atua contra problemas como artrite, tendinite e machucados.

Nozes e amêndoas

Outras fontes naturais de ômega-3, o que faz dessas oleaginosas boas combatentes de dores nas articulações e de inflamações.

Abóbora

A abóbora é fonte de beta-caroteno, substância que ajuda no combate de inflamações da pele e dos pulmões. O alimento ainda possui antioxidantes que combatem os radicais livres.

Azeite extravirgem

É um óleo rico em polifenóis, fonte de gordura boa e substâncias antioxidantes e anti-inflamatórias. Além disso, possui ácido alfa-linolênico (ALA), uma substância que ajuda no combate a inflamações. Vale lembrar que é importante não aquecer o azeite, pois altas temperaturas fazem com que ele perca suas propriedades nutricionais.

Chocolate amargo

Normalmente, os indicados são os que contenham pelo menos 70% de cacau na composição, ou ainda mais. É a opção mais saudável, por conter diversos nutrientes, como flavonoides, componentes que destroem os radicais livres e ajudam a reduzir inflamações crônicas.

Abacate

O abacate possui nutrientes que auxiliam na desintoxicação do fígado. O fruto é rico em beta-sitosterol, uma substância que age como um anti-inflamatório natural. Ainda possui ação antioxidante.

Repolho roxo

Esse tipo de repolho é fonte de antocianinas, um potente agente anti-inflamatório. Além disso, contém outros nutrientes com as mesmas propriedades, como glutamina e polifenóis.

Shitake

O cogumelo possui polissacarídeos que ajudam a aumentar a resposta imunológica, importante para combater infecções. O alimento também possui ação antimicrobiana.

Alho

Um dos anti-inflamatórios naturais mais poderosos, ele reduz o processo inflamatório e é um aliado no combate a doenças como gripes, resfriados, gastroenterites, aftas, bronquites e herpes. Também atua como fortalecedor do sistema imunológico.

E existem chás anti-inflamatórios?

Os chás também podem ser boas opções de anti-inflamatórios naturais na guerra contra inflamações no organismo. Confira abaixo alguns dos melhores:

 

1. Chá Preto

O chá preto é uma bebida muito consumida mundialmente. Ele vem da planta chamada Camellia Sinensis e suas folhas passam por um processo de fermentação antes da secagem, o que torna o seu sabor diferente do chá verde, por exemplo.

 

Mesmo ele contendo mais cafeína do que outros chás, o chá preto traz em sua composição altos níveis de antioxidantes e compostos que podem ajudar a reduzir a inflamação no corpo. Um dos principais antioxidantes presentes são os polifenóis, que são moléculas à base de plantas que protegem as células contra danos. Ele também é rico em polifenóis como flavonoides e catequinas, que ajudam a inibir a atividade de enzimas que causam o estresse oxidativo, e também são considerados compostos anti-inflamatórios capazes de inibir a geração de radicais livres.

 

Receita

O chá preto é muito simples de fazer. Você precisará de 2 ou 3 gramas de folhas de chá para cada 180ml de água filtrada. Para preparar, ferva a água, acrescente as folhas e deixe a mistura descansar por 5 minutos, no máximo. Se preferir um chá mais forte, use mais folhas e deixe em contato com a água mais tempo. Feito isso, está pronto para beber.

 

2. Chá verde

Ao longo dos últimos anos, o chá verde foi incansavelmente estudado, e seus resultados mostraram que ele contém muitas propriedades terapêuticas anti-inflamatórias. Justamente por isso, ele é muito conhecido e usado para combater a inflamação.

 

Assim como o preto, o chá verde é proveniente da Camellia Sinensis, mas ele não é fermentado, e sim seco e depois vaporizado. Seus níveis de flavonóides são muito parecidos ao do chá preto, mas o chá verde contém mais catequinas, um tipo de antioxidante que é reconhecido por seu efeito anti-inflamatório no corpo. 

 

Além disso, os seus polifenóis estimulam o sistema imunológico e podem diminuir os riscos de desenvolver certas doenças causadoras de inflamação. O chá verde é considerado um dos melhores chás anti-inflamatórios, e sua ingestão frequente pode ajudar a prevenir doença de Crohn, colite ulcerativa, doença inflamatória intestinal e certos tipos de câncer.

 

Receita

Leve ao fogo 180ml de água filtrada, e quando a água estiver em ponto de fervura, desligue e acrescente 2 ou 3 gramas de folhas do chá. Deixe em imersão por aproximadamente 5 minutos, coe e beba quente ou frio.

 

3. Chá branco

Assim como o chá preto e verde, o chá branco também vem da Camellia Sinensis. No entanto, este chá anti-inflamatório tem um sabor mais delicado porque os seus brotos são colhidos ainda jovens e na sequência são secos para evitar qualquer oxidação da folha, preservando assim muitos dos compostos polifenólicos ativos. 

 

O chá branco é rico em flavonoides protetores e anti-inflamatórios, como kaempferol, quercetina e catequinas. Essa combinação é capaz de proteger certos tipos de células contra danos causados pelos radicais livres, o que diminui consequentemente o processo de inflamação corporal.

 

Receita

Para preparar, você deve adicionar água quente sobre as folhas de chá branco e deixar a mistura em infusão pelo período de 5 a 8 minutos. Porém, evite usar água fervente para preparar, pois isso “quebra” o sabor delicado do chá branco. Se preferir um chá mais forte, adicione mais folhas secas e beba quente ou frio.

 

4. Chá de gengibre

O chá de gengibre é muito popular e frequentemente usado para aliviar os sintomas de desconforto gastrointestinal, porque ele ajuda a relaxar e acalmar esse órgão. No entanto, ele tem efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios capazes de reduzir a inflamação crônica.

 

O gengibre apresenta potentes efeitos anti-inflamatórios analgésicos eficazes para diminuir a inflamação, o inchaço e a dor associada à osteoartrite e ao reumatismo. Uma pesquisa publicada pela U.S. National Library of Medicine indica que o gengibre tem atividades anticancerígenas, e que esse é o resultado de sua capacidade de reduzir a vida ou a morte de uma célula.

 

Receita

Para preparar, você precisará de 6 fatias finas de gengibre cru e 1 1/2 xícara de água fervente. Junte os dois ingredientes em uma chaleira e ferva por 10 minutos. Retire os pedaços de gengibre e acrescente um pouco de limão e mel.

 

5. Chá de camomila

Ele é muito conhecido e tradicionalmente usado para diversos tratamentos pela medicina popular. Mas uma das aplicações das flores secas da planta Chamomilla Recutita é para diminuir a inflamação. A camomila é útil para esse fim porque ela contém terpenoides e flavonoides, e através de um estudo foi possível perceber que os flavonoides e óleos essenciais encontrados no chá de camomila podem penetrar em camadas profundas da pele, diminuindo a inflamação e promovendo a saúde.

 

Receita

Este chá anti-inflamatório pode ser feito com “saquinhos” que são facilmente encontrados em qualquer supermercado, ou com as flores, compradas em lojas de produtos naturais ou zonas cerealistas. Basta misturar a uma xícara de água fervente, deixar abafado por alguns minutos e beber na sequência. Muitas pessoas também usam o chá para realizar compressas, que são aplicadas diretamente nos locais que apresentam sintomas de inflamação.

 

Além de consumir aqueles alimentos que citamos anteriormente regularmente, você pode apostar no uso de qualquer um desses chás para reduzir a inflamação. Se seu objetivo é melhorar a sua saúde, saiba que os chás serão apenas uma etapa do processo, e se forem combinados com uma dieta focada, você poderá potencializar o seus resultados.

Alimentos que podem aumentar a inflamação no organismo

Os alimentos que causam inflamação do corpo e que devem ser evitados ou consumidos com moderação, são:

 

  • Produtos industrializados, ultraprocessados: devido às substâncias químicas, corantes, conservantes, aromatizantes e flavorizantes contidos em sua fabricação;
  • Alimentos ricos em ômega-6: como os óleos vegetais de soja, de algodão, de milho, canola e de girassol;
  • Cereais refinados: pães, massas, arroz branco, biscoitos em geral, trigo, maisena, fubá;
  • Carnes: suínas e bovinas com muita gordura;
  • Embutidos: salsicha, linguiça, bacon, salame, mortadela e conservas com sal;
  • Leites e derivados integrais: queijos amarelos, requeijão, creme de leite e manteiga em excesso;
  • Refrigerantes, bebidas alcoólicas, açúcares, doces e frituras.

 

Nesse ponto, já chegamos à conclusão que a melhor forma de reduzir a inflamação do corpo é diminuir a ingestão dos alimentos pró-inflamatórios e aumentar a ingestão dos alimentos anti-inflamatórios. Além disso, o consumo equilibrado de alimentos com ômega 6 (pró-inflamatório) e ômega 3 (anti-inflamatório) auxilia no controle da inflamação.

Reações adversas do anti-inflamatório

Os anti-inflamatórios podem causar efeitos adversos – tudo depende do medicamento – por isso é importante que o uso seja acompanhado pelo médico. Os efeitos colaterais mais frequentes são:

 

  • Alergia cutânea
  • Desconforto gástrico
  • Diarreia
  • Tontura
  • Zumbido
  • Sonolência
  • Piora da função renal
  • Aumento da pressão arterial.

Eles possuem contraindicações?

Depois de tudo que consideramos aqui, faz sentido tratar os anti-inflamatórios como uma classe de medicamentos que não deve ser tomada sem orientação médica, principalmente se você fizer parte dos seguintes grupos:

 

  • Idosos.
  • Grávidas.
  • Pacientes com insuficiência renal.
  • Pacientes com cirrose.
  • Pacientes com hipertensão descontrolada.
  • Pacientes com insuficiência cardíaca.
  • Pessoas que consomem, em média, mais de 3 doses de álcool por dia.
  • Pacientes medicados com varfarina.
  • Pacientes com risco de hemorragia.
  • História de úlcera péptica ou gastrite.

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Onde comprar?

Você pode recorrer ao nosso buscador de medicamentos Cliquefarma e pesquisar por qualquer anti-inflamatório que você precise fazer uso agora mesmo! Depois volte aqui e comente abaixo o que achou e se tem alguma dúvida sobre o assunto! 

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Nimesulida – para que serve?

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Você conhece o princípio ativo Nimesulida? Ele é destinado ao tratamento de uma variedade de condições que requeiram atividade anti-inflamatória (contra a inflamação), analgésica (contra a dor) e antipirética (contra a febre).  

Fabricado e disponibilizado por vários laboratórios, entre eles, Vitamedic Indústria Farmacêutica LTDA, o Arflex Rettard, do Diffucap-Chemobrás, Cimelid, do Cimed, Deltaflan, do Delta, Flogilid, da Luper, Neosulida, da Neoquímica, Nisulid, da Aché e Scaflogin, do Laboratório Globo. Possui as seguintes apresentações:

 

  • Cápsulas com microgrânulos de ação prolongada 
  • Comprimidos revestidos
  • Comprimidos dispersíveis
  • Gel
  • Granulado
  • Supositório
  • Suspensão oral
  • Gotas

 

USO ORAL: comprimido, comprimido dispersível, suspensão oral, granulado e gotas 

USO RETAL: supositório  

 

Nimesulida também está devidamente registrada na ANVISA, na classe terapêutica dos anti-inflamatórios.

Qual o seu mecanismo de ação?

Nimesulida é um anti-inflamatório que apresenta propriedades que combatem a inflamação, a dor e a febre, e sua atividade anti-inflamatória envolve vários mecanismos. A nimesulida inibe uma enzima chamada ciclooxigenase, a qual está relacionada a produção de uma substância chamada prostaglandina, tal inibição faz com que a dor e a inflamação diminuam. 

 

O tempo médio estimado para início da ação depois que você tomar este medicamento é de 15 minutos para alívio da dor. A resposta inicial para a febre acontece cerca de 1 a 2 horas após o uso do medicamento e dura aproximadamente 6 horas. 

Qual a melhor forma de armazenamento deste medicamento?

Você deve manter Nimesulida em temperatura ambiente (entre 15 °C e 30 °C). Proteger da luz e umidade.

 

Nestas condições o prazo de validade é de 24 meses a contar da data de fabricação.  

 

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. 

 

Aspecto da aparência de cada apresentação

Cápsulas: gelatinosa dura, com tampa e corpo incolores, contendo microgrânulos com coloração variando de amarelo claro a amarelo intenso.

Comprimidos: redondos de cor bege e sulcados 

Comprimidos dispersíveis: redondos de cor amarelo-palha

Gel: opaco, homogêneo, levemente amarelado, isento de grumos e impurezas.   

Supositórios 100 mg: amarelos em forma de torpedo

Granulado: solto, branco a levemente amarelado 

Suspensão oral: de coloração rosa 

Gotas: suspensão homogênea de coloração bege 

 

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

 

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.  

Qual a posologia e dosagem de Nimesulida?

Modo de usar

USO PARA ADULTOS E CRIANÇAS ACIMA DE 12 ANOS 

Você pode tomar nimesulida comprimidos, comprimidos dispersíveis, granulado, gotas ou suspensão oral após as refeições. Recomenda-se usar nimesulida, como todos os antiinflamatórios não-esteroidais (AINEs), com a menor dose segura e com o menor tempo possível de duração do tratamento. 

 

Cápsulas: Uma cápsula de uma vez ao dia, preferencialmente após a refeição.

 

Comprimidos: 50 – 100 mg, tomar 1/2 a 1 comprimido com 1/2 copo de água duas vezes ao dia, podendo alcançar até 200 mg duas vezes ao dia. 

 

Comprimidos dispersíveis: 100 mg (1 comprimido), tomar duas vezes ao dia, podendo alcançar até 200 mg duas vezes ao dia. Dissolver o comprimido em 1/2 copo de água (100 mL), agitar com auxílio de uma colher e tomar. Se necessário você pode colocar mais um pouco de água no copo, mexer com a colher e tomar em seguida. Se preferir o comprimido dispersível você pode tomá-lo inteiro, sem a necessidade de dissolver antes. 

 

Gel: deve ser aplicado sobre o local afetado duas vezes ao dia, massageando levemente até que a cor do medicamento desapareça. Nas primeiras horas após a aplicação de nimesulida gel, recomenda-se não lavar o local.  Lavar as mãos após o uso.

Granulado: 50 a 100 mg, tomar 1/2 a 1 envelope dissolvido em um pouco de água ou suco duas vezes ao dia, podendo alcançar até 200 mg duas vezes ao dia. 

 

Supositório: 1 supositório de 100 mg duas vezes ao dia, podendo alcançar até 200 mg (2 supositórios de 100 mg) duas vezes ao dia. Aplicar o supositório por via retal (no ânus). 

 

Gotas: cada gota contém 2,5 mg de nimesulida e cada mL contém 50 mg de nimesulida, pingar 1 gota (2,5 mg) por kg de peso, duas vezes ao dia, diretamente na boca da criança ou se preferir dilua em um pouco de água com açúcar. CADA ML DO PRODUTO CONTÉM 20 GOTAS. 

 

Suspensão: a dose recomendada é de 5 mg/kg/dia – fracionada a critério médico em duas administrações. Agitar antes de usar. Colocar a dose recomendada pelo médico no copo-medida que acompanha o produto e pedir para a criança tomar. Lembramos que 1 mL da suspensão contém 10 mg de nimesulida. 

 

Casos especiais 

Pacientes com mau funcionamento dos rins: Em pacientes com mau funcionamento dos rins moderado (clearance de creatinina de 30 a 80 mL/min), não há necessidade de ajuste de dose. O medicamento não é indicado em casos de mau funcionamento dos rins grave. 

 

Pacientes com mau funcionamento do fígado: O uso de nimesulida não é indicado em pacientes com mau funcionamento do fígado. 

 

Você deve usar nimesulida de acordo com as instruções do seu médico. Caso os sintomas não melhorem em 5 dias, entre em contato com o seu médico. 

Quais as contraindicações e riscos de Nimesulida?

Vale lembrar que Nimesulida é contraindicada para uso por pacientes que tenham alergia à nimesulida ou a qualquer outro componente do medicamento; histórico de reações de hipersensibilidade (exemplo: broncoespasmo – estreitamento dos brônquios que causa dificuldade para respirar, rinite – inflamação da mucosa do nariz, urticária – alergia na pele e angioedema – inchaço por baixo da pele) ao ácido acetilsalicílico ou a outros antiinflamatórios não esteroidais (informe seu médico caso você tenha alergia a algum produto); histórico de reações hepáticas (do fígado) ao produto; pacientes com úlcera péptica (úlceras no estômago ou intestino) em fase ativa, ulcerações recorrentes (úlceras que vão e voltam) ou tenham hemorragia no trato gastrintestinal (sangramento no estômago e/ou intestinos); pacientes com distúrbios de coagulação graves; pacientes com insuficiência cardíaca grave (mau funcionamento grave do coração); pacientes com mau funcionamento dos rins grave e pacientes com mau funcionamento do fígado.

 

Quais as precauções e advertências de uso de Nimesulida? O que devo saber antes de usá-la?

É importante que você saiba que as drogas anti-inflamatórias não-esteroidais podem mascarar a febre relacionada a uma infecção bacteriana. O uso de outros anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs) durante o tratamento com nimesulida não é recomendado. 

 

Também, o uso associado aos analgésicos deve ser sob a orientação de um profissional de saúde. O uso da nimesulida por pessoas que tenham problemas com uso abusivo de álcool ou em conjunto com medicamentos ou outras substâncias conhecidas, as quais tenham potencial para causar danos ao fígado é desaconselhado, pois há risco aumentado de ocorrência de reações hepáticas.

 

Populações especiais

Uso em pacientes com problemas hepáticos (que tenham problemas no fígado)

 

Raramente este medicamento tem sido associado com reações hepáticas sérias, incluindo casos fatais muito raros. Se você teve sintomas compatíveis com problemas do fígado durante o tratamento com nimesulida como: anorexia (falta de apetite), náusea (enjoo), vômitos, dor abdominal (dor na barriga), fadiga (cansaço), urina escura ou icterícia (coloração amarelada na pele e olhos) você deve ser cuidadosamente monitorado pelo seu médico.

 

Se você apresentar exames de função hepática (do fígado) anormais, deve descontinuar o tratamento. E, neste caso, você não deve reiniciar o tratamento com a nimesulida

 

Reações adversas hepáticas (do fígado) relacionadas à droga foram relatadas após períodos de tratamento menores de um mês. Dano ao fígado, reversível na maioria dos casos, foi verificado após curta exposição ao medicamento.

 

Uso em pacientes com distúrbios de coagulação

Como os anti-inflamatórios não-esteroidais podem interferir na agregação plaquetária (junção das plaquetas para parar um sangramento), este medicamento deve ser utilizado com cuidado caso você tenha diátese hemorrágica (tendência ao sangramento sem causa aparente), hemorragia intracraniana (sangramento no cérebro) e alterações da coagulação como, por exemplo, hemofilia (doença da coagulação) e predisposição a sangramento.

 

Uso em pacientes com distúrbios gastrointestinais (problemas no estômago e/ou intestinos)

Em raras situações, nas quais ulcerações (feridas) ou sangramentos gastrintestinais (do estômago e/ou intestinos) ocorrem em pacientes tratados com nimesulida, o medicamento deve ser suspenso. Assim como com outros anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs), sangramento gastrintestinal (do estômago e/ou intestinos) ou ulceração/perfuração podem ocorrer a qualquer tempo durante o tratamento, com ou sem sintomas de aviso ou história anterior de eventos gastrintestinais (do estômago e/ou intestinos). Caso ocorra sangramento gastrintestinal ou ulceração, o tratamento deverá ser interrompido.

 

Se você tem distúrbios gastrintestinais (do estômago e/ou intestinos), incluindo histórico de úlcera péptica (lesão no estômago e/ou intestinos), de hemorragia gastrintestinal (sangramento do estômago e/ou intestinos), colite ulcerativa ou doença de Crohn (doenças inflamatórias do intestino) a nimesulida deverá ser utilizada com cuidado.

 

Uso em pacientes com insuficiência renal ou cardíaca (mau funcionamento dos rins ou do coração)

Se você tem insuficiência renal ou cardíaca (mau funcionamento dos rins ou do coração), cuidado é requerido, pois o uso de anti-inflamatórios não-esteroidais como este medicamento pode resultar em piora da função dos rins. A avaliação da função renal deve ser feita pelo seu médico antes do início do tratamento e depois regularmente. No caso de piora, o tratamento deve ser interrompido.

 

Como os outros anti-inflamatórios não-esteroidais, a nimesulida deve ser usada com cuidado caso você tenha insuficiência cardíaca congestiva (mau funcionamento do coração), hipertensão (pressão alta), prejuízo da função renal, pois, desta forma, pode acontecer uma redução no fluxo de sangue nos rins.

 

Como o medicamento é eliminado principalmente pelos rins, este deve ser administrado com cuidado caso você tenha prejuízo da função hepática ou renal (do fígado ou rins). Em caso de problema grave na função dos rins o medicamento é contraindicado.

 

Uso em idosos

Pacientes idosos são particularmente sensíveis a reações adversas dos anti-inflamatórios não-esteroidais como o este medicamento, incluindo hemorragia (sangramento) e perfuração gastrintestinal (perfuração do estômago e/ou intestinos), alteração das funções dos rins, do coração e do fígado. Não existem estudos que avaliem comparativamente como a nimesulida age no organismo de idosos e jovens. 

 

O uso prolongado de nimesulida em idosos não é recomendado. Se o tratamento prolongado for necessário você deve ser regularmente monitorado pelo seu médico. Só febre, isoladamente, não é indicação para uso deste medicamento.

 

Uso em crianças e adolescentes

 

Exceto as apresentações de uso pediátrico, este medicamento não deve ser usado em crianças menores de 12 anos. Com relação ao uso da nimesulida em crianças, foram relatadas algumas reações graves, incluindo raros casos compatíveis com Síndrome de Reye (doença grave que acomete o cérebro e o fígado).

 

Adolescentes não devem ser tratados com medicamentos que contenham nimesulida caso estejam presentes sintomas de infecção viral (por vírus), pois a nimesulida pode estar associada com a Síndrome de Reye em alguns pacientes.

 

Uso em pacientes com distúrbios oculares (dos olhos)

Se você tem história de perturbações oculares (dos olhos) devido ao uso de outros anti-inflamatórios não esteroides, o tratamento deve ser suspenso e realizado exames oftalmológicos (dos olhos) caso ocorram distúrbios visuais durante o uso da nimesulida.

 

Uso em pacientes com asma

Pacientes com asma toleram bem a nimesulida, mas a possibilidade de broncoespasmo (estreitamento dos brônquios que causa dificuldade para respirar) não pode ser inteiramente excluída.

 

Alterações na habilidade de dirigir veículos e operar máquinas

Este medicamento tem pouco ou nenhum efeito sobre a habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas.

Interações medicamentosas e alimentares de Nimesulida

Este medicamento não deve ser usado em conjunto com drogas que potencialmente causem danos ao fígado.

 

Deve-se ter cuidado com pacientes que apresentem anormalidades hepáticas, particularmente se houver intenção de administrar nimesulida em combinação com outras drogas que possam causar alteração do fígado.

 

Durante o tratamento com este medicamento, os pacientes devem evitar usar outros anti-inflamatórios não esteroidais, pois há risco de somação de efeitos, incluindo efeitos adversos.

 

Interação medicamento-medicamento

Gravidade: maior

É necessário cautela se este medicamento for utilizado antes ou após 24 horas de tratamento com metotrexato, pois o nível sérico do metotrexato pode aumentar, aumentando sua toxicidade, risco de leucopenia, trombocitopenia, anemia, nefrotoxicidade, ulceração de mucosa.

 

O uso associado ao medicamento pemetrexede leva ao risco de toxicidade pelo mesmo, potencializando problemas de mielossupressão (mau funcionamento da medula óssea), nefrotoxicidade e toxicidade gastrintestinal.

 

A associação de nimesulida com medicamentos como: apixabana, ardeparina, acebutalol, certoparina, citalopram, clopidogrel, clovoxamina, dalteparina, danaparoide, desirudina, duloxetina, enoxaparina, eptifabatida, escitalopram, femoxetina, flesinoxan, fluoxetina, ginko biloba, heparina, levomilnacipram, milnacipram, nadroprarina, nefazodona, parnaparina, paroxetina, pentosano polissulfato de sódio, pentoxifilina, prasugrel, proteína C, reviparina, rivaroxabana, ticlopidina, tinzaparina, venlafaxina, vilazodona, vortioxetina, zimeldina potencializa o risco de sangramento.

 

Aumento do risco de sangramento gastrintestinal pode ocorrer no caso da associação da nimesulida com medicamentos como abciximab, argatrobana, bivalirrudina, cilostazol, dipiridamol, fondaparinux, lepirudina, tirofiban.

 

A associação com ciclosporina pode levar ao aumento do risco de nefrotoxicidade.

Já a associação com as beta glucanas pode levar a lesões gastrintestinais severas.

 

No caso do medicamento gossipol a possível associação com a nimesulida pode levar ao aumento do risco de ocorrência de eventos gastrintestinais (ex: hemorragia intestinal, anorexia, náuseas, diarreia).

 

Efeitos como a potencialização da ação dos anti-inflamatórios (ex: aumento do risco de sangramento, alterações renais e alterações gástricas) pode ocorrer com associação com o extrato de Feverfew.

 

O uso associado de nimesulida com o medicamento pralatrexato pode causar o aumento da exposição do pralatrexato. Há risco de falência renal aguda na associação com tacrolimus.

 

Gravidade: moderada

Devido aos efeitos nas prostaglandinas renais, os inibidores da prostaglandina sintetase, como nimesulida, podem aumentar a nefrotoxicidade das ciclosporinas.

 

A nimesulida pode diminuir os efeitos diuréticos (efeito que aumenta a eliminação de urina) e anti-hipertensivos de medicamentos como a furosemida, azosemida, bemetizida, bendroflumetiazida, benzotiazida, bumetanida, butiazida, clorotiazida, clortalidona, clopamida, ciclopentiazida, ácido etacrínico, hidroclorotiazida, hidroflumetiazida, indapamida, meticlotiazida, metolazona, piretanida, politiazida, torsemida, triclormetiazida, xipamida.

 

A associação da nimesulida com medicamentos como: acebutalol, alacepril, alprenolol, anlodipina, arotinolol, atenolol, azilsartana, bufenolol, benazepril, bepridil, betaxolol, bevantolol, bisoprolol, bopindolol, bucindolol, bupranolol, candersartana cilexetil, captopril, carteolol, carvedilol, celiprolol, cilazapril, delapril, dilevalol, enaprilato, enalapril, esmolol, fosinopril, imidapril, labetalol, landiolol, levobunolol, lisinopril, mepindolol, metipranolol, metoprolol, moexipril, nadolol, nebivolol, nipradilol, oxprenolol, penbutolol, pentopril, perindopril, pindolol, propranolol, quinapril, ramipril, sotalol, espirapril, talinolol, temocapril, tertatolol, timolol, trandolapril, zofenopril, pode levar a diminuição do efeito anti-hipertensivo (que controla a pressão arterial) dos mesmos.

 

O aumento do risco de baixos níveis de açúcar no sangue (hipoglicemia) pode ocorrer na associação da nimesulida com medicamentos como: acetohexamida, clorpropamida, glicazida, glimepirida, glipizida, gliquidona, gliburida, nateglinida, tolazamida, tolbutamida.

A associação da nimesulida com amilorida, canrenoato, espironolactona, triamtereno pode causar diminuição do efeito diurético (efeito que aumenta a eliminação de urina), risco de hipercalemia (aumento dos níveis de potássio no sangue) ou possível nefrotoxicidade.

 

Efeitos como diminuição do efeito anti-hipertensivo e aumento de risco de lesão renal podem ocorrer no uso associado da nimesulida com irbesartana, losartana, olmesartana medoxomil, tasosartana, telmisartana ou valsartana.

 

O aumento do risco de sangramento pode ocorrer na associação com acenocumarol, anisindiona, desvenlafaxina, dicumarol, fenindiona, fenprocumona e varfarina.

 

A nimesulida em associação com diltiazem, felodipina, flunarizina, gallopamil, isradipina, lacidipina, lidoflazina, manidipina, nicardipina, nifedipina, nilvadipina, nimodipina, nisoldipina, nitrendipina, pranidipina ou verapamil pode levar a aumento do risco de sangramento gastrintestinal e diminuição de efeito anti hipertensivo.

 

Há aumento no risco de convulsão no uso associado de nimesulida e levofloxacino, norfloxacino ou ofloxacino.

 

A associação com lítio pode aumentar a toxicidade do mesmo com riscos potenciais para sintomas como fraqueza, tremor, sede excessiva, confusão.

A nimesulida pode levar a diminuição do efeito do L-metilfolato.

 

Interação medicamento-alimento

A ingestão de alimentos não interfere na absorção e biodisponibilidade da droga. O efeito dos alimentos na absorção da nimesulida é mínimo.

 

Recomenda-se tomar este medicamento após as refeições. Não se aconselha a ingestão de alimentos que provoquem irritação gástrica (tais como abacaxi, laranja, limão, café, etc.) durante o tratamento com este medicamento.

 

Interação medicamento-substância química:

Não se aconselha a ingestão de bebidas alcoólicas durante o tratamento.

 

Interações medicamento-exame laboratorial

Gravidade: menor

Teste de sangue oculto nas fezes

Efeito da interação: resultado falso positivo.  

Uso de Nimesulida na gravidez e amamentação

Gravidez

Não há nenhum dado adequado de uso do medicamento em mulheres grávidas. Dessa forma, o risco potencial de seu uso em mulheres gestantes é desconhecido, portanto para a prescrição deste medicamento devem ser avaliados os benefícios previstos para a gestante contra os possíveis riscos tanto para o embrião ou feto. O uso deste medicamento não é recomendado em mulheres tentando engravidar ou grávidas. Em mulheres que têm dificuldades para engravidar ou que estão sob investigação de infertilidade, a retirada do medicamento deve ser considerada.  

 

Amamentação

Não está estabelecido se a nimesulida é excretada no leite humano. Este medicamento é contraindicado durante a fase de amamentação.  

 

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião dentista.  

 

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

 

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.  

 

Quais seus efeitos colaterais?

Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): diarreia, náusea (enjoo) e vômito.

 

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): prurido (coceira), rash (vermelhidão na pele) e sudorese (suor) aumentada; constipação (intestino preso), flatulência (gases) e gastrite (inflamação do estômago); tonturas e vertigens (tontura com sensação de que as coisas estão rodando); hipertensão (pressão alta); edema (inchaço).

 

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): eritema (cor avermelhada da pele) e dermatite (inflamação ou inchaço da pele); ansiedade, nervosismo e pesadelo; visão borrada; hemorragia (sangramento), flutuação da pressão sanguínea e fogachos (calores); disúria (dor para urinar), hematúria (sangramento na urina) e retenção urinária (dificuldade de urinar completamente); anemia e eosinofilia (aumento no sangue de uma célula de defesa do corpo, chamada de eosinófilo); hipersensibilidade (reação de defesa exagerada do organismo, alergia); hipercalemia (aumento de potássio no sangue); mal-estar e astenia (fraqueza generalizada).

 

Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): urticária (alergia da pele), edema angioneurótico (inchaço abaixo da pele), edema facial (inchaço no rosto), eritema multiforme (distúrbio da pele causado por uma reação alérgica) e casos isolados de síndrome de Stevens-Johnson (forma grave de alergia na pele com bolhas e descamação) e necrólise epidérmica tóxica (morte de grandes áreas da pele); dor abdominal (na barriga), dispepsia (indigestão), estomatite (inflamação da boca ou gengiva), melena (fezes com sangue), úlceras pépticas (feridas no estômago ou intestino) e perfuração ou hemorragia gastrintestinal que podem ser graves (perfuração ou sangramento no estômago ou intestinos); cefaleia (dor de cabeça), sonolência e casos isolados de encefalopatia (síndrome de Reye – doença grave que acomete o cérebro e o fígado); outros distúrbios visuais (da visão) e vertigem (tontura com sensação de que as coisas estão rodando); falência renal (parada de funcionamento dos rins), oligúria (baixo volume de urina) e nefrite intersticial (intensa inflamação nos rins); casos isolados de púrpura (presença de sangue na pele causando manchas roxas), pancitopenia (diminuição de vários elementos do sangue, como plaquetas, glóbulos brancos e vermelhos) e trombocitopenia (diminuição das plaquetas no sangue); anafilaxia (reação alérgica grave); casos isolados de hipotermia (diminuição da temperatura do corpo).

 

A literatura cita ainda as seguintes reações adversas, sem frequências conhecidas: 

 

Fígado: alterações dos exames hepáticos (do fígado), geralmente passageiras e reversíveis; casos isolados de hepatite aguda (inflamação aguda do fígado), falência hepática fulminante (parada no funcionamento do fígado – algumas fatalidades foram relatadas), icterícia (coloração amarelada na pele e olhos) e colestase (diminuição do fluxo de bile);

 

Respiratório: casos isolados de reações anafiláticas (alérgicas) como dispneia (dificuldade para respirar), asma e broncoespasmo (estreitamento dos brônquios que causa dificuldade para respirar), principalmente em pacientes com histórico de alergia ao ácido acetilsalicílico e a outros (AINES) anti-inflamatórios não-esteroides.  

 

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.  

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Em geral os sintomas de uso de quantidade maior do que a indicada de anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs) são: letargia (sono profundo), sonolência, dor de estômago, enjoo, vômito, que são geralmente reversíveis com tratamento de suporte. 

 

Pode ocorrer sangramento gastrintestinal (no estômago e no intestino). Raramente pode ocorrer pressão alta, mau funcionamento dos rins, diminuição da respiração e coma. Em caso de uso em excesso e/ou ingestão acidental, você deve tomar cuidado e procurar o seu médico ou procurar um pronto-socorro e informar a quantidade e o horário que você tomou o medicamento.

 

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações. 

Em geral os sintomas de uso de quantidade maior do que a indicada de anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs) são: letargia (sono profundo), sonolência, dor de estômago, enjoo, vômito, que são geralmente reversíveis com tratamento de suporte. Pode ocorrer sangramento gastrintestinal (no estômago e no intestino). Raramente pode ocorrer pressão alta, mau funcionamento dos rins, diminuição da respiração e coma. Em caso de uso em excesso e/ou ingestão acidental, você deve tomar cuidado e procurar o seu médico ou procurar um pronto-socorro e informar a quantidade e o horário que você tomou o medicamento.

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Doenças estomacais

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Você sabia que problemas no estômago afetam cerca de 20% das pessoas no mundo, de acordo com a Organização Mundial de Gastroenterologia. Esse número envolve diversas doenças diferentes caracterizadas, principalmente, pela forte dor no estômago.

Se você tem esse sintoma, saiba que ele pode indicar muitos problemas, daí a necessidade de procurar um médico imediatamente. Acompanhe este artigo que vamos te mostrar as principais delas, suas causas, sintomas e formas de tratamento.

Principais doenças do estômago

O estômago é um órgão em formato de J que se localiza entre o esôfago e o duodeno. É nele que o alimento recebe o ácido clorídrico, que tem papel importante na digestão.

 

A dor de estômago (dor na porção superior do abdômen) deve ser sempre investigada por um gastroenterologista. Várias são as doenças que podem motivar o problema. Vamos falar um pouco de cada?

Gastrite

Trata-se da inflamação, infecção ou erosão do revestimento do estômago. Ela pode durar por pouco tempo, na chamada gastrite aguda, ou pode durar meses e até mesmo anos (gastrite crônica).

Causas mais relevantes

Vários são os fatores envolvidos na origem da gastrite. A infecção pela bactéria Helicobacter pylori (H. pylori) é a principal causa de gastrite crônica não erosiva. Essa bactéria afeta a parede do estômago e pode ser transmitida de pessoa para pessoa e através de alimentos ou água contaminados.

 

Já nos casos de gastrite erosiva aguda ou crônica, os principais agentes envolvidos são: uso por longo período de anti-inflamatórios não esteroides, abuso de álcool e drogas.

 

Já em casos de grande estresse para o organismo (cirurgias extensas, queimaduras de alta gravidade e múltiplas fraturas), o paciente pode apresentar erosões na mucosa do estômago gerando gastrite de estresse — que pode evoluir para úlceras e hemorragia.

Sintomas

Alguns pacientes não apresentam sintomas. Outros, relatam as seguintes queixas:

 

  • dor na região superior do abdome;
  • náuseas;
  • vômitos;
  • perda de apetite;
  • sensação de “cheio” após a alimentação (empachamento);
  • queimação.

 

Além disso, quando há sangramento da parede do estômago, o paciente pode expelir fezes escuras ou perceber a presença de sangue no vômito.

 

O Ministério da Saúde informou em um artigo, que mesmo nos casos em que essas manifestações de sintomas não se tratem de uma gastrite real, é sempre preciso tomar cuidados com a alimentação.

Tratamento

Os medicamentos prescritos têm por objetivo reduzir a acidez estomacal e melhorar os sintomas dispépticos do paciente. Entre eles, incluem os antiácidos, os bloqueadores H2 de histamina, os inibidores de bomba de prótons (IBP) e os procinéticos.

 

Alguns tipos de gastrite apresentam tratamento específico, como é o caso da gastrite eosinofílica, que requer o uso de corticoides. Em alguns casos, o tratamento será a suspensão de agentes nocivos à mucosa gástrica, como anti-inflamatório e álcool.

 

Já o uso de antibióticos é necessário para erradicação da H. pylori. A mudança no estilo de vida e nos hábitos alimentares também contribui para a melhora dos sintomas. É preciso eliminar o tabagismo, evitar o álcool, café, alimentos ácidos e gordurosos.

Existe prevenção?

Uma recomendação importante para a prevenção da gastrite é evitar o uso de substâncias que causam irritação no estômago, como bebidas alcoólicas em excesso, cigarros, drogas e medicamentos sem indicação do médico.

 

Já a bactéria H. Pylori é transmitida por meio de água e comida contaminados ou de pessoa para pessoa. Por isso, a prevenção deve incluir hábitos básicos de higiene, como lavar as mãos frequentemente, consumir apenas alimentos de boa procedência e devidamente higienizados e evitar levar as mãos à boca.

Refluxo gastroesofágico

O refluxo gastroesofágico é o retorno involuntário e repetitivo do conteúdo do estômago para o esôfago. Os alimentos mastigados na boca passam pela faringe, pelo esôfago (um tubo que desce pelo tórax na frente da coluna vertebral) e caem no estômago. 

 

Entre o esôfago e o estômago, existe uma válvula que se abre para dar passagem aos alimentos e se fecha imediatamente para impedir que o suco gástrico penetre no esôfago, pois a mucosa que o reveste não está preparada para receber uma substância tão irritante.

 

Crianças pequenas podem apresentar episódios de refluxo em virtude da fragilidade dos tecidos existentes na transição entre o estômago e o esôfago. Na maioria dos casos, o problema desaparece espontaneamente.

Causas e fatores de risco do refluxo

– alterações no esfíncter que separa o esôfago do estômago e que deveria funcionar como uma válvula para impedir o retorno dos alimentos;

– hérnia de hiato provocada pelo deslocamento da transição entre o esôfago e o estômago, que se projeta para dentro da cavidade torácica;

– fragilidade das estruturas musculares existentes na região.

 

Fatores de risco:

– obesidade: os episódios de refluxo tendem a diminuir quando a pessoa emagrece;

– refeições volumosas antes de deitar;

– aumento da pressão intra-abdominal;

– ingestão de alimentos como café, chá preto, chá mate, chocolate, molho de tomate, comidas ácidas, bebidas alcoólicas e gasosas.

E quais os sintomas dessa condição?

– azia ou queimação que se origina na boca do estômago, mas pode atingir a garganta;

– dor torácica intensa, que pode ser confundida com a dor da angina e do infarto do miocárdio;

– tosse seca;

– doenças pulmonares de repetição, como pneumonias, bronquites e asma.

Tratamento indicado

O tratamento será clínico ou cirúrgico. O clínico inclui a administração de medicamentos que diminuem a produção de ácido pelo estômago e melhoram a motilidade do esôfago. Junto a isso, o paciente recebe orientação para perder peso, evitar alimentos e bebidas que agravam o quadro, fracionar a dieta, não se deitar logo após as refeições e praticar exercícios físicos. 

 

Já a cirurgia pode ser realizada de maneira convencional ou por laparoscopia e é indicada nos casos de hérnia de hiato, para os pacientes que não respondem bem ao tratamento clínico ou quando é necessário inserir uma válvula antirrefluxo. Ela é sempre um procedimento adequado, quando a repetição do refluxo gastroesofágico provoca esofagite grave, uma vez que a acidez do suco gástrico pode alterar as células do revestimento esofágico e dar origem a tumores malignos.

Algumas recomendações para prevenção do refluxo:

– não se automedique se tiver episódios repetidos de azia ou queimação. Procure assistência médica para diagnóstico e tratamento adequados;

– evite alimentos e bebidas, especialmente as alcoólicas, que favorecem o retorno do conteúdo gástrico;

– fique longe do cigarro;

– procure perder peso;

– não use cintos ou roupas apertadas na região do abdome;

– não se deite logo após as refeições;

– distribua os alimentos em pequenas quantidades por várias refeições (café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar);

– faça refeições mais leves. Sente-se e coma sem pressa, mastigando bem os alimentos;

– aumente a salivação com gomas de mascar ou balas duras. A saliva pode aliviar a dor;

– não ponha o bebê na cama assim que acabar de mamar. Mantenha-o em pé no colo até que elimine o ar que deglutiu durante a amamentação.

Úlcera Péptica

A úlcera é uma ferida que pode ocorrer em diversas partes do organismo. Quando se fala em úlcera, porém, quase sempre as pessoas se referem às úlceras pépticas, isto é, às úlceras gástricas que surgem no estômago, às úlceras do duodeno, que é aquela pequena válvula da junção do estômago com o intestino delgado, e mesmo às do esôfago que são mais raras.

Principais causas

  • Histórico familiar: Fatores genéticos podem justificar o aparecimento de úlceras pépticas;
  • Bactéria Helicobacter pylori: Esse micro-organismo pode atacar a parede estomacal de pessoas com predisposição para a doença. Eliminada a infecção, a úlcera tende a desaparecer;
  • Ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios: O uso constante desses medicamentos pode provocar o aparecimento de úlceras;
  • Estresse: Que, além de outros efeitos prejudiciais, pode estimular a secreção de ácidos que atacam o revestimento do estômago e do duodeno.

Quais os sintomas da úlcera péptica?

Podemos classificar como principais, os seguintes sintomas:

 

  • Sensação de dor e/ou queimação na área entre o esterno e o umbigo que se manifesta especialmente com o estômago vazio, afinal, a ausência de alimentos para digerir permite que os ácidos irritem a ferida;
  • Dor que desperta o paciente à noite e tende a desaparecer com a ingestão de alimentos ou antiácidos;
  • Dor característica da úlcera do duodeno que desaparece com a alimentação reaparecendo depois (ritmo dói-come-passa-dói-come-passa-dói);
  • Vômitos com sinais de sangue;
  • Fezes escurecidas ou avermelhadas que indicam a presença de sangue.

Qual o tratamento?

O tratamento para úlceras pépticas envolve uma combinação de medicamentos para matar a bactéria H. pylori (se o diagnóstico confirmar sua presença) e reduzir os níveis de ácido no estômago. Essa estratégia permite que sua úlcera seja curada com mais facilidade e reduz a chance de ela voltar eventualmente. Para isso, tome todos os medicamentos exatamente como prescritos.

 

Se o paciente tiver uma úlcera péptica causada por uma infecção por H. pylori, o tratamento padrão usa diferentes combinações de alguns medicamentos, principalmente antibióticos. Consulte seu médico sobre as opções disponíveis para tratamento no seu caso.

 

Agora, se a pessoa tiver uma úlcera que não seja causada por uma infecção por H. pylori, ou uma úlcera péptica que tenha sido causada pelo uso excessivo de analgésicos, o médico provavelmente também prescreverá outros medicamentos adequados para tratá-las.

 

Os medicamentos mais comumente prescritos para a úlcera péptica são:

 

  • Amoxicilina
  • Cimetidina
  • Digestil (comprimidos)
  • Omeprazol
  • Pantoprazol
  • Cloridrato de ranitidina.

 

Os medicamentos contraindicados para a úlcera péptica são:

 

  • Nimesulida
  • Toragesic.

Câncer no estômago

Também conhecido como câncer gástrico, os tumores do estômago aparecem em terceiro lugar na incidência entre homens e em quinto entre as mulheres. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA) são diagnosticados mais de 20 mil novos casos de câncer gástrico por ano.

Quais os tipos de câncer no estômago?

O câncer de estômago se apresenta, geralmente, em três tipos diferentes: adenocarcinoma (correspondente a 95% dos casos), linfoma (3% dos casos) e leiomiossarcoma (2%).

 

Adenocarcinomas são um tipo de tumor maligno que acometem células secretoras e que podem acontecer em qualquer parte do corpo. Já os linfomas são um tipo específico de tumor que afeta células do sistema linfático. Um leiomiossarcoma, por sua vez, é um tipo de tumor que afeta os tecidos que dão origem aos ossos e músculos do corpo.

E as causas e fatores de risco?

Ainda não existe um consenso sobre a real causa do câncer de estômago. O que se sabe é que há uma forte correlação entre a infecção pelo H. pilory, uma dieta rica em sal e em alimentos defumados e em conserva e o desenvolvimento dessa doença.

 

Em geral, o câncer de estômago começa quando ocorre um erro no DNA da célula. Essa mutação faz com que a célula cresça e se multiplique rapidamente. As células cancerosas acumuladas formam aquilo que chamamos de tumor, podendo invadir outras partes do corpo também, e ainda podendo se espalhar por todo o organismo.

 

Fatores de risco

Médicos apontam alguns fatores como de risco para o desenvolvimento de um câncer no estômago. Tais como:

 

  • Alimentar-se por uma dieta rica em alimentos salgados, defumados e em conserva;
  • Ter uma dieta pobre em frutas e legumes;
  • Comer alimentos contaminados;
  • Ter histórico familiar de câncer de estômago;
  • Ter uma infecção por Helicobacter pylori;
  • Sofrer de uma inflamação do estômago a longo prazo;
  • Ter anemia perniciosa;
  • Ser fumante;
  • Apresentar pólipos do estômago.

Quais os sintomas do câncer gástrico?

Não existem sintomas específicos do câncer de estômago. Alguns sinais da doença podem, na verdade, até serem confundidos com outras doenças gástricas, como a gastrite, úlcera e outros problemas, por exemplo. Os principais sintomas são:

 

  • Fadiga
  • Sensação de inchaço após comer
  • Sensação de saciedade após ingerir pequenas quantidades de alimentos
  • Azia grave e persistente
  • Indigestão grave
  • Náuseas persistentes e aparentemente sem explicação
  • Dor de estômago
  • Vômitos persistentes
  • Perda de peso não intencional

 

Cerca de 10 a 15% dos casos desse tipo de câncer apresentam o vômito com sangue. Também podem fezes com sangue, fezes escurecidas, pastosas e com odor muito forte (indicativo de sangue digerido).

 

Quando o exame físico está sendo realizado, o paciente com câncer pode sentir dor no momento em que o estômago é apalpado.

Realizando o diagnóstico

Para o diagnóstico ser concluído, é necessário que o médico peça alguns exames específicos, como:

 

  • Endoscopia
  • Exames de imagem, especialmente raios-X e tomografia computadorizada

 

Outros testes podem ser feitos para determinar a extensão do tumor, como a biópsia, que é o exame feito para confirmar se o tecido afetado é mesmo canceroso. Além disso, é feita uma análise histológica do tumor, que pode se enquadra em um desses quatro estágios:

 

  • Estágio I. Neste, o tumor é limitado à camada de tecido que reveste o interior do estômago. As células cancerosas também podem se espalhar para gânglios linfáticos próximos.
  • Estágio II. O câncer cresceu, crescendo para dentro da camada muscular da parede do estômago. Ele também pode se espalhar para mais dos gânglios linfáticos.
  • Estágio III. Aqui, o câncer pode ter crescido por meio de todas as camadas do estômago. Ou pode ser um câncer menor que se espalhou de forma mais ampla para os gânglios linfáticos.
  • Estádio IV. O câncer se espalhou para áreas mais distantes do corpo.

 

Tratamento

As opções de tratamento disponíveis para o câncer de estômago dependem do estágio da doença. Normalmente, é feita a cirurgia, o meio mais utilizado para curar o paciente. Se você estiver com diagnóstico positivo para câncer de estômago, converse com seu médico sobre a melhor opção de procedimento cirúrgico.

 

Sessões de quimioterapia e radioterapia também podem ajudar. Elas podem ser feitas também após ou antes da cirurgia, aumentando as possibilidades de cura do paciente.

 

O médico também poderá descrever alguns medicamentos que agem sobre algumas células tumorais específicas.

É possível prevenir-se do câncer de estômago?

Como ainda não está claro o que causa o câncer do estômago, ainda não se sabe uma única maneira de prevenir. Mas você pode tomar medidas para reduzir o risco da doença fazendo pequenas mudanças em seu estilo de vida. Você deve:

 

  • Comer mais frutas e legumes;
  • Reduzir a quantidade de alimentos salgados e defumados em sua dieta;
  • Parar de fumar

 

Também você deve perguntar ao seu médico sobre o seu risco específico de câncer de estômago para que, juntos, vocês possam buscar opções de prevenção e tratamentos eficazes.

Intolerância alimentar

A intolerância alimentar consiste na ocorrência de um conjunto de reações adversas aos alimentos, como problemas intestinais, respiratórios, surgimento de manchas e coceira na pele. Apesar dos sintomas serem semelhantes, a intolerância alimentar é diferente da alergia alimentar, porque na alergia há também uma reação do sistema imunológico com formação de anticorpos, o que pode causar sintomas mais graves que na intolerância alimentar.

 

Os sintomas da intolerância alimentar normalmente surgem pouco tempo depois de se ingerir um alimento para o qual o corpo tem maior dificuldade em fazer a digestão e, por isso, os sintomas mais comuns incluem o excesso de gases, a dor abdominal ou as náuseas, por exemplo.

 

Os alimentos que têm maiores chances de provocar este tipo de sintomas incluem o leite, os ovos, o glúten, o chocolate, o pão, o camarão e o tomate, mas muitos outros podem causar este tipo de sinais, variando muito de pessoa para pessoa.

Atente-se aos seguintes sinais e sintomas para identificar uma possível intolerância alimentar:

1. Dor de cabeça contínua

A dor de cabeça pode ter várias causas, porém, quando não melhora com qualquer tipo de tratamento ou não é identificada uma causa específica, pode estar relacionada com a intolerância a algum tipo de alimento, já que a inflamação do intestino interfere com a produção de vários neurotransmissores.

 

Uma boa forma de identificar se a dor de cabeça está sendo causada pelo consumo de algum alimento é ir eliminando, aos poucos, por exemplo, os alimentos com maior risco de intolerância da dieta.

2. Cansaço em excesso

A intolerância alimentar geralmente provoca um estado de inflamação constante do intestino e do corpo e, por isso, existe um maior gasto de energia, o que acaba resultando numa sensação de cansaço excessivo que não desaparece mesmo depois de uma boa noite de sono.

 

Assim, é comum que, em pessoas com um cansaço fora do normal, o médico desconfie de algum tipo de intolerância alimentar, antes de suspeitar de qualquer outro problema.

3. Dor na barriga

É muito comum que pessoas com intolerância alimentar geralmente apresentem dor no estômago ou na barriga, que surge principalmente porque o corpo não está conseguindo digerir corretamente a comida ingerida. 

 

Normalmente, esta dor é mais intensa pouco tempo depois de comer, mas também pode se manter constante ao longo do dia, especialmente se estiver comendo várias vezes o alimentos que provoca a intolerância.

4. Barriga inchada, sensação de estufamento

A sensação de barriga inchada é um dos sintomas mais comuns de uma intolerância alimentar e acontece porque o sistema digestivo não está conseguindo digerir completamente a comida e, por isso, os restos alimentares acabam fermentando no intestino, o que causa o acúmulo de gases, que deixam a barriga mais estufada.

 

Normalmente, associada à barriga inchada também costuma surgir a vontade urgente para ir no banheiro, que pode até ser acompanhada de diarreia.

5. Coceira e manchas na pele

Não é segredo para ninguém que a saúde intestinal influencia bastante o aspecto da pele e, dessa forma, caso exista uma inflamação do intestino causada por uma intolerância alimentar é comum que surjam alterações na pele como pequenas bolinhas, vermelhidão e coceira. 

 

Este tipo de sintoma é mais comum nas intolerâncias ao glúten, mas podem surgir em qualquer caso, especialmente em regiões como os cotovelos, joelhos, couro cabeludo ou nádegas.

6. Dor nas articulações

Apesar de ser mais rara, a dor frequente e constante nas articulações, e até nos músculos, podem indicar a presença de uma intolerância alimentar, já que o consumo de alguns alimentos pode piorar este tipo de sinais, principalmente em pessoas que já sofrem com fibromialgia, por exemplo.

7. Azia frequente

A azia geralmente surge quando a digestão não é feita corretamente e, por isso, o conteúdo do estômago acaba subindo até ao esôfago e provocando a sensação de queimação na garganta.Por mais que este tipo de sintoma seja quase sempre relacionado ao refluxo gastroesofágico ou gastrite, também pode surgir em pessoas com intolerância alimentar, especialmente nos casos de intolerância à lactose, por exemplo.

Confirmando se é mesmo intolerância alimentar

Visto que os sintomas de intolerância podem ser semelhantes a outros problemas gástricos e intestinais, a melhor forma de confirmar a intolerância, e despistar outras doenças, é consultando um gastroenterologista para avaliar os sintomas e fazer exames como análises de sangue ou exame de fezes, por exemplo.

 

Para o diagnóstico da intolerância alimentar o médico pode ainda sugerir que se faça o teste da provocação, que consiste em comer o alimento do qual se desconfia de intolerância e depois observar se surge algum sintoma. 

 

Por que é sempre importante procurar um médico quando sentimos dor ou queimação de estômago?

Queimação no estômago, sensação de inchaço abdominal, dores e refluxo são sintomas que afetam cerca de 44% da população, de acordo com um estudo conduzido no Rio Grande do Sul. Dos quase 4000 indivíduos que participaram da pesquisa, 27% relataram ter essas sensações de forma frequente, mais de seis vezes ao mês. 

 

O desfecho mais natural para um quadro de queimação ou desconforto estomacal é ir até a farmácia. Mas pode não ser tão simples assim. Queimação, sensação de empachamento, refluxo e dores estomacais podem ser a expressão da presença de alguma bactéria em seu organismo. 

 

A melhor coisa, então, é procurar por um especialista. É comum, por exemplo, sentir um desconforto depois de um fim de semana regado à “estripulias gastronômicas”. Porém, se os sintomas começarem a impactar na qualidade de vida, é bom tomar uma providência. 

 

Pessoas com histórico familiar de câncer no estômago também é importante marcar uma consulta preventiva, mesmo que não tenham sintomas.

 

Atente-se aos sintomas mais frequentes além da dor e queimação

Alguns sinais de alerta devem ser atentamente observados e indicam maior gravidade. São eles:

  • dor epigástrica em pessoas acima de 55 anos;
  • história familiar de câncer gastrointestinal;
  • perda de peso importante e espontânea;
  • sangramento nas fezes;
  • vômitos persistentes ou com sangramento;
  • dificuldade progressiva ao engolir os alimentos;
  • dor ao deglutir;
  • anemia por deficiência de ferro sem causa definida;
  • massa abdominal;
  • quadro de icterícia.

 

A dispepsia funcional, consiste na presença de plenitude pós-prandial (empachamento) e/ou sensação de saciedade precoce e/ou dor epigástrica e/ou queimação nos últimos três meses também pode ser uma importante causa de dor no estômago.

 

Alguns outros fatores são associados a essa doença, como:

  • alteração da movimentação gastrointestinal;
  • aumento da sensibilidade visceral;
  • fatores genéticos;
  • infecção pela bactéria H. pylori e outras;
  • gastroenterite;
  • doenças psiquiátricas, como ansiedade e depressão.

 

O diagnóstico normalmente é realizado pelo gastroenterologista a partir do histórico do paciente (doenças prévias, uso de medicações, estilo de vida), exame físico e análises anteriores.

 

Serão solicitados exames de acordo com o quadro do paciente, entre eles:

 

  • exame de sangue e de fezes;
  • endoscopia digestiva alta;
  • ultrassonografia de abdômen;
  • tomografia computadorizada.

Como tratar e prevenir as doenças estomacais?

Quando falamos em prevenção, pode ser que adotar algumas medidas seja útil e também auxilie o tratamento de algumas das doenças que causam dor no estômago, tais como:

 

  • manter dieta equilibrada, rica em fibras e pobre em gorduras;
  • comer a cada três horas;
  • parar de fumar;
  • reduzir ou até mesmo eliminar por completo o consumo de café e refrigerantes;
  • evitar alimentos ácidos, gordurosos e doces;
  • fazer atividade física regularmente.

 

É então que o tratamento vai depender da causa da doença, podendo ser feito com:

 

  •  terapia de supressão ácida (antiácidos, bloqueadores de bomba H2 e inibidores de bomba de prótons);
  • procinéticos;
  • antidepressivos;
  • antibióticos para tratamento de H. pylori;
  • tratamento de parasitoses;
  • dieta sem lactose e reposição de lactose, em caso de intolerância à lactose;
  • cirurgia, nos casos de colelitíase e câncer.

 

Perceberam como a dor no estômago precisa ser tratada de maneira adequada, de acordo com as suas causas? Por isso, é fundamental procurar um médico logo que o sintoma começar, caso tenha histórico de câncer de estômago na família, procure antes mesmo de ter sintomas. Depois do diagnóstico, o tratamento deve ser realizado conforme a indicação do profissional.

 

A bactéria responsável por muitas doenças gástricas

Como falamos brevemente anteriormente, a Helicobacter pylori, mais conhecida como H. pylori, é uma bactéria identificada pela primeira vez em 1982 por dois cientistas australianos. O achado representou um marco no tratamento de várias doenças gástricas que, como hoje se sabe, podem estar ligadas à presença desse micro-organismo. Tanto que a dupla recebeu um Nobel pela descoberta. 

Isso porque, até então, se acreditava que o estômago era um ambiente inabitável. Por conta de sua extrema acidez, acreditava-se que nenhum micro-organismo conseguiria viver no órgão. Mas acontece que não só o H. pylori gosta desse ambiente como os humanos são o maior reservatório da bactéria no planeta. Prova disso é a alta incidência desse agente na população. 

 

Estima-se que metade das pessoas do mundo todo o possuam e, no Brasil, essa taxa chega aos 70%. E esse alto índice está relacionado a questões de higiene e saneamento básico. Por exemplo, na Austrália, ele está em 25% dos habitantes, apenas. 

Possível primeiro contato

 

Ao que tudo indica, começa-se ainda na infância: Nós adquirimos a infecção provavelmente nesse período, mas não sabemos disso porque a bactéria chega e causa uma gastrite aguda pequena, que pode nem apresentar sintomas. 

Como é feito o diagnóstico que estamos infectados com H. pylori?

Primeiro, aparecem pequenos indícios de que a H. pylori está vivendo no seu estômago. Esse micro-organismo está associado à sensação da gastrite, náuseas, em especial matutinas, sentimento de estufamento, dor na região abdominal ao se alimentar e depois e até vômitos.

 

Se houver um histórico de câncer na família, a recomendação é investigar mesmo sem sintomas – até mesmo porque muitas vezes eles são inexistentes. O teste é geralmente feito por meio de endoscopia: o médico retira com o aparelho um pedaço pequeno da mucosa e realiza um teste que mostra na hora a presença da bactéria ali. Mas também já existem outros métodos, menos invasivos. Como o teste respiratório, que detecta pelo ar que expiramos alguns produtos que a bactéria produz, e a pesquisa nas fezes pelo antígeno do H. pylori também pode ser realizada. 

Recomendamos sempre procurar um médico para mais esclarecimentos e exames que porventura devam ser feitos.

Tirou suas dúvidas a respeito das doenças estomacais? Tem alguma opinião ou sugestão para nos fazer? Comente em nosso quadro de comentários que iremos lhe responder com todo o prazer! 

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O medicamento com o princípio ativo Omeprazol é indicado para tratar certas condições em que ocorra muita produção de ácido no estômago. É usado para tratar úlceras gástricas (estômago) e duodenais (intestino) e refluxo gastroesofágico (quando o suco gástrico do estômago volta para o esôfago). Muitas vezes o omeprazol é usado também na combinação com outros antibióticos para tratar as úlceras associadas às infecções causadas pela bactéria Helycobacter pylori. 

O omeprazol também pode ser usado para tratar a doença de Zollinger-Ellison, que ocorre quando o estômago passa a produzir ácido em excesso. Também é utilizado para tratar dispepsia, condição que causa acidez, azia, arrotos ou indigestão. Pode ser usado também para evitar sangramento do trato gastrintestinal superior em pacientes seriamente doentes.

Quais laboratórios que o disponibilizam atualmente?

São vários os laboratórios que fabricam e disponibilizam medicamentos que contenham omeprazol na fórmula, entre eles, podemos citar o Airela que fabrica o fármaco Abedosec (em apresentação de cápsulas), Elprazol, do laboratório Pharlab, Estomepe, do Laboratil, Gastrium, da Aché, Neoprazol da Hypermarcas, Pratiprazol da Prati Donaduzzi e Victrix (em cápsulas e pó liofilizado) da Cosmed.

 

Omeprazol também está devidamente registrado na ANVISA, na classe terapêutica de medicamentos antiulcerosos.

Diferenças entre omeprazol e pantoprazol

Tanto o omeprazol quanto o pantoprazol fazem parte de um grupo de medicamentos chamados inibidores de bomba de prótons. Sua função é diminuir a produção do ácido liberado no estômago, e usado na digestão dos alimentos.

 

Além desses dois, há diversos outros inibidores, que funcionam seguindo esse mesmo princípio. Todos são recomendados para aquelas situações em que a pessoa sofre com alguma lesão ou inflamação no estômago ou esôfago, como uma úlcera ou gastrite. Porque você consegue reduzir a acidez, dando ao organismo tempo para a lesão cicatrizar. 

 

Os inibidores de bomba de prótons são também frequentemente receitados para o tratamento de uma doença que já falamos um pouco sobre aqui no blog, chamada Doença do Refluxo Gastroesofágico. Ela surge quando a pessoa sofre com uma lesão no mecanismo de passagem do esôfago para o estômago. 

 

Por causa do dano, os ácidos produzidos no estômago fazem todo aquele caminho até o esôfago, e podem chegar até a boca – provocando aquela sensação de queimação, conhecida popularmente como azia, mas que os médicos chamam de pirose.

 

A decisão quanto a qual medicamento usar – se omeprazol, pantoprazol ou um terceiro – cabe ao médico. Mas vale salientar para os leitores que os estudos hoje disponíveis indicam que, qualquer que seja a escolha, os resultados serão parecidos. 

 

Em 2009, a Federação Brasileira de Gastroenterologia – em parceria com outras instituições – publicou uma revisão de estudos que comparavam a eficácia desses inibidores. No total, os autores analisaram os resultados de 87 trabalhos. Concluíram que seus efeitos são equivalentes. Se o médico receitar omeprazol, os resultados serão tão bons quanto se tivesse receitado o pantoprazol.

 

Talvez a diferença encontra-se apenas nos preços e dosagens mesmo. Estudos feitos para analisarem a eficiência do omeprazol, pantoprazol, lansoprazol, esomeprazol e rabeprazol na redução da acidez do estômago, descobriram, por exemplo, que um comprimido de 20 miligramas de omeprazol (uma dosagem comum disponível no mercado) tem efeitos equivalentes a um comprimido de 40 miligramas de pantoprazol – novamente, uma dosagem comumente receitada. São essas, inclusive, as dosagens recomendadas pela Organização Mundial da Saúde para o tratamento de doença do refluxo.

Isso quer dizer que todos os inibidores são iguais entre si?

De maneira nenhuma! Medicamentos diferentes podem ter atuação diferente. Afinal, eles são muito específicos – suas moléculas atuam sobre determinados receptores no corpo.

 

A Federação Brasileira de Enterologia percebeu, que há casos em que pode ser melhor usar um medicamento ou outro. Há também o fator pessoal de alguns médicos que por vezes, estão mais habituados a receitar um certo inibidor e observar bons resultados – e, por isso, o receita a todos os pacientes. 

 

Há casos, também, em que um paciente responde melhor ao tratamento com um medicamento do que com o outro. Em situações assim, quem tem de fazer a troca é o médico, baseado nos resultados observados.

Posso ter prejuízos na saúde se usar o medicamento errado?

 

O omeprazol, o pantoprazol e os demais inibidores são considerados medicamentos seguros – quando usados da maneira correta, e pelo tempo determinado. 

 

É claro que o uso inadequado pode ser perigoso. Isso porque, ao reduzir a quantidade de ácido liberada no estômago, os inibidores de bomba de prótons interferem na absorção de nutrientes como o cálcio e a vitamina B12 – e aumentam os riscos de fraturas ósseas. 

 

Seu uso prolongado pode também facilitar a proliferação de bactérias perigosas ao organismo. Afinal, existem microrganismos ruins que são eliminados pelo ph ácido do estômago e se você diminui a acidez por muito tempo, acaba ficando sem essa proteção. Por isso, fica evidente que os inibidores diminuem a acidez do estômago, mas não o protegem. Por isso, devem ser usados com cautela. E somente sob recomendação médica.

Quais as contraindicações e precauções de Omeprazol?

Não deve ser utilizado por pessoas alérgicas ao omeprazol ou a qualquer componente de sua formulação.

 

Antes da utilização de omeprazol, você deve informar o seu médico sobre a presença das seguintes condições: reação alérgica a este tipo de medicamento ou a quaisquer outros medicamentos e outros tipos de alergias, como a algum alimento, corante, conservante ou a animais. 

A presença de outros problemas de saúde pode afetar o uso deste medicamento. Avise seu médico se você apresentar: doença no fígado ou história de doença hepática – essa doença pode levar ao aumento do omeprazol no seu organismo. 

 

Atenção: este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de diabetes.

Como devo armazenar, verificar a data de fabricação, prazo de validade e aspecto físico de Omeprazol

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade.

Omeprazol apresenta-se como cápsula de corpo branco e tampa azul tamanho nº 2, contendo pellets esféricos brancos a branco amarelados.

 

Número de lote, datas de fabricação e validade: vide embalagem 

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.

 

Guarde-o em sua embalagem original.

 

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo. 

 

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Interações medicamentosas de Omeprazol

O uso de omeprazol com alguns tipos de medicamentos não é recomendado, mas poderá ser necessário. Nesses casos, seu médico poderá alterar a dose e a frequência dos medicamentos, como por exemplo: atazanavir, clorazepato, delavirdine, metotrexato. 

 

A utilização de álcool e tabaco também pode causar interações com alguns medicamentos. Converse com seu médico a respeito.

Uso de Omeprazol na gravidez 

Mulheres grávidas: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

 

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

 

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Qual a posologia, dosagem e instruções de uso de Omeprazol?

Você deve tomar as cápsulas com líquido, por via oral imediatamente antes das refeições, preferencialmente pela manhã. Para pacientes que tiverem dificuldade em engolir, as cápsulas podem ser abertas e os microgrânulos intactos misturados com pequena quantidade de suco de frutas ou água fria e tomados imediatamente. 

 

Os microgrânulos não devem ser mastigados e nem misturados com leite antes da administração. Pode demorar vários dias até que ocorra alívio das dores estomacais. Para ajudar no alívio dessas dores, podem ser usados antiácidos junto com omeprazol, salvo orientação contrária do seu médico. 

 

Utilize este medicamento durante o tratamento estabelecido pelo seu médico e mesmo que você já esteja se sentindo bem, só interrompa o tratamento quando seu médico assim determinar.

 

– Adultos

Úlceras duodenais: 20 mg uma vez ao dia, antes do café da manhã, durante duas a quatro semanas.

 

Úlceras gástricas e esofagite de refluxo: 20 mg uma vez ao dia, antes do café da manhã, durante quatro a oito semanas.

 

Profilaxia de úlceras duodenais e esofagite de refluxo: 10 mg ou 20 mg antes do café da manhã.

 

Síndrome de Zollinger-Ellison: a dosagem deve ser individualizada de maneira a se administrar a menor dose capaz de reduzir a secreção gástrica adequadamente. A posologia inicial é normalmente de 60 mg em dose única; posologias superiores a 80 mg ao dia devem ser administradas em duas vezes.

– Esofagite de refluxo em crianças

Crianças com mais de 1 ano de idade: 10 mg em dose única administrada pela manhã com o auxílio de líquido (água ou suco de frutas; mas não leite).

 

Crianças acima de 20 kg: 20 mg. Caso a criança tenha dificuldade para engolir, as cápsulas podem ser abertas e o seu conteúdo pode ser misturado com líquido (água ou suco de frutas; mas não em leite) e ingerido imediatamente. Se necessária, a dose poderá ser aumentada, a critério médico, até, no máximo, 40 mg ao dia. 

 

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. 

 

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico. 

 

Se você se esquecer de tomar uma dose, procure tomá-la assim que possível. Se estiver próximo ao horário da dose seguinte, despreze a dose esquecida e volte ao seu esquema normal. Não tome duas doses ao mesmo tempo.

 

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Omeprazol tem efeitos colaterais?

Informe seu médico da ocorrência de efeitos, tais como:

 

Reação comum (ocorre entre ≥1% e <10% dos pacientes que utilizam este medicamento): cefaleia (dor de cabeça), diarreia, constipação, dor abdominal, náusea, flatulência (gases), vômito, regurgitação, infecção do trato respiratório superior, tontura, rash (erupção cutânea), astenia (fraqueza), dor nas costas e tosse.

 

Reação incomum (ocorre entre ≥0,1% e <1% dos pacientes que utilizam este medicamento): parestesia (sensação de formigamento), sonolência, insônia, vertigem. Aumento das enzimas hepáticas (alanina, aminotransferase, transaminase-glutâmico-oxalacética-sérica, transpeptidase-gamaglutamil, fosfatase alcalina e bilirrubina). Erupção ou prurido, urticária, mal estar.

 

Reação rara (ocorre entre ≥0,01% e <0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): confusão mental reversível, agitação, agressividade, depressão, alucinações (especialmente em estado grave), ginecomastia (crescimento de mamas em homens), xerostomia (boca seca), trombocitopenia (diminuição das plaquetas no sangue), agranulocitose (diminuição dos glóbulos brancos do sangue), pancitopenia (diminuição das células do sangue), encefalopatia hepática (em pacientes com insuficiência hepática grave preexistente), hepatite com ou sem icterícia, insuficiência hepática, artralgia (dor nas articulações), fraqueza muscular, mialgia (dor muscular), fotossensibilidade (sensibilidade à luz), eritema multiforme (manchas vermelhas planas ou elevadas, bolhas, ulcerações que podem acontecer em todo o corpo), síndrome de Stevens-Johnson (forma grave de reação alérgica caracterizada por bolhas em mucosas e grandes áreas do corpo), necrólise epidérmica tóxica (grandes extensões da pele ficam vermelhas e morrem), alopecia (queda de cabelo), reações de hipersensibilidade (angioedema, febre, broncoespasmo, nefrite intersticial, choque anafilático), aumento da transpiração, edema periférico, turvação da visão, alteração do paladar, hiponatremia (diminuição da concentração de sódio no sangue).

 

Muitos desses efeitos podem ocorrer normalmente e não necessitam de atenção médica. Esses efeitos indesejáveis podem desaparecer durante o tratamento assim que seu organismo se adequar à medicação. Seu médico pode também ser capaz de lhe dizer quais as maneiras de se prevenir ou reduzir muitos desses efeitos indesejáveis. Converse com seu médico se alguns desses efeitos persistirem ou incomodarem ou se você tiver dúvidas.

 

– Experiência pós-comercialização

As reações adversas descritas abaixo foram identificadas durante a comercialização de medicamentos contendo omeprazol. Estas reações foram relatadas espontaneamente por uma população de tamanho desconhecido, portanto não é possível estimar a real frequência ou estabelecer uma relação de causalidade com o medicamento.

 

Desordens cardíacas: angina, taquicardia (aumento da frequência cardíaca), bradicardia (diminuição da frequência cardíaca), palpitação.

 

Desordens da pele e tecido subcutâneo: eritema nodoso (nódulos vermelhos na pele), rash (erupção cutânea), inflamação da pele, petéquias (pequenos pontos vermelhos na pele), púrpura (presença de sangue fora dos vasos), pele seca.

 

Desordens do ouvido e labirinto: tinido (zumbido).

 

Desordens do sistema linfático e hematológicas: anemia, leucopenia (redução dos glóbulos brancos no sangue), leucocitose (aumento dos glóbulos brancos no sangue), neutropenia (diminuição dos neutrófilos no sangue), anemia hemolítica (anemia causada pela quebra de hemácias), anemia megaloblástica (produção de hemácias gigantes e imaturas).

 

Desordens do sistema nervoso: tremor, letargia. Desordens do sistema reprodutivo e mama: dor testicular.

 

Desordens do tecido músculo esquelético e conectivo: dor nas costas, espasmo muscular (cãibra), distúrbio muscular, fratura óssea, miosite (inflamação muscular), dor nos membros inferiores, rabdomiólise (ruptura das fibras musculares).

 

Desordens gastrintestinais: pancreatite, cólon irritável, descoloração fecal, estomatite, colite microscópica (inflamação do cólon), gastrite atrófica, polipose glandular fúndica do estômago (tipo de pólipo), hipergastrinemia (secreção excessiva de gastrina), esofagite (inflamação no esôfago), duodenite (inflamação no duodeno), distensão abdominal. Durante o tratamento prolongado, foi observada alta frequência de aparecimento de cistos glandulares gástricos. Essas alterações são consequências fisiológicas da pronunciada inibição da secreção ácida, sendo benignas e parecendo reversíveis.

Desordens genéticas, familiares ou congênitas: mutação genética.

 

Desordens gerais e problemas no local de administração: fadiga (cansaço), dor no peito, edema periférico (inchaço em braços e pernas), atrofia da mucosa da língua.

 

Desordens hepatobiliares: necrose hepática, doença hepatocelular, doença colestática (doença das vias biliares).

 

Desordens metabólicas e nutricionais: hipomagnesemia (diminuição da concentração de magnésio no sangue), hipoglicemia (diminuição da glicose no sangue), hipercalemia (aumento da concentração de potássio no sangue), diminuição da absorção de vitamina B12, anorexia (diminuição do apetite).

 

Desordens oculares: diplopia (visão dupla), irritação e inflamação ocular, síndrome do olho seco, atrofia óptica (perda de fibras do nervo óptico), neuropatia óptica isquêmica anterior (infarto do nervo óptico) e neurite óptica (inflamação do nervo óptico).

Desordens psiquiátricas: desordens psiquiátricas, desordens do sono, apatia, nervosismo, ansiedade, sonhos anormais.

 

Desordens renais e urinárias: polaciúria (aumento da frequência urinária), nefrite intersticial (inflamação do tecido renal), piúria microscópica (presença de leucócitos na urina), proteinúria (presença de proteína na urina), hematúria (presença de hemácias na urina), glicosúria (presença de glicose na urina), lesões renais, dificuldade urinária.

 

Desordens respiratórias, torácicas e mediastinais: epistaxe (sangramento nasal), dor de garganta, dispneia (dificuldade para respirar).

 

Desordens vasculares: hipotensão (diminuição da pressão arterial), vasculite leucoclástica cutânea (inflamação em vaso sanguíneo).

 

Infecções e infestações: infecções do trato urinário, pneumonia, candidíase esofágica, diarreia por Clostridium difficile, superinfecção.

 

Investigação: creatinina sérica elevada, aumento da pressão arterial, aumento de peso.

 

Lesão, envenenamento ou complicações por procedimentos: efeito carcinogênico.

 

Neoplasias benignas, malignas e indefinidas: câncer gastroduodenal tem sido reportado em pacientes com síndrome Zollinger Ellison em tratamentos longos com omeprazol e acredita-se ser uma manifestação da doença subjacente, que é conhecido por estar associado com tais tumores.

 

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através de seu serviço de atendimento. 

O que acontece se eu tomar uma dose elevada de omeprazol?

Os sinais de uma provável superdosagem de omeprazol são: visão embaçada, confusão, sonolência, secura na boca, batimentos cardíacos rápidos ou irregulares, dor generalizada, dor de cabeça, suor excessivo, náusea ou vômito. Muitos desses efeitos podem ocorrer normalmente e não necessitam de atenção médica. 

 

Esses efeitos indesejáveis podem desaparecer durante o tratamento assim que seu organismo se adequar à medicação. Seu médico pode também ser capaz de dizer quais as maneiras de se prevenir ou reduzir muitos desses efeitos.

 

Converse com o médico se alguns desses efeitos persistirem ou se você tiver dúvidas a respeito de: dor de estômago ou no abdômen; dor nas costas, dor no corpo, dor no peito, constipação (prisão de ventre), tosse, diarreia ou fezes amolecidas, dificuldade para respirar, fraqueza, dor de cabeça, azia, perda da voz, dor muscular, nariz entupido, náusea ou vômito, coriza, erupção ou coceira na pele, sintomas de resfriado, cansaço ou sonolência anormais.

 

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações. 

Onde comprar?

O nosso buscador e comparador de preços Cliquefarma faz o trabalho todo para você. Aqui você encontra quais as farmácias com o melhor preço de omeprazol e as melhores condições de entrega para comprar sem sair da sua casa! Confira agora mesmo! 

 

Gostaria de nos contar sua experiência tomando o omeprazol ou ainda tem alguma dúvida sobre o medicamento? Conte tudo pra gente nos comentários abaixo que lhe responderemos com prazer! 

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Tudo sobre Gases Intestinais

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Todo mundo vez ou outra sente os terríveis incômodos dos gases intestinais. E eles podem causar grande desconforto porque provocam distensão abdominal. Além disso, em determinadas circunstâncias, podem acabar até trazendo constrangimento social.

O ar engolido ou os gases formados no aparelho digestivo podem ser expelidos por via oral (arroto) ou via anal (gases intestinais ou flatos). A maior parte deles é produzida no intestino por carboidratos que não são quebrados na passagem pelo estômago. Como o intestino não produz as enzimas necessárias para digeri-los, eles são fermentados por bactérias que normalmente ali residem. Esse processo é responsável pela maior produção e liberação de gases.

 

Em alguns casos, por fatores genéticos ou porque adotaram uma dieta saudável com pouca gordura, mas rica em fibras e em carboidratos, algumas pessoas podem produzir mais gases. Contudo, a maioria das queixas parte de pessoas que produzem uma quantidade que os gastrenterologistas considerariam normal. Estudos demonstram que, em média, um adulto pode expelir gases vinte vezes por dia. De qualquer modo, há como prevenir a maior formação de gases, vamos ver neste artigo mais um pouco sobre isso.

Eliminando os gases por meio de flatos e eructação

Eliminar flatos, conhecido popularmente como pum, é normal e acontece a todo mundo. O mesmo pode se dizer em relação às eructações, conhecidas como arrotos. Todo mundo solta puns e arrotos, várias vezes por dia, às vezes, de forma até inconsciente.

 

Em alguns casos, o excesso de gases intestinais pode ser bastante incômodo, principalmente se ele for muito frequente, se tiver odor muito desagradável ou se estiver associado a sintomas desconfortáveis, tais como dor ou distensão abdominal.

 

Em geral, esse excesso de gases intestinais costuma estar relacionado à dieta, mas ele também pode ser um sinal de alguma doença do trato gastrointestinal, como, a síndrome do intestino irritável. 

 

O que vale frisar é que, na maioria dos casos, o excesso de gases pode ser resolvido, ou ao menos bastante amenizado, com alterações na dieta e em alguns hábitos de vida.

 

O ser humano elimina diariamente até 1,5 litro de gases pelo ânus em uma frequência de 10 a 20 flatos por dia. Boa parte deles pode passar despercebida. Os gases do sistema gastrointestinal são compostos basicamente por cinco elementos: Nitrogênio (N2), Oxigênio (O2), Dióxido de carbono (CO2), Hidrogênio (H2) e Metano (CH4). Os cinco juntos somam 99% dos elementos presentes no pum. O arroto tem composição parecida, porém é mais rico em oxigênio e nitrogênio.

Uma pergunta que muitas vezes pode surgir é : qual destes gases é o responsável pelo mau cheiro? Nenhum, são todos basicamente inodoros. A culpa também não é das fezes. Ao contrário do que se imagina, o pum não cheira mal por passar pelas fezes antes de ser eliminado. O que causa mau cheiro é o 1% restante de gases, compostos principalmente por enxofre, sendo principal, o ácido sulfídrico (sulfeto de hidrogênio). 

 

Isso nos explica por que nem todos os puns tem cheiro ruim. Se não houver um aumento da produção de gases com enxofre, o pum pode não ter cheiro incômodo.

De onde surgem os gases?

As bilhões de bactérias que vivem em nosso trato digestivo são basicamente as responsáveis por produzir os gases e participar do processo de digestão. Os gases intestinais são produzidos principalmente após metabolização de carboidratos, gorduras e proteínas ingeridas nos alimentos.

 

No caso dos gases produzidos no estômago, a origem principal é o ar engolido durante as refeições. Nós não reparamos, mas durante as refeições engolimos volumes enormes de ar. Também é comum haver deglutição de ar quando se mastiga um chiclete ou se fuma um cigarro. E ainda uma outra fonte de gases estomacais são as bebidas gaseificadas.

Grande parte do gases deglutidos são eliminados através das eructações, conhecidas popularmente como arrotos. Porém, se a pessoa tem o costume de deitar após as refeições, esses gases apresentam mais facilidade em seguir o caminho em direção aos intestinos do que retornar ao esôfago (já notou como é muito mais fácil arrotar quando se está sentado ou em pé em vez de deitado?), aumentando a eliminação de flatos.

Quais alimentos responsáveis por causar mais gases?

Alguns tipos de carboidratos são mais difíceis de serem digeridos no intestino delgado e, por isso, chegam em grande quantidade ao cólon, onde são metabolizados pelas bactérias. Os principais carboidratos mal digeridos são os oligossacarídeos (como principais exemplos, podemos citar a maltose = glicose + glicose, lactose = galactose + glicose e sacarose = glicose + frutose).

 

Os alimentos que mais causam gases intestinais são:

 

  • Feijão
  • Ovos  .
  • Cerveja (escura).
  • Leite.
  • Batata.
  • Milho.
  • Farelo de trigo.
  • Brócolis.
  • Aspargos.
  • Alho.
  • Repolho.
  • Bebidas gaseificadas.
  • Couve-flor.
  • Cebolas.
  • Refrigerantes.

 

Os gases aparecem por culpa do oligossacarídeo, presente em abundância nesses alimentos. O intestino delgado não tem as enzimas necessárias para digeri-lo completamente, então, ao chegar ao intestino grosso, o oligossacarídeo é fermentado por bactérias presentes na flora, levando à formação de gases.

 

Falta de exercício físico, constipação intestinal, intolerância à lactose e alterações da flora bacteriana dos intestinos por uso de antibióticos também podem causar aumento da produção de gases. Sexo anal passivo é outra causa.

 

O enxofre, que causa o odor desagradável do pum, normalmente é produzido após ingestão de proteínas. A carne de porco, por exemplo, costuma causar flatos com cheiro forte.

 

Vale ressaltar ainda que, a ansiedade pode acelerar o trânsito intestinal, levando mais alimentos mal digeridos ao cólon, fornecendo mais substrato para as bactérias que produzem gases.

Quando devo me preocupar com o excesso de gases?

Estudos mostram que a maioria dos pacientes que se queixam de excesso de gases intestinais, na verdade apresentam a mesma quantidade de gases que a média da população. Esse paciente tem é uma maior sensibilidade à presença de gases.

 

O ser humano elimina em média 500 a 1500 ml de gases através dos flatos. Por exemplo, uma pessoa pode se sentir desconfortável se sua eliminação diária de gases for normal, mas próxima de 1300-1500 ml. Às vezes, ela entra em uma dieta mais cuidadosa que faz com que reduza a produção de gases para menos de 1000 ml por dia, eliminando o mal-estar. Ou seja, não é preciso ter excesso de gases, para se sentir com excesso de gases.

 

Pacientes com síndrome do intestino irritável ou com dispepsia funcional costumam tolerar mal pequenos aumentos na produção de gases intestinais.

 

Na grande maioria dos casos, o excesso de gases intestinais não indica nenhuma doença, não importando se há ou não odor forte. Os sinais de gravidade estão na presença de outros sintomas associados, como perda de peso, diarreia crônica, anorexia, anemia, sangramentos e dor abdominal. Nestes casos, uma visita ao médico é importante.

Algumas doenças e condições que podem causar excesso de produção de gases

Intolerância à lactose

A intolerância à lactose acontece como consequência de um outro problema: a deficiência de lactase. Ela ocorre quando o intestino delgado deixa de produzir a quantidade necessária da enzima lactase, cuja função é quebrar as moléculas de lactose e convertê-las em glucose e galactose. A presença de lactose no organismo se dá por meio da ingestão de leite e seus derivados.

As causas para a intolerância à lactose variam de acordo com o seu tipo:

Intolerância à lactose primária

Durante a infância, o corpo produz muita enzima lactase, pois o leite é a fonte primária de nutrição após o nascimento. Geralmente, o corpo diminui a quantidade de lactase produzida conforme a pessoa vai envelhecendo e sua dieta variando, com o acréscimo de novos tipos de alimentos. Com o tempo, esse declínio na produção de lactase pode levar a um quadro de intolerância à lactose.

Intolerância à lactose secundária

Este é o tipo de intolerância que ocorre quando o intestino delgado deixa de produzir a quantidade normal de lactase por causa de alguma doença, cirurgia ou agravo. Algumas condições que podem levar a este quadro são a doença celíaca, gastroenterite e a doença de Crohn, por exemplo. O tratamento da condição inerente a esse tipo de intolerância pode resolver o problema.

Intolerância à lactose congênita

É possível, embora raro, que bebês nasçam com intolerância à lactose por causa da deficiência total de lactase no organismo. Essa condição é conhecida como herança autossômica recessiva e é passada de geração em geração. É uma condição rara porque significa que tanto o pai quanto a mãe precisam transmitir o gene da intolerância à lactose para o filho para que ele apresente o problema.

Sintomas de Intolerância à lactose

Os sintomas de intolerância à lactose geralmente começam cerca de trinta minutos a duas horas depois de a pessoa ingerir alimentos ou bebidas que contenham lactose. Entre os sintomas estão:

 

  • Diarreia
  • Náusea e, às vezes, vômito
  • Dores abdominais e inchaço causados pela formação dos gases.

 

A intensidade dos sintomas varia de acordo com a ocasião, mas eles costumam ser amenos.

 

Um dos sintomas mais comuns da intolerância à lactose é o excesso de gases intestinais: Na intolerância à lactose, não se consegue digerir a lactose que é ingerida. Quando essa lactose chega não digerida no intestino ela é fermentada pelas bactérias intestinais. Essa fermentação gera muitos gases, principalmente de hidrogênio.

 

O excesso de gases, contudo, não é o único sintoma da intolerância à lactose. Os sintomas mais frequentes são dor abdominal, diarreia, náuseas, vômitos e gases. 

 

Como tratar a intolerância à lactose?

Não existem tratamentos para a intolerância à lactose. Mas você pode adicionar enzimas lactase ao leite normal ou tomá-las em forma de cápsulas e comprimidos mastigáveis.

 

Pessoas com esse problema geralmente evitam alimentar-se ou ingerir produtos que contenham lactose. Pode-se usar medicações que atacam os sintomas, como analgésicos para dor abdominal, antiemético para náuseas e simeticona para os gases, no entanto, essas são medidas paliativas e o ideal é evitar derivados lácteos se você tem esse tipo de intolerância.

 

Intolerância alimentar

A intolerância alimentar (também conhecida como alergia tardia, hipersensibilidade alimentar ou alergia tipo III) consiste em reações não tóxicas, as quais podem ser causadas por alimentos (proteínas) reconhecidos como estranhos pelo organismo levando a reações mediadas principalmente por IgG. 

 

Mais de 80 % das reações imunológicas tem sua origem no intestino que garantem uma barreira quase intransponível contra bactérias, vírus e outros agentes patogênicos. 

 

É importante saber que esses alimentos ou  substâncias e/ou fragmentos de proteínas (macromoléculas), inflamam a mucosa intestinal, aumentam a permeabilidade, caem na circulação e são reconhecidos pelo sistema imunológico como elementos estranhos e agressores. São combatidos por este sistema, formando imunocomplexos (Ag-Ac) , que se não forem neutralizados ou fagocitados,  serão depositados em órgão ou tecidos levando a processos inflamatórios e revelando sinais e sintomas. 

 

A literatura médica mundial, para o assunto, descreve mais de 150 sinais e sintomas associados à incompatibilidade, hipersensibilidade ou intolerância alimentar. Por isso que com este processo instalado dizemos que o paciente é intolerante a determinado alimento. 

 

Excluindo o alimento da dieta por certo tempo ( mínimo 90 dias), tratando a mucosa intestinal e recompondo a microbiota intestinal, o alimento poderá ser reintroduzido à rotina do indivíduo observando sempre a frequência e quantidade.

 

Atualmente, cerca de 45% da população sofre com sintomas relacionados à intolerância alimentar e tal assunto é pouco discutido. 

 

Sinais e sintomas

Pesquisas mostram que a intolerância alimentar pode estar associada a anticorpos IgG elevados pelo sistema imunológico ao ingerirmos certos alimentos. Em circunstâncias normais, esses anticorpos formam complexos com proteínas dos alimentos. Esses complexos são eliminados por nosso sistema imunológico sem causar sintomas. 

 

Se os sistemas imunológico ou digestivo estiverem comprometidos, esses complexos podem se depositar no corpo, causando inflamação, resultando em uma vasta gama de sintomas, como fadiga, síndrome do intestino irritável (SII), inchaço, gases intestinais, enxaqueca ou obesidade. 

 

Assim, nosso organismo percebe o alimento como sendo um alimento “problemático”. Os sintomas podem durar por muitos dias e são geralmente intermitentes, dificultando a identificação dos alimentos que seu corpo não tolera. A intolerância alimentar não deve ser confundida com a alergia alimentar. 

Intolerância alimentar tem cura?

Não existe um tratamento específico para curar a intolerância alimentar, mas alguns pacientes podem alcançar a cura quando excluem, durante 3 meses no mínimo, o alimento a que é intolerante. Nestes casos, quando o indivíduo volta a introduzir o alimento na dieta pode ser que consiga digeri-lo melhor, sem que se manifestem os sintomas de intolerância alimentar.

 

Vale ressaltar, porém, que esta estratégia deve ser orientada por um nutricionista ou nutrólogo, pois ela só resulta em alguns casos, de acordo com a causa da intolerância alimentar. Nos casos em que esta estratégia não solucione, o indivíduo tem que excluir completamente da dieta, durante toda a vida o alimento a que é intolerante ou tomar enzimas que consigam digerir esse alimento.

Teste da intolerância alimentar

O teste de intolerância alimentar pode ser requisitado pelo médico alergologista e pode ser feito através de um exame de sangue ao indivíduo, onde se observa a resposta do organismo quando são ingeridos determinados alimentos. Há laboratórios que conseguem verificar a intolerância alimentar em mais de 200 tipos de alimentos, o que é muito útil para o diagnóstico e para o tratamento.

 

Tratamento

O tratamento para intolerância alimentar consiste em retirar da alimentação todos os alimentos que não sejam corretamente digeridos pelo indivíduo, por um período de pelo menos 90 dias.

 

Por isso, os indivíduos que possuem intolerância alimentar ao ovo, por exemplo, não podem comer ovo frito, ovo cozido, e nem nada que tenha sido preparado com o ovo, como bolos, biscoitos e tortas, o que pode dificultar um pouco sua alimentação, e por isso é importante que o médico ou nutricionista indique quais as substituições que o indivíduo deverá fazer para garantir que seu corpo receba todos os nutrientes necessários e desta forma evitar as carências nutricionais.

 

Além disso, em alguns casos pode ser possível o paciente ingerir remédios com enzimas que ajudem a digerir os alimentos a que são intolerantes. Quando identificada (a intolerância alimentar), o tratamento pode melhorar a qualidade de vida e bem estar do ser humano consideravelmente.

Síndrome do intestino irritável

A síndrome do intestino irritável é uma doença funcional comum do trato digestório, crônica, que afeta os intestinos (grosso e delgado) e que exige acompanhamento médico no longo prazo.

 

Principais causas

As paredes dos intestinos são revestidas com músculos que se contraem e relaxam conforme o alimento ingerido vai passando do estômago em direção ao reto. Na síndrome do intestino irritável, as contrações podem ser mais fortes e podem durar mais tempo do que o normal, fazendo com que surjam alguns sintomas característicos da doença, como dor abdominal, gases, flatulência e diarreia

 

Pode ser, ainda, que aconteça justamente o oposto, com contrações intestinais mais fracas que o normal, o que retarda a passagem de alimentos e leva a fezes mais endurecidas.

 

Não se sabe exatamente o que leva uma pessoa a desenvolver a síndrome do intestino irritável, mas uma combinação de fatores pode estar envolvida, por exemplo:

 

Alimentos

Ainda não se sabe como alergias ou a intolerância alimentar podem estar relacionadas à síndrome do intestino irritável, mas os sintomas costumam aparecer após uma pessoa comer determinados alimentos, como chocolate, especiarias, gorduras, frutas, feijão, repolho, couve-flor, brócolis, leite, bebidas gaseificadas, álcool, entre outros.

 

Estresse

A maioria das pessoas com síndrome do intestino irritável notam que, durante momentos de estresse, os sintomas da doença costumam ser agravados. No entanto, os pesquisadores defendem a ideia de que apesar do estresse ser um fator agravante, ele não é uma possível causa que leva ao desenvolvimento da síndrome em uma pessoa.

 

Hormônios

As mulheres são duas vezes mais propensas a apresentar a síndrome, por essa razão os pesquisadores acreditam que as mudanças hormonais podem desempenhar um importante papel. Além disso, muitas mulheres acreditam que os sinais e sintomas da doença são piores durante ou em períodos próximos à menstruação.

 

Outras doenças ou condições

Às vezes, uma outra doença, como um episódio agudo de diarreia infecciosa (gastroenterite) ou o crescimento excessivo de bactérias normais do intestino podem, por exemplo, desencadear a síndrome do intestino irritável.

 

Quais os fatores de risco?

Muitas pessoas têm sinais e sintomas da síndrome do intestino irritável ocasionalmente, mas algumas são mais propensas a desenvolver a doença. Essas são:

 

  • Pessoas até 45 anos de idade
  • Pessoas do sexo feminino. A doença atinge a aproximadamente o dobro de mulheres do que homens
  • Ter histórico familiar da doença
  • Ter algum problema de saúde mental, como ansiedade, depressão, transtorno de personalidade e traumas.

 

Sintomas 

Os sinais e sintomas da síndrome do intestino irritável podem variar muito de pessoa para pessoa e são, muitas vezes, semelhantes aos sintomas de outras doenças. Os mais comuns são:

 

  • Dor abdominal ou cólicas
  • Sensação de inchaço
  • Gases
  • Diarreia ou constipação – às vezes alternando crises entre os dois problemas
  • Muco nas fezes.

 

A síndrome do intestino irritável, apesar de ser uma doença crônica na maioria dos casos, há momentos em que os sintomas manifestados são piores e momentos em que eles são melhores. Algumas fases podem também ser completamente assintomáticas.

 

Qual o tratamento?

Como não se sabe exatamente o que leva à síndrome do intestino irritável, o objetivo do tratamento é aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. Ele pode ser feito pelo uso de medicamentos específicos para a síndrome.

 

Mudanças no estilo de vida do paciente são fundamentais para o funcionamento do tratamento. Incorporar suplementos de fibra e de medicamentos anticolinérgicos, antiespasmódicos, antidepressivos (em doses menores) e remédios contra a diarreia devem vir acompanhados de alterações radicais na dieta, com a eliminação de bebidas gaseificadas, alimentos gordurosos e glúten da alimentação diária.

 

Nós sempre enfatizamos em nossos artigos aqui do blog que somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, assim como a dosagem correta e a duração do tratamento

 

Incentivamos ainda a sempre seguir à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedicar. Também não é aconselhável interromper o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

 

Doença celíaca

A doença celíaca é uma reação exagerada do sistema imunológico ao glúten, proteína encontrada em cereais como o trigo, o centeio, a cevada e o malte. De origem genética, pode causar diarreia, anemia, perda de peso, osteoporose, câncer e até déficit de crescimento em crianças.

 

O corpo de quem tem o problema não possui uma enzima responsável por quebrar o glúten. Como a proteína não é processada direito, o sistema imune reage ao acúmulo e ataca a mucosa do intestino delgado. Isso causa lesões e prejudica o funcionamento do órgão.

 

O Ministério da Saúde tem um artigo em que afirma que a falta de informação sobre a doença e dificuldade de acesso aos meios diagnósticos reduzem as possibilidades de tratamento adequado e consequente melhora clínica. Inclusive, alguns estudos revelam que o problema atinge pessoas de todas as idades, mas compromete principalmente crianças de 6 meses a 5 anos. Também foi observada uma frequência maior entre mulheres, na proporção de duas mulheres para cada homem.

 

Ela costuma dar os primeiros sinais entre essa idade de vida porque é o período em que muitos dos cereais são introduzidos na dieta das crianças. Mas há casos em que o diagnóstico só acontece na vida adulta, quando o indivíduo já apresenta carências nutricionais graves, pela falta de sintomas específicos.

 

Principais sinais e sintomas

  • Barriga estufada
  • Gases
  • Ânsia de vômito
  • Diarreia
  • Irritabilidade
  • Perda de peso
  • Lesões na pele
  • Queda de cabelo

Fator de risco mais relevante

  • Predisposição genética: familiares de pacientes celíacos têm maior risco de desenvolver o quadro

Diagnosticando a doença celíaca

Com sintomas parecidos a diversos outros problemas gastrointestinais, não é fácil ter certeza de que o glúten é o responsável pelo incômodo. Casos confirmados de doença celíaca na família ajudam o médico a direcionar a investigação. O diagnóstico inclui exame de sangue, que verifica a presença de anticorpos específicos do problema. Mas, sozinho, esse teste não é suficiente.

 

Para confirmar a detecção, o gastroenterologista prescreve a biópsia do intestino delgado. Essa é a única maneira de flagrar com certeza a doença celíaca. Com esse exame, é possível verificar se as vilosidades, pequenas dobras do órgão responsáveis pela absorção de nutrientes, estão atrofiadas.

E como funciona o tratamento?

Não existem medicamentos ou procedimentos específicos para tratar a doença celíaca. A única maneira de se livrar dos transtornos intestinais e evitar complicações é eliminar todos os produtos com glúten do cardápio. A lista de alimentos que devem ser evitados é extensa. Pão, macarrão, pizza e pastel devem sair da dieta. Há produtos que possuem glúten e pouca gente sabe. Exemplos desses são os molhos prontos, as sopas instantâneas, os achocolatados em pó e até cerveja.

 

Consultar um nutricionista vai ajudar a tirar dúvidas sobre a dieta restritiva e orientar como substituir os itens que não podem entrar na dieta. Farinha de milho, de arroz e de mandioca, por exemplo, estão livres da substância. A lei brasileira ainda obriga que a indústria de alimentos informe no rótulo se aquele produto contém glúten ou não.

 

Vale lembrar também que nem todo paciente celíaco tem o mesmo grau da doença. Há casos sensíveis em que apenas 50 miligramas da proteína — o equivalente a um centésimo de uma fatia de pão — já lesionam as paredes do intestino. Em outros casos uma pequena quantidade de glúten é tolerada.

 

Após suspender o consumo da proteína de trigo, cevada e centeio, a mucosa do intestino começa a se recuperar. Em geral, o órgão fica novo em folha dentro de 1 a 2 anos depois do corte total de glúten.

 

Existe prevenção?

Até o momento, não existem maneiras de impedir o aparecimento da doença celíaca. Porém, como a genética está envolvida no processo, o histórico familiar pode ajudar no diagnóstico precoce, o que aumenta as chances de adaptar a dieta e evitar lesões no intestino.

Diagnóstico dos gases intestinais em excesso

É indicado buscar ajuda médica quando a pessoa está eliminando gases mais vezes do que o normal, ou apresenta dores frequentes devidas ao sintoma.

 

Outros fatores que, combinados com a presença dos gases, empreende contatar o médico são:

  • Dor abdominal prolongada
  • Sangue nas fezes
  • Mudanças na cor, textura ou na frequência em que se evacua
  • Dores no peito
  • Perda de peso não intencional
  • Náusea ou vômitos recorrentes.

 

Caso os gases intestinais sejam tão frequentes que interfiram na qualidade de vida do paciente, é importante falar sobre o sintoma com o médico clínico geral, pois existem tratamentos que podem minimizar o problema.

Tratamento

Não adianta, o modo mais fácil de controlar os gases intestinais é através de uma dieta equilibrada e preventiva. Evite alimentos que sabidamente agravam seus sintomas. Estes podem incluir laticínios, algumas frutas e legumes, cereais integrais, adoçantes artificiais e refrigerantes. 

O feijão não precisa deixar de ser consumido, uma dica em relação ao seu cozimento é deixá-lo de molho durante a noite e trocar a água antes de cozinhá-lo.

 

Outra coisa importante a se fazer é manter um registro de alimentos e bebidas que você ingere para conseguir identificar quais delas são mais incômodas. O que pode causar gases em alguém, não necessariamente causará em outra pessoa e vice-versa. Também é importante praticar exercícios e evitar ao máximo o estresse.

 

Existem pastilhas de carvão ativado, à venda em farmácias, que ajudam a neutralizar os gases intestinais. Mas atenção: se você toma medicamentos regularmente, o carvão ativado pode inutilizá-los, sendo contraindicado nesses casos. Um medicamento chamado Beano ajuda a diminuir os gases intestinais. O salicilato de bismuto é uma opção para quem se queixa de flatos com mau cheiro.

 

Pessoas ansiosas apresentam deglutição de grande quantidade de ar, chamado de aerofagia, que causa desconforto abdominal por distensão do estômago, que por sua vez, leva a mais ansiedade. O controle da ansiedade alivia os sintomas do excesso de gases.

Medicamentos para Gases

O tratamento vai variar de acordo com o diagnóstico estabelecido pelo médico. Por isso, somente um especialista capacitado pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, assim como a dosagem correta e a duração do tratamento. Os medicamentos mais comuns no tratamento de gases são:

 

  • Dimeticona
  • Dimezin
  • Dimezin Max
  • Flagass
  • Luftal (comprimido)
  • Motilium
  • Simeticona

Prevenção dos gases intestinais

É fato que não há uma forma efetiva para prevenir todos os tipos de gases, até porque é uma condição normal que faz parte da digestão. Contudo, ter uma dieta equilibrada, realizar exercícios físicos regulares, tratar da constipação, não ingerir bebidas gaseificadas e não utilizar gomas de mascar pode ajudar.

 

Tem mais alguma dúvida sobre os gases intestinais ou gostaria de nos fazer alguma sugestão sobre o assunto? Comente abaixo no nosso quadro de comentários que teremos prazer em interagir com você!

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Simeticona – Para que serve?

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A simeticona é um princípio ativo indicado para pacientes com excesso de gases no aparelho digestivo. O acúmulo de gases no estômago e no intestino chama-se flatulência, que causa desconforto abdominal, aumento do volume abdominal, dor ou cólicas no abdômen. A eliminação desses gases alivia estes sintomas. 

A simeticona também pode ser usada como medicação auxiliar no preparo dos pacientes em exames médicos, tais como endoscopia digestiva (exame do interior do esôfago, estômago e intestino) e/ou colonoscopia (exame do interior do intestino grosso).

Mecanismo de ação esperado de Simeticona

Entre 10 e 30 minutos após a sua ingestão, a simeticona atua no estômago e no intestino, diminuindo a tensão superficial dos líquidos digestivos, levando ao rompimento das bolhas, ou à formação de bolhas maiores que serão facilmente expelidas. 

 

As bolhas dos gases são as responsáveis pela dor abdominal e pela flatulência (acúmulo de gases), e a sua eliminação resulta no alívio dos sintomas associados com a retenção dos gases.

Quais laboratórios fabricam e disponibilizam Simeticona?

São vários os laboratórios que fabricam e disponibilizam no mercado atualmente a Simeticona. Entre eles, podemos destacar Dimeftal de Geolab, na apresentação de comprimidos, Dimetigass da Cimed e Dimezin da Teuto, em forma de emulsão em gotas, Klufisan da Sandoz, que tem três apresentações do fármaco: cápsula, comprimido e emulsão. E também o conhecido Luftal de Bristol, na apresentação de comprimido, emulsão e cápsula.

 

Esse princípio ativo também está devidamente registrado na ANVISA na classe terapêutica de medicamentos adsorventes e antifiséticos intestinais simples.

Diferenças entre Dimeticona e Simeticona

A Dimeticona é um silicone fluido, com propriedades antiespumantes, usado como barreira tópica para proteger a pele. Há algumas formulações de protetor solar que apresentam esta substância.

 

Simeticona é a forma ativada da dimeticona, contendo dióxido de silicone finamente dividido, para aumentar suas propriedades. Esse fármaco diminui a tensão superficial das bolhas de gás presentes no trato gastrintestinal, facilitando sua eliminação.

 

Deve-se lembrar que a simeticona também é usada como adjuvante no tratamento de várias condições clínicas em que a retenção de gases possa ser um problema, como distensão gasosa pós-operatória, aerofagia, dispepsia, cólica infantil, úlcera péptica, cólon espásmico ou irritável, e diverticulite, entre outros. 

 

Essa substância parece útil como adjuvante a vários procedimentos tais como colonoscopia e radiografia intestinal. Assim, dimeticona e a simeticona apresentam aplicações diferentes; a nomenclatura correta para o fármaco antiflatulento é simeticona. Apesar disso, no Brasil, ainda é comum o uso dos dois termos como sinônimos, porém, isso é feito erroneamente.

Cólica do bebê o que é? Quais os benefícios da Simeticona nessa questão?

Todos nós sabemos o quanto os pais sofrem com isso, e é algo que nos angustia muito, tanto aos pais quanto aos pediatras. 

 

Quando nasce, o bebê é completamente indefeso e dependente: não sabe se alimentar sozinho, e sua audição e visão são pouquíssimas desenvolvidas. Não sabe sentar, nem andar e muito menos falar, precisa de ajuda para tudo! Entretanto, assim que nascem, eles se expressam de uma forma: o choro. Esta é a sua única forma de comunicação com o mundo. Uma vez entendendo o contexto de nascimento do bebê, as dificuldades que ele passa, podemos entender melhor porque existem as cólicas.

Afinal, o que é a cólica do bebê?

A cólica nada mais é do que uma condição de estresse significativo do bebê sob a forma de choro!  Podemos dizer que ela ocorre quando um bebê saudável apesar de bem alimentado apresenta um choro inconsolável, que ocorre geralmente no final da tarde. 

 

Consideramos que seja cólica quando o bebê chora por mais de três horas seguidas, com uma frequência de mais de três vezes por semana e duração desses episódios por três semanas ou mais. O choro costuma ser mais irritado e nada parece dar conforto ou consolo, mesmo após ter feito várias coisas…pois é, essa é uma das questões mais frustrantes do universo materno!

 

A cólica geralmente começa em torno das 2 semanas de vida de um bebê nascido a termo. Em bebês prematuros a cólica começa mais tarde, geralmente duas semanas após a data provável do parto (corrigida para 40 semanas). O bom de tudo isso é que ela acaba! Lá pelos 3 a 4 meses, o bebê passa a ter cada vez menos cólica, até não apresentar mais! Se vocês, pais e mães estão passando por isso, respirem fundo e pensem que daqui a algumas semanas isso vai acabar!

Por que ela ocorre?

Na verdade, não existe um único fator que é responsável pela cólica, mas uma somatória de fatores, o bebê não nasce preparado para o mundo, muitas de suas funções ainda não são bem desenvolvidas, como o próprio sistema digestivo, ainda imaturo, ao receber alimento pela primeira vez.

 

Além disso, o bebê se alimenta pela primeira vez ao nascimento, antes disso, ele recebia tudo pela placenta! O intestino, ao receber alimento apresenta contrações chamadas peristaltismo. Essas contrações do bebê ainda estão desorganizadas, o que pode provocar dor, além da sensibilidade a elas estar aumentada. Isso nada mais é do que um processo de adaptação do nosso corpo.

 

Lembre-se que a presença de gases devido a digestão do alimento, no caso o leite, também podem provocar dor igualmente causa no adulto! Outras condições que podem piorar a cólica do bebê são alergia à proteína do leite de vaca (APLV) e doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). 

 

Essas duas condições são consideradas doenças e o pediatra deve estar atento a elas! Geralmente elas causam outros sintomas que as distingue das cólicas isoladas, e estão associados a baixo ganho de peso, mas elas pioram e muitos as cólicas do bebê! Uma vez tratadas, as cólicas tendem a melhorar significativamente.

Atenção: as cólicas são uma condição benigna do bebê. Caso haja alguma anormalidade, o pediatra deverá ser consultado.

Resumindo as principais questões sobre cólica em bebês 

Lembre-se então que a cólica do bebê ocorre por uma soma de fatores: como uma resposta aos estímulos externos, seja estresse materno, tensão familiar ou excesso de estímulo (visitas por exemplo), devido à imaturidade intestinal, tanto pelo peristaltismo aumentado como pela maior sensibilidade a essas contrações, e a presença de gases formados a partir da digestão do leite.

 

As cólicas são caracterizadas por: episódios de choro previsíveis, choro intenso e inconsolável, choro que ocorre sem uma razão aparente e mudanças posturais.

 

Tanto a simeticona como a dimeticona são medicamentos muito utilizados para cólicas e gases. Eles nada mais são do que um silicone antiespumante, que tem como função diminuir a tensão superficial das bolhas de ar do intestino, e assim aliviar o mal estar que os gases provocam em bebês, crianças e adultos. A simeticona não é absorvida pelo organismo, por isso não há risco de reações adversas e efeitos colaterais.

 

Pesquisas e estudos da relação da simeticona com cólica em bebês

 

Não adianta, as cólicas intestinais são comuns nos primeiros meses de vida, afetando cerca de 4% a 28% das crianças no mundo, variando de acordo com a região geográfica pesquisada e a definição usada. 

 

Embora já comentamos que a cólica pode ser autolimitada e geralmente desaparece espontaneamente até o quarto mês de vida, para os pais esse é um problema que precisa ser tratado. Diversos tipos de substâncias para o alívio das cólicas, como remédios convencionais, açúcares e agentes fitoterápicos, foram testadas para reduzir a gravidade dos sintomas e os episódios de choro dos bebês.

 

Em um artigo feito pela Cochrane Library analisando estudos clínicos randomizados com o objetivo de avaliar a efetividade e segurança de substâncias para o alívio da dor provocada pela cólica em bebês com menos de quatro meses de vida, constatou-se:

 

O encontro de 18 ensaios clínicos randomizados (estudos em que os participantes foram sorteados para diferentes grupos de tratamento) envolvendo 1.014 bebês com cólica. 

 

Os participantes dos estudos eram bebês com 2 até 4 meses de vida, de ambos os sexos. Todos tinham cólicas, identificadas de duas formas diferentes. Alguns estudos definiram as cólicas como as que levavam a choro inconsolável em bebês saudáveis, que durava mais de três horas por dia, mais de três vezes por semana, por mais de três semanas. Outros estudos definiram cólicas como episódios de gritaria e choro (geralmente à tarde ou no início da noite), em que os bebês não respondiam ao consolo dos adultos.

 

Quatro estudos avaliaram os efeitos da simeticona (medicamento usado para reduzir gases intestinais), quatro estudos testaram fitoterápicos (medicamentos derivados de plantas que podem ter ação relaxante, com redução de espasmos e dores intestinais), dois estudos avaliaram o uso de açúcares e cinco estudos avaliaram os efeitos da diciclomina. 

 

Dois estudos testaram o brometo de cimetrópio (remédio que reduz os espasmos dos músculos intestinais). Um estudo comparou o uso de sacarose e chá de ervas em um grupo de bebês que não recebeu nenhum outro tipo de tratamento para cólica.

 

Dos 18 estudos, 16 compararam a intervenção contra um placebo. Dos outros dois estudos, um comparou a simeticona com Mentha piperita e o outro comparou duas diferentes dosagens do cimetrópio.

 

Os dados disponíveis não fornecem evidências de que o açúcar, a diciclomina e o cimetrópio são efetivos no tratamento da cólica dos bebês. Algumas evidências sugerem que, comparados com o placebo ou nenhum tratamento, os fitoterápicos podem reduzir o tempo de choro. Porém, devido à baixa qualidade desses estudos e à variação da extensão dos benefícios, esses resultados devem ser interpretados com cuidado. A qualidade das evidências para o uso de açúcar, diciclomina e cimetrópio foi considerada de muito baixa a baixa.

Os resultados foram que bebês com cólica durante os primeiros quatro meses de vida se beneficiam do uso de remédios para aliviar ou prevenir dores, em comparação com bebês que não recebem nenhum remédio ou recebem um placebo (substância idêntica ao medicamento de comparação, porém sem ingrediente ativo).

Quais as precauções e advertências de Simeticona?

Não existem recomendações especiais sobre o uso de simeticona.

 

Não existem recomendações especiais para pacientes idosos. Apenas que os comprimidos não são recomendados para crianças. 

 

Não utilize dose maior que a recomendada.

Interações medicamentosas de Simeticona

Não são conhecidas interações de simeticona com outros medicamentos ou alimentos.

Uso de Simeticona na gravidez e amamentação

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

 

Se você estiver grávida ou amamentando, você deve informar seu médico antes de usar este medicamento.

 

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. 

Simeticona possui contraindicações e riscos? 

Simeticona é contraindicado caso você tenha alergia ou sensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula. 

Não use este medicamento se você apresentar algum dos seguintes sintomas: 

 

  • Distensão abdominal grave (grande aumento do volume abdominal); 
  • Cólica grave (dor na barriga de forte intensidade); 
  • Dor persistente (mais que 36 horas); 
  • Massa palpável na região do abdômen. 

 

Não há contraindicação relativa a faixas etárias.

Qual a posologia, dosagem e instruções de uso de Simeticona?

Não há estudos dos efeitos de simeticona comprimidos administrada por vias não recomendadas. 

 

Portanto, por segurança e para eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente pela via oral. 

 

Tomar 1 comprimido 3 vezes ao dia, junto das refeições.  Você deve engolir o comprimido com um pouco de água. As doses podem ser modificadas a critério do médico.

 

A dose máxima diária de simeticona comprimidos deve ser limitada a 500 mg (12 comprimidos). 

 

A simeticona gotas (30 gotas/mL): 

Crianças – lactentes: 4 a 6 gotas, 3 vezes ao dia. 

Até 12 anos: 6 a 12 gotas, 3 vezes ao dia. 

Acima de 12 anos e Adultos: 16 gotas, 3 vezes ao dia. 

 

Você pode administrar as gotas diretamente na boca, ou diluir em um pouco de água ou outro alimento. As doses podem ser modificadas à critério do médico. A dose máxima diária de simeticona emulsão gotas deve ser limitada a 500 mg (200 gotas). 

 

VOCÊ DEVE AGITAR O FRASCO DE SIMETICONA GOTAS ANTES DE USAR. 

 

Você pode usar simeticona cápsulas 4 vezes ao dia, após as refeições e ao se deitar, ou quando recomendado pelo seu médico. 

 

Você não deve ingerir mais de 500 mg (4 cápsulas) de simeticona por dia. 

 

Ao utilizar simeticona, você deve engolir a cápsula, e não mastigá-la. As cápsulas gelatinosas são moles e fáceis de engolir. 

 

A cápsula gelatinosa, assim como o comprimido, não devem ser partidos, abertos ou mastigados. 

 

Siga corretamente o modo de usar. Em caso de dúvidas sobre este medicamento, procure orientação do farmacêutico. Não desaparecendo os sintomas, procure orientação de seu médico ou cirurgião-dentista.

 

Se você esqueceu de tomar simeticona, tome a próxima dose no horário correto.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico ou cirurgião-dentista.

 

Armazenamento correto, data de fabricação, prazo de validade e aspecto físico de Simeticona

Este medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC). Proteger da umidade.

 

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. 

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento 

Simeticona se apresenta na forma de comprimido na cor branca, circular, plano, vincado em uma das faces, a simeticona gotas é uma emulsão homogênea, de cor rosa intenso, com odor e sabor de morango, isenta de impurezas. Já a cápsula gelatinosa se apresenta de forma mole de cor verde.

 

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo. 

 

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças. 

Reações adversas de Simeticona

A simeticona não é absorvida pelo organismo. 

 

Ela atua somente dentro do aparelho digestivo, e é totalmente eliminada nas fezes, sem alterações. 

 

Portanto, reações indesejáveis são menos prováveis de ocorrer: 

 

  • Eczema de contato (inflamação na pele); 
  • Em casos raros: reações imediatas como urticária (alergia na pele). 

 

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. 

 

Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

E em caso de superdosagem de Simeticona?

Experiência de superdose após a comercialização é limitada, sendo registrada com ou sem sintomas. Sintomas podem incluir diarreia e dor abdominal. 

 

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações. 

 

Experiência de superdose após a comercialização é limitada, sendo registrada com ou sem sintomas. Sintomas podem incluir diarreia e dor abdominal. 

Onde comprar?

Você pode acessar agora mesmo o Cliquefarma! Um comparador de preços que vai lhe informar qual o melhor e a condição de entrega de medicamentos que contenham simeticona mais vantajosa na sua região, acesse já e adquira o seu no conforto do seu lar!

 

Conseguiu tirar suas dúvidas a respeito deste medicamento? Se quiser nos contar sua experiência fazendo uso dele, comente abaixo que teremos todo o prazer em interagir com você!

 

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Aptamil, alimento especial para bebês e crianças

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Aptamil faz parte da linha de leites infantis da Danone, ele foi especialmente desenvolvido para fornecer aos bebês os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento, levando em consideração algumas necessidades especiais do lactente como alergia à proteína do leite e até mesmo intolerância à lactose. Atualmente essa linha conta com uma série de produtos, cada um focada em um tipo de necessidade e fase de desenvolvimento da criança.

Leite Aptamil Pepti

O Aptamil Pepti contém uma fórmula hipoalergênica à base de proteína do soro do leite extensamente hidrolisada, indicada para bebês desde o nascimento e crianças com alergia à proteína do leite de vaca ou de soja, sem quadros de diarreia. Contém prebióticos, LC-PUFAS (DHA E ARA) e nucleotídeos. Não contém sacarose, frutose e glúten. 40% dos seus carboidratos são lactose.

 

Leite Aptamil 1

O leite Aptamil 1 contém prebióticos (GOS e FOS) que favorecem a resposta imunológica do bebê e 98% de gordura vegetal de fácil digestão. Indicado para lactentes do zero aos 6 meses. Seus carboidratos são 100% lactose (açúcar do leite).

 

Leite Aptamil 2

O leite Aptamil 2 possui uma fórmula infantil de seguimento, indicada para bebês dos 6 aos 12 meses de idade, desenvolvida para fornecer ao lactente as doses adequadas de nutrientes. É enriquecido com ferro e os carboidratos são 50% lactose e 50% maltodextrina.

 

Leite Aptamil 3

O leite Aptamil 3 contém os nutrientes essenciais para bebês a partir do 10º mês com adição de prebióticos e DHA (ômega 3). Não contém glúten.

 

Leite Aptamil AR

O leite Aptamil AR possui uma fórmula específica que evita a regurgitação, indicada para bebês do zero aos 12 meses de idade e que apresenta episódios de refluxo gastroesofágico e/ou regurgitação. A gordura presente neste leite é 100% de origem vegetal e os carboidratos são 75% lactose e 25% maltodextrina.

 

Leite Aptamil HA

O leite Aptamil HA foi desenvolvido para prevenir alergias alimentares para bebês com risco. Suas proteínas são 100% proteínas parcialmente hidrolisadas do soro do leite e os carboidratos são 100% lactose.

 

Leite Aptamil Soja 1 e 2

O leite Aptamil Soja 1 e 2 possuem fórmulas à base de proteína de soja isolada, enriquecida com ferro e adição do aminoácido L-metionina. Não contêm sacarose, lactose e proteínas do leite, sendo indicados para bebês do zero aos 6 meses de idade e a partir dos 6 meses, respectivamente, com intolerância à lactose ou que tenham indicação médica para retirar o leite de vaca da alimentação.

aptamil Por fim, as informações disponibilizadas sobre esse produto têm caráter informativo, não devendo ser usadas para incentivar a automedicação ou substituir a relação médico-paciente. NÃO UTILIZE NENHUM PRODUTO SEM O CONHECIMENTO DE SEU PEDIATRA. fonte: www.saudenoclique.com.br No Cliquefarma você compara e encontra o menor preço desse medicamento, tudo de forma rápida e descomplicada como pode ser visto no vídeo abaixo:

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O que é Rinite?

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Você sabe o que é rinite? É uma condição médica caracterizada por sintomas nasais como obstrução, coriza, espirros, coceira ou alterações do olfato, geralmente durando por mais de uma hora, dois ou mais dias consecutivos.

Normalmente, os especialistas a denominam em duas categorias. Por isso, você pode ter:

 

  • Rinites Agudas: quando os sintomas duram entre 7 a 10 dias
  • Rinites Crônicas: quando sintomas persistem por mais de 3 meses.

Tipos de rinites

A classificação dos tipos de rinite depende dos critérios analisados: frequência e intensidade dos sintomas, resposta aos tratamentos, e presença de complicações e achados de exames específicos. Por isso que a Academia Europeia de Alergia e Imunologia propôs a classificação dela por 4 subgrupos: 

Rinites infecciosas

Possivelmente, este é o tipo mais comum de rinite. É também conhecido como o resfriado comum ou infecção do trato respiratório superior. Esse tipo de rinite é causado por vírus ou bactérias geralmente autolimitadas (doença que tem um período restrito e determinado). Os resfriados ocorrem quando um vírus frio se instala nas membranas mucosas do nariz e nas cavidades sinusais e causa uma infecção.

Rinite alérgica

Já a rinite alérgica é uma reação imunológica do corpo a partículas inaladas que são consideradas estranhas. Essas substâncias são conhecidas como alérgenos. O nariz é a porta de entrada para o ar e substâncias carregadas por ele, e tem a função de filtrar as impurezas, além de umidificar e aquecer o ar que vai chegar aos pulmões. Por isso que, até o próprio Ministério da Saúde, incentiva as pessoas com esse tipo de rinite a reduzir a exposição a fatores desencadeantes, como exposição a ácaros ou alérgenos relacionados a mofo, tabagismo passivo, animais domésticos,se comprovada a sensibilização, odores fortes e locais de poluição atmosférica.

Rinite não alérgica

A rinite não alérgica também é uma condição desconfortável, afinal, ela causa espirros crônicos, congestão ou corrimento nasal. E embora esses sintomas sejam semelhantes aos da rinite alérgica, ela acaba sendo diferente porque, ao contrário de uma alergia, não envolve o sistema imunológico. 

Uma reação alérgica ocorre quando o sistema imunológico reage excessivamente a uma substância inofensiva, conhecida como alérgeno, neste caso específico, isso não acontece. 

Rinite mista

A rinite mista é caracterizada com mais de um agente causador, podendo ser ocasionada por bactérias e vírus ao mesmo tempo.

Existe diferença entre rinite e sinusite?

Apesar de haver semelhanças entre a rinite e a sinusite, precisamos ressaltar que elas são doenças diferentes que exigem cuidados específicos.

 

Como já vimos, a rinite é uma inflamação da mucosa do nariz, que pode ser infecciosa ou causada por agentes alergênicos. Os sintomas são, geralmente, nariz entupido, coriza (secreção clara e fluida), coceira no nariz e espirros.

 

Já a sinusite é provocada pela inflamação da mucosa dos seios da face. Essas cavidades, podem ficar entupidas prejudicando o fluxo normal do muco. O acúmulo do muco favorece a proliferação de bactérias, o que causa a sinusite. O quadro agudo da sinusite manifesta sintomas mais incisivos como dores fortes na face, tosse, febre e muita secreção no nariz. 

 

A sinusite crônica tem sintomas mais leves, porém, mais frequentes. Pode se manifestar com tosse, secreção do nariz para a garganta, e dor de cabeça, especialmente na testa e entre os olhos.

 

É bastante comum associar essas duas condições, até porque uma rinite pode desencadear a sinusite, mas é importante lembrar que são doenças distintas. A rinite não tem cura na maioria das vezes, mas a sinusite, sim. Em alguns casos é preciso recorrer a intervenção cirúrgica, mas é possível obter a cura até para a sinusite crônica. O médico é a pessoa mais indicada para avaliar os sintomas e prescrever o tratamento adequado de acordo com o diagnóstico.

Afinal, o que causa a rinite?

Basicamente, a rinite pode ser desencadeada ou agravada pela exposição a micro-organismos como vírus, bactérias ou alérgenos (proteínas) que ficam dispersos no ar e penetram no epitélio respiratório. Os mais comuns são os oriundos de ácaros da poeira, de baratas, de fungos, pêlos, saliva e urina de animais domésticos e alimentos.

 

Também atuam como provocadores de sintomas da rinite, as mudanças bruscas de clima, a inalação de irritantes inespecíficos como odores fortes, gás de cozinha, fumaça de cigarro, poluentes atmosféricos, a inalação de ar frio e seco, além da ingestão de medicamentos antiinflamatórios, em indivíduos predispostos.

Alterações hormonais durante o ciclo menstrual, puberdade, gravidez, menopausa, assim como alterações endócrinas, como hipotireoidismo, também podem estar associadas. Este distúrbio também aparece em outras situações, como no ato sexual.

E quais os fatores de risco envolvidos?

Os principais fatores de risco para rinite são: 

 

  • Histórico familiar da condição.

É importante lembrar que, quando um homem e uma mulher alérgicos têm um filho, a probabilidade dessa criança ser alérgica é de cerca de 50%. No entanto, mesmo que nenhum dos pais apresente alergia, a criança ainda assim pode ter manifestações alérgicas, como rinite, conjuntivite, asma e alguns tipos de alergia de pele. A forma mais comum, porém, é a rinite, principalmente se outros familiares também manifestarem.

 

A rinite alérgica tem características hereditárias, mas mesmo que nenhum dos pais apresente o distúrbio, ele pode se manifestar. Também não é obrigatório ela se fazer presente desde o nascimento. Ou, seja, é possível a pessoa tornar-se sensível a uma substância que antes era tolerada. Isso significa que podemos conviver com determinada substância por muitos anos e vir a desenvolver sintomas apenas tardiamente.

Os estopins de crises são melhores conhecidos que as causas. Entre os principais, destacam-se: ácaros existentes na poeira doméstica, pelos de animais, fungos, descamação de pele, mofo, pólen, perfume, alguns alimentos, medicamentos, bactérias, vírus e mudanças bruscas de temperatura. Continuando os fatores de risco, podemos ainda destacar:

 

  • Predisposição genética;
  • Presença de outras doenças alérgicas como asma, dermatite, conjuntivite;
  • Exposição alergênica em indivíduos sensibilizados;
  • Alterações estruturais anatômicas do nariz e seios da face, como desvio do septo nasal e hipertrofia de conchas nasais;
  • Tabagismo;
  • Frequentar ambientes com mofo ou poluentes;
  • Frequentar ambientes com ar-condicionado sem manutenção;
  • Variações súbitas de temperatura e umidade atmosférica.

 

A frequente congestão nasal obriga a pessoa a respirar pela boca, podendo ocasionar irritação na garganta, voz anasalada, ronco e outros distúrbios respiratórios do sono.

Não é incomum a associação de outras doenças, como, por exemplo, otites, sinusites, faringites, amigdalites e asma. 

 

A respiração oral crônica, por sua vez, particularmente nas faixas etárias mais prematuras, frequentemente se associa a alterações de desenvolvimento facial e dentárias.

O inverno acaba sendo um vilão para a rinite

Para quem sofre de alergia, o inverno traz desafios no controle da doença. Nesta época do ano, por passar muito tempo dentro de casa e em lugares fechados para se abrigar do frio, o alérgico fica em contato com vários alérgenos (substâncias que causam alergias), sendo necessário redobrar os cuidados contra os fungos, ácaros, poeira, pelo e saliva de animais domésticos, mofo, bolor, entre outros desencadeadores. 

 

Os vilões da alergia também não dão trégua ao ar livre, como a poluição do ar, resíduos de veículos e até o pólen das flores.

 

Vamos frisar alguns aspectos importantes sobre a rinite:

 

  • Os quadros respiratórios tendem a ser mais frequentes, tanto os infecciosos (resfriados, gripes, rinossinusites) como os quadros alérgicos.
  • Algumas situações normais tendem a aumentar a incidência de alergia respiratória, como o uso de agasalhos de lã que ficaram guardados nos armários. Estas peças, guardadas por muito tempo, costumam ter um odor que é capaz de desencadear sintomas relacionados à doença.
  • A variação brusca de temperatura pode ocasionar um quadro clínico típico de um processo alérgico. Por exemplo, ao acordar de manhã, a diferença de temperatura da cama aquecida para a do ar frio do quarto ou do banheiro pode fazer com que algumas pessoas que têm rinite alérgica tenham crises de espirros, obstrução nasal ou coriza.

Quais os sintomas da rinite?

Os sintomas mais típicos da rinite são:

 

  • Espirros;
  • Prurido (coceira) nasal intenso;
  • Coriza (secreção) clara e abundante;
  • Obstrução nasal.

 

É possível também observar em alguns casos que há sangramento nasal (epistaxe), coceira nos olhos e lacrimejamento, podendo ocorrer coceira no conduto auditivo externo, palato (céu da boca) e faringe (garganta).

Quando procurar por ajuda médica?

Observa-se que nos casos agudos, um médico deve ser consultado quando na evolução dos sintomas usuais houver piora do quadro com febre, secreção nasal espessa, após o quinto dia de doença ou persistência de sintomas superior a 10 dias. Já em casos crônicos, a procura deve ser feita sempre que houver recidiva dos sintomas após os blocos de tratamento adequados.

 

Realizando o diagnóstico de Rinite

Como é diagnosticada a rinite?

O processo diagnóstico vai certamente incluir a história clínica realizada pelo otorrinolaringologista, antecedentes pessoais e familiares de atopia (alergia), exame físico e exames complementares laboratoriais ou de imagem.

Exames normalmente pedidos

Os exames mais importantes e geralmente requisitados pelo médico no diagnóstico das rinites são os testes cutâneos de hipersensibilidade imediata (TCHI) e a avaliação dos níveis séricos de IgE alérgeno-específica. São importantes pela perspectiva de aplicação de medidas preventivas dirigidas, como o controle ambiental, direcionamento do tratamento farmacológico e, pela alternativa da imunoterapia específica (vacinas).

Como funciona o tratamento da rinite?

O tratamento será iniciado após o processo diagnóstico diferencial, de maneira a direcionar o tratamento específico a cada subtipo de rinite.

 

Salientando que, a maior parte dos casos de rinite aguda tem resolução espontânea na primeira semana após seu início, e o tratamento deve ser sintomático, composto por higiene nasal (lavagens ou gotas com solução salina), descongestionantes tópico locais (por poucos dias) ou sistêmicos, analgésicos e antitérmicos, quando necessário.

 

O tratamento a longo prazo da rinite persistente vai se basear no uso adequado da menor dose de medicamentos que mantenham o paciente assintomático.

 

Corticosteroide tópico nasal, lavagem nasal com soro fisiológico abundante, anti-histamínicos tópicos nasais ou por via oral são utilizados dentro de um esquema a ser individualizado pelo otorrinolaringologista para o seu tipo específico. Além disso, medidas de “higiene ambiental” devem ser tomadas para afastar o nariz dos fatores irritantes, que são gatilhos para rinite.

Principais medicamentos para Rinite

Os medicamentos mais usados para o tratamento de rinite, principalmente da alérgica são:

 

  • Androcortil
  • Allegra
  • Asmofen
  • Avamys
  • Betametasona
  • Betatrinta
  • Broncho-Vaxom
  • Busonid
  • Celestone
  • Cetirizina
  • Celestamine
  • Celerg
  • Celergin
  • Clobutinol + Succinato de Doxilamina
  • Cetoprofeno
  • Claritin
  • Claritin D
  • Decadron
  • Decongex
  • Decongex Plus
  • Desalex
  • Desloratadina
  • Dexametasona
  • Dexclorfeniramina
  • Diprospan
  • Duoflam
  • Ebastel
  • Fumarato de Cetotifeno
  • Fluviral
  • Fumarato de Cetotifeno (xarope)
  • Histadin D
  • Hixizine
  • Loratadina
  • Loratadina + Pseudoefedrina
  • Loratamed
  • Maleato de Dexclorfeniramina (gotas)
  • Maleato de Dexclorfeniramina + Sulfato de Pseudoefedrina + Guaifenesina
  • Multigrip
  • Nasonex
  • Neosoro
  • Omnaris
  • Prednisolona
  • Polaramine
  • Prednisona.

 

Vale sempre à pena ressaltarmos que somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, assim como a dosagem correta e a duração do tratamento. É importante que você, leitor, siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Também não deve interromper o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, seguir as instruções na bula.

Quais as possíveis complicações da rinite?

Pacientes que tenham rinite alérgica têm infecções de via aérea superior com maior frequência. Este fato, associado às alterações anátomo-funcionais das cavidades nasais e paranasais, contribuem para a maior frequência de rinossinusopatia infecciosa, viral e bacteriana.

 

Em lactentes, onde já existe uma disfunção tubária, pode ocorrer otite média aguda, facilitada também pela coexistência de hipertrofia adenoideana. Acredita-se que a otite crônica com efusão, ou otite crônica serosa, seja secundária ao agravamento da disfunção tubária pela alergia respiratória.

 

Lactentes e crianças em idade pré-escolar que respiram pela boca e conviveram com a rinite alérgica não controlada, tendem a apresentar face alongada, palato ogival e podem ter alterações de arcada dentária, como mordida aberta, e alterações de fonação, que frequentemente exigem correção ortodôntica e fonoterápica, respectivamente, aumentando a morbidade e os custos associados à rinite alérgica.

 

Crianças maiores, adolescentes e adultos com rinite alérgica persistente e grave de longa evolução podem sofrer com alterações do olfato (hipo e até anosmia) e, particularmente as crianças podem, secundariamente, ter redução do paladar, com diminuição do apetite e, até, comprometimento do desenvolvimento pondo-estatural. O comprometimento do sono pode colaborar para irritabilidade e baixo rendimento escolar e no trabalho.

 

Em suma, a rinite mal curada pode levar a outros problemas de saúde, como:

 

  • Otite
  • Sinusite
  • Roncos (pelo entupimento do nariz)
  • Problemas de sono
  • Conjuntivites.

Qual o prognóstico da doença?

Assumindo a questão como uma doença que pode ser prevenida e tratada. Há necessidade de adaptação individual ao clima, ambiente de trabalho e domiciliar. Assim como, manter acompanhamento com seu médico de confiança e seguir a prescrição feita por ele.

 

Siga à risca as orientações médicas para tratamento contra rinite. Não interrompa o tratamento – a não ser que o especialista o oriente neste sentido.

Prevenindo a rinite

Você pode tomar algumas medidas que fazem parte do tratamento da rinite por meio de evitar que fatores irritantes e alergênicos entrem em contato com a mucosa nasal. Podemos chamar esse conjunto de medidas de Higiene Ambiental e são as seguintes conforme o IV CONSENSO BRASILEIRO SOBRE RINITES de 2017:

Arrume o seu quarto

O quarto que você dorme deve ser bem ventilado e ensolarado, se possível. Evite travesseiro e colchão de paina ou pena. Use os de espuma, fibra ou látex, sempre que possível envoltos em material plástico (vinil) ou em capas impermeáveis aos ácaros. 

 

Isso vale para o estrado da cama também, que deve ser limpo duas vezes por mês. As roupas de cama e cobertores devem ser trocadas e lavadas regularmente com detergente e a altas temperaturas (>55ºC) e secadas ao sol ou ar quente. Se possível a superfície dos colchões deve ser aspirada empregando-se um modelo potente de aspirador doméstico.

Evite itens que acumulam poeira

Procure retirar de sua casa, se possível: tapetes, carpetes, cortinas e almofadas. Dê preferência a pisos laváveis (cerâmica, vinil e madeira) e cortinas do tipo persianas ou de material que possa ser limpo com pano úmido. 

 

Caso haja carpetes ou tapetes muito pesados, de difícil remoção, os mesmos devem ser aspirados, se possível duas vezes por semana após terem sido deixados ventilar.

 

Evite sempre bichos de pelúcia, estantes de livros, revistas, caixas de papelão ou qualquer outro local onde possam ser formadas colônias de ácaros no quarto de dormir das crianças. Substitua-os por brinquedos de tecido para que possam ser lavados com frequência.

 

Lembre-se de identificar e eliminar o mofo e a umidade, principalmente no quarto de dormir, reduzindo a umidade a menos de 50%. Você também deve verificar periodicamente as áreas úmidas de sua casa, como banheiro (cortinas plásticas do chuveiro, embaixo das pias, etc.). 

 

A solução diluída de água sanitária pode ser aplicada nos locais mofados, até sua resolução definitiva, mesmo porque são irritantes respiratórios. Não se esqueça do ponto essencial desta etapa: investigar outras fontes de exposição aos fungos fora do domicílio (creche, escola e locais de trabalho).

Se necessário, mude o local da cama e berço

Camas e berços não devem ser encostados na parede. Caso não seja possível, coloque-os junto à parede sem marcas de umidade ou a mais ensolarada.

Evite o uso de vassouras, espanadores e aspiradores de pó comuns

É interessante você passar pano úmido diariamente na casa ou usar aspiradores de pó com filtros especiais 2x/semana. Não se esqueça também de afastar o paciente com rinite do ambiente enquanto se faz a limpeza.

Evite qualquer tipo de ambiente fechado

Os ambientes fechados por tempo prolongado (casa de praia ou de campo) devem ser arejados e limpos pelo menos 24 horas antes da entrada dos indivíduos com alergia respiratória.

 

Você sabia que em alguns casos, a poluição dos lugares fechados é maior que a das ruas? O resultado, para quem não tem como fugir desses ambientes, são as incessantes crises alérgicas.

 

Nestes lugares, as rinites alérgicas se desenvolvem porque existe maior exposição aos alérgenos como fungos e, principalmente, os ácaros. Os locais propícios para a proliferação desses organismos são ambientes com carpetes e ar-condicionado sem manutenção adequada. Além disso, fatores como temperatura, umidade do ar, odores, ventilação, contaminantes biológicos, componentes voláteis e toxinas bacterianas, presentes nos espaços internos, podem agravar a condição.

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 30% dos habitantes do planeta possuem algum tipo de alergia. De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (Asbai), as doenças de inverno mais comuns são asma, rinite, sinusite, gripe, resfriado e bronquite. Para quem trabalha muito tempo em escritórios, os tipos de alergias freqüentes são a asma, a rinite e as alergias oculares, então fique atento.

 

Para proporcionar um ambiente seguro aos funcionários, é importante que as empresas chequem, constantemente, a tubulação de ar, evitando também o acúmulo de papéis velhos, limpando, freqüentemente, tapetes e carpetes, evitando o fumo em ambientes fechados, manuseando com cuidado produtos de limpeza com cheiro forte e diminuindo o número de plantas no ambiente de trabalho.

Remova o lixo

Remover o lixo e manter os alimentos fechados e acondicionados também se torna importante, pois estes fatores atraem os roedores. Por isso, não armazene lixo dentro de casa.

Use sabão em pó

Dê preferência às pastas e sabões em pó para limpeza de banheiro e cozinha. Evite talcos, perfumes, desodorantes, principalmente na forma de sprays ou em pó.

Não fume

Não fume e nem deixe que fumem dentro de casa e do automóvel. O tabagismo pré-natal, perinatal e pós-natal está associado a problemas respiratórios futuros na prole.

Não tome banho quente

Evite banhos extremamente quentes e oscilação brusca de temperatura. A temperatura ideal da água do banho é a temperatura corporal.

Limpe o ar-condicionado

Mantenha os filtros dos aparelhos de ar condicionado sempre limpos. Se possível limpe-os mensalmente. Evitar a exposição à temperatura ambiente muito baixas e oscilações bruscas de temperatura. Lembrar que o ar condicionado é seco e pode ser irritante.

Existe cura para rinite?

A rinite aguda, causada por questões circunstanciais irritantes ou hormonais, é curada com tratamento. Já a rinite persistente, alérgica ou não alérgica, não possui cura. Portanto, o tratamento consegue reduzir a frequência e intensidade dos sintomas e, na maioria dos casos, manter o paciente assintomático e sem alterações da qualidade de vida.

Um pouco sobre a epidemiologia da rinite

As primeiras descrições compatíveis com rinite alérgica datam do século IX em textos islâmicos, e apenas no século XIX ela foi descrita na Inglaterra, inicialmente como “hay fever (febre do feno)”, devido ao acometimento de trabalhadores rurais sensibilizados a pólens. 

 

A partir da revolução industrial, percebeu-se um incremento de sua ocorrência, e sua prevalência vem aumentando nos últimos 50 anos. A rinite alérgica na atualidade representa um problema global de saúde pública que atinge de 10 a 25% da população em países ocidentais. Estudos apontam também que ela acomete todas as idades, gêneros e raças, com início predominante no final da infância e adolescência. Estimativas conservadoras apontam para 500 milhões de pessoas com rinite alérgica no mundo.

Etiologia da rinite alérgica

As doenças atópicas são a manifestação fenotípica resultante da interação entre fatores genéticos individuais, associados a vários genes ainda não totalmente definidos e compreendidos em suas inter-relações, com fatores ambientais, principalmente os alérgenos inaláveis, que induzem sensibilização (produção de grandes quantidades de IgE específica que se fixa às membranas dos mastócitos) e, posteriormente, o surgimento de sintomas. 

 

Outros fatores atuantes nessa complexa inter-relação que podemos destacar são a exposição a infecções e a dieta nos primeiros anos de vida, além da poluição ambiental.

Comorbidades existentes

Sabe-se que os portadores de rinite alérgica têm um processo inflamatório crônico que facilita a adesão celular por vírus ao epitélio respiratório, com o consequente aumento da ocorrência de rinites virais. A molécula de adesão ICAM-1, expressa no epitélio respiratório e nas células imuno-inflamatórias durante o processo inflamatório nasal, é utilizada pelo rinovírus para se fixar e infectar as células do hospedeiro. Além disso, a inflamação alérgica não se limita somente às vias aéreas nasais. Por isso, várias comorbidades têm sido associadas à rinite.

 

Evidências mostram que vias aéreas superiores e inferiores são afetadas por um processo inflamatório comum, que pode ser mantido e amplificado por mecanismos inter-relacionados. Provocações brônquicas levam à inflamação nasal e provocações nasais levam à inflamação brônquica. Muitos pacientes com rinite alérgica têm um aumento da hiper-reatividade brônquica não específica, não diagnosticada.

 

Observou-se também que devido à proximidade das cavidades paranasais e da mucosa nasal e sinusal, frequentemente o processo inflamatório atinge também os seios da face, causando uma rinossinusite crônica alérgica. Alguns pacientes referem dor na projeção dos seios da face em períodos de exacerbação dos sintomas nasais, possivelmente relacionada ao acúmulo de secreção e aumento da pressão no interior dos mesmos, devido ao bloqueio do complexo óstio-meatal durante exacerbações da inflamação alérgica nasal

 

É comum também, pacientes com rinite alérgica ter sinusites bacterianas com maior frequência que indivíduos normais, o que também é consequência das alterações no complexo óstio-meatal, que dificultam a drenagem e aeração normal dos seios da face, além da própria inflamação crônica da mucosa respiratória. 

 

Não raro podem-se encontrar imagens de espessamento da mucosa de seios maxilares e até mesmo cistos de retenção ao exame radiográfico em pacientes com rinite alérgica que não apresente infecção rinossinusal.

É muito frequente a associação de rinite e conjuntivite alérgica, principalmente em crianças e adultos jovens, e, por isso, muitos autores denominam a doença como rinoconjuntivite alérgica. A associação entre rinite alérgica, polipose nasal e otite média é menos compreendida. Na prática clínica é evidente a ocorrência mais frequente de otite média aguda e otite crônica com efusão em crianças pequenas com rinite alérgica persistente, e o controle do quadro alérgico geralmente resulta em melhor evolução destas complicações.

 

Vários mecanismos foram propostos para explicar as inter-relações entre vias aéreas superiores e inferiores, como a perda das funções de aquecimento, umidificação do ar e filtração de aero alérgenos e irritantes pela respiração nasal normal, a presença de reflexos naso-sino-brônquicos, mediados pelo sistema vagal-colinérgico, a microaspiração direta e repetida de mediadores inflamatórios da via aérea superior para a inferior e a propagação sistêmica do processo inflamatório de uma para outra região, visto que vários marcadores de ativação celular são demonstrados a distância dos sítios primários de inflamação alérgica nas vias aéreas.

Tomando medidas para o controle ambiental

A maioria dos estudos sobre como evitar alérgenos têm sido dirigida a sintomas de asma e muito poucos estudaram sua ação sobre os sintomas de rinite. Além disso, a maioria dos estudos concentra sua avaliação em medidas isoladas de controle ambiental, não conseguindo avaliar adequadamente o impacto das diversas medidas em conjunto, como acontece na prática clínica. 

 

Por isso, muitos resultados controversos têm sido publicados nos últimos 10 anos em relação à eficácia do controle ambiental em alergia respiratória, mas a experiência clínica aponta para a utilidade destas medidas na rinite alérgica.

 

Evitar alérgenos, incluindo ácaros domiciliares deve fazer parte integrante de uma estratégia de cuidados ambientais. Estes cuidados incluem a retirada de tapetes, carpetes e cortinas, pois acumulam ácaros e fungos, uso de pano úmido na limpeza diária (sem varredura, para não dispersar no ar ambiente as partículas alergênicas da poeira), encapar colchões e travesseiros com material impermeável (para evitar o acesso à roupa de cama dos ácaros que colonizam a espuma dos mesmos) e evitar o contato com cães e gatos, além da fumaça de cigarro. 

 

As medidas relacionadas aos animais domésticos são as mais difíceis de serem implementadas quando os pacientes já os possuem em seu domicílio. Nesses casos, a limitação do acesso dos mesmos ao quarto de dormir e aos móveis estofados é uma alternativa mais fácil de ser alcançada.

 

Pacientes com rinite alérgica leve e intermitente, muitas vezes obtêm o controle prolongado e duradouro de seus sintomas após um curso breve de medicação tópica anti-inflamatória associado à implementação e manutenção do controle ambiental.

 

Há mais de 10 anos está disponível em vários países na Europa e América do Norte, agora também no mercado brasileiro, um pó de celulose micronizada para aplicação nasal, o qual, em contato com a mucosa, forma um gel que atua como barreira de proteção local. 

 

Estudos recentes demonstraram sua ação melhorando a função mucociliar, reduzindo a absorção de alérgenos de ácaros e a quantidade de marcadores inflamatórios (ECP) na mucosa nasal de pacientes com rinite alérgica sazonal ou perene, com consequente redução de escores de sintomas, do uso de medicações de alívio e melhora do pico de fluxo nasal inspiratório e expiratório. 

 

Essa estratégia pode constituir-se em uma importante arma adicional ao controle ambiental, ao reduzir efetivamente o contato e a penetração de alérgenos na mucosa nasal.

 

Gostou do nosso artigo sobre rinite? Tem alguma dúvida ou sugestão para nos fazer? Comente abaixo sua opinião que teremos prazer em lhe responder! 

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Medicamento Allegra

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O fármaco Allegra é indicado como anti-histamínico no tratamento das manifestações alérgicas, como rinite alérgica e urticária.

Apresentações de Allegra

Uso Oral

Uso Adulto e Pediátrico Crianças acima de 12 anos

Fabricado e disponibilizado pelo Laboratório Sanofi.

 

Comprimidos revestidos de 60 mg: caixa com 10 comprimidos.

Comprimidos revestidos de 120 mg: caixa com 5 e 10 comprimidos

Comprimidos revestidos de 180 mg: caixa com 5 e 10 comprimidos

 

Allegra pediátrico: suspensão oral de 60 ml e 150 ml

 

Princípio ativo: cloridrato de fexofenadina.

Composição de Allegra

 

Comprimidos de 60 mg

Cada comprimido revestido contém:

cloridrato de fexofenadina (equivalente a 55,9 mg de fexofenadina)……………..60 mg

excipientes q.s.p……………………………… 1 comprimido

(celulose microcristalina, amido de milho pré-gelatinizado, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, hipromelose, povidona, dióxido de titânio, dióxido de silício, macrogol 400, composto de óxido de ferro rosa e composto de óxido de ferro amarelo).

 

Comprimidos de 120 mg

Cada comprimido revestido contém:

cloridrato de fexofenadina (equivalente a 112 mg de fexofenadina)……………120 mg

excipientes q.s.p…………………………….1 comprimido

(celulose microcristalina, amido de milho pré-gelatinizado, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, hipromelose, povidona, dióxido de titânio, dióxido de silício, macrogol 400,  composto de óxido de ferro rosa e composto de óxido de ferro amarelo).

 

Comprimidos de 180 mg

Cada comprimido revestido contém:

cloridrato de fexofenadina (equivalente a 168 mg de fexofenadina)…………….180 mg

excipientes q.s.p………………………….. 1 comprimido

(celulose microcristalina, amido de milho pré-gelatinizado, croscarmelose  sódica, estearato de magnésio, hipromelose, povidona, dióxido de titânio, dióxido de silício, macrogol 400, composto de óxido de ferro rosa e composto de óxido de ferro amarelo).

 

Suspensão oral

Cada 1 mL contém 6 mg cloridrato de fexofenadina equivalente a 5,6 mg de fexofenadina base.

 

Excipientes: propilenoglicol, edetato dissódico di-hidratado, propilparabeno, butilparabeno, goma xantana, poloxâmer, dióxido de titânio, fosfato de sódio monobásico monoidratado, fosfato de sódio dibásico heptaidratado, creme flavorizante de framboesa, sacarose, xilitol e água purificada.

 

Allegra também encontra-se devidamente registrado na ANVISA, na classe terapêutica dos medicamentos anti-histamínicos sistêmicos.

Qual o mecanismo de ação esperada de Allegra?

Allegra é um produto com ação anti-histamínica utilizado no tratamento sintomático de manifestações alérgicas. 

 

Após dose única e doses de duas vezes ao dia, via oral, de cloridrato de fexofenadina demonstrou-se que o fármaco apresenta efeito anti-histamínico, se iniciando dentro de 1 hora e alcançando seu efeito máximo dentro de 2 a 3 horas, prolongando-se por 12 horas, no mínimo. Foi alcançada mais de 80% de inibição máxima nas áreas de formação de pápula e eritema. Não foi observada tolerância desses efeitos após 28 dias.

Qual a diferença entre o Allegra e o Allegra D

O Allegra comum possui somente anti-histamínico, que é a fexofenadina e em geral é usado apenas uma vez ao dia. Enquanto o Allegra D associa a pseudoefedrina para ter ação descongestionante nas rinites e tem sua administração duas vezes ao dia.

 

Allegra D é um comprimido revestido de camada dupla. Uma destas camadas é composta por uma matriz de cera, tendo no seu interior o cloridrato de pseudoefedrina, cuja liberação ocorre lentamente. Sendo esta matriz insolúvel, é possível que a mesma seja liberada de forma íntegra nas fezes, apesar de seu conteúdo ter sido totalmente absorvido. A outra camada é composta por cloridrato de fexofenadina, formulada para liberação imediata. Ele também só pode ser vendido mediante prescrição médica.

 

Como vimos, os antialérgicos ou anti histamínicos são um tipo de medicação normalmente usada para aliviar os sintomas iniciais de doenças alérgicas como rinite, urticária e conjuntivite alérgica. Esses medicamentos ajudam a desobstruir as vias aéreas problemáticas. É importante lembrar e orientar pacientes e clientes de que os medicamentos de venda livre são para uso temporário e jamais devem ser administrados a longo prazo.

Qual a diferença entre antialérgicos de venda livre com os de venda restrita?

Os efeitos colaterais dos anti-histamínicos de venda restrita são bem menores em relação aos de venda livre. Além disso, não causam sonolência e apresentam resultados mais rápidos, mesmo sendo ingeridos em doses diárias menores.

 

Os antialérgicos de venda restrita são chamados de anti-histamínicos de “segunda geração”. São medicamentos de custo bem mais elevado, mas, assim como os demais medicamentos, podem ser encontrados em suas versões genéricas e com custo mais acessível.

Os anti-histamínicos de venda livre possuem fortes efeitos colaterais e, por isso, os clientes e pacientes devem ser orientados tanto em farmácias quanto em hospitais ou ambulatórios médicos sobre estas condições, para que não estejam sozinhos após a ingestão de medicamentos deste tipo.

Entre os principais efeitos colaterais de antialérgicos de venda livre estão a forte sonolência, pelo fato de terem um efeito sedativo, além de olhos e boca secos e incômodos estomacais. A pessoa também pode vir a sentir tonturas e náuseas após a ingestão destes medicamentos, por isso não realizar serviços perigosos como operar máquinas e dirigir.

A vantagem e benefício maior do Allegra é que ele não conta com esses efeitos. 

Considerado o antialérgico nº 1 do Brasil, Allegra não te derruba, pois não tem efeito sedativo, não causa dependência e além de um rápido início de ação, ele ainda prolonga seus efeitos por até 24 horas!

O brasileiro tem o hábito de se automedicar, muitas vezes em decorrência da demora em se conseguir consultas médicas, tanto no SUS quanto em convênios médicos. Nós sempre frisamos em nossos artigos aqui do blog que é muito importante que a população seja orientada sobre os perigos de ingerir, além dos anti-histamínicos de venda livre, qualquer medicamento sem a orientação de um especialista, pois pode trazer sérios efeitos colaterais e riscos à saúde!

Qual o modo correto de armazenamento, a data de fabricação, o prazo de validade e aspecto físico de Allegra?

Allegra deve ser mantido dentro da embalagem original à temperatura ambiente (entre 15 e 30°C).

 

Data de fabricação e validade: Vide embalagem

 

Aspecto físico

Comprimidos de 60, 120 e 180 mg:

Comprimidos revestidos, ovais, biconvexos, de cor salmão.

 

Suspensão oral pediátrica

Suspensão branca uniforme com aroma de creme de framboesa. Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

 

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. 

 

Depois de aberto, o medicamento deve ser mantido dentro da embalagem original e em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). 

 

Todo o medicamento deve ser mantido fora do alcance de crianças.

 

Interações medicamentosas de Allegra

A administração concomitante do cloridrato de fexofenadina com eritromicina ou cetoconazol não demonstrou nenhum aumento significativo no intervalo QTc. Não foi relatada nenhuma diferença nos efeitos adversos no caso destes agentes terem sido administrados isoladamente ou em combinação.

 

Não foi observada nenhuma interação entre a fexofenadina e o omeprazol. No entanto, a administração de um antiácido contendo hidróxido de alumínio e magnésio, aproximadamente 15 minutos antes do cloridrato de fexofenadina, causou uma redução na biodisponibilidade. 

 

Recomenda-se aguardar um período aproximado de 2 horas entre as administrações de cloridrato de fexofenadina e antiácidos que contenham hidróxido de alumínio e magnésio.

Uso de Allegra na gravidez e amamentação

Não existe nenhuma experiência com Allegra em mulheres grávidas e que estejam amamentando. Assim como com outros medicamentos, Allegra não deve ser utilizado durante a gravidez e amamentação a menos que a relação risco/benefício seja avaliada pelo médico e supere os possíveis riscos para o feto e crianças que ainda recebem amamentação, respectivamente.

 

Em estudos que abrangeram toxicidade reprodutiva realizados em camundongos, a fexofenadina não prejudicou a fertilidade, não foi teratogênica e não prejudicou o desenvolvimento pré ou pós-natal.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

 

Informe ao médico ou cirurgião-dentista o aparecimento de reações indesejáveis.

 

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

 

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

 

Precauções e advertências de Allegra

Estudos realizados com cloridrato de fexofenadina não demonstraram associação do uso do produto com a atenção no dirigir veículos motorizados ou operar máquinas, alteração no padrão do sono ou outros efeitos no sistema nervoso central.

 

Verifique sempre o prazo de validade que se encontra na embalagem do produto e confira o nome para não haver enganos. Não utilize Allegra caso haja sinais de violação ou danificações da embalagem.

Risco de uso por via de administração não recomendada.

Não há estudos dos efeitos de Allegra administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente pela via oral.

 

Evitar a administração de Allegra junto com alimentos ricos em gordura.

Recomenda-se que o medicamento seja ingerido com água, evitando a ingestão do medicamento junto com sucos de fruta.

Contraindicações e riscos de Allegra

Allegra é contra-indicado para uso em pacientes com hipersensibilidade à qualquer componente da fórmula.

 

O medicamento em comprimidos é contra-indicado na faixa etária abaixo de 12 anos.

 

Allegra Pediatrico

 

A eficácia e segurança do cloridrato de fexofenadina não está estabelecida em crianças abaixo de 2 anos de idade para rinite alérgica sazonal e crianças abaixo de 6 meses de idade para urticária idiopática crônica.

Qual a posologia, dosagem e instruções de uso de Allegra?

Recomenda-se que o comprimido seja ingerido com quantidade suficiente de líquido.

 

Dosagem

 

Rinite alérgica

Adultos e crianças maiores de 12 anos de idade: a dose recomendada de cloridrato de fexofenadina é de 60 mg duas vezes ao dia, 120 mg uma vez ao dia ou 180 mg uma vez ao dia por via oral.

 

Urticária

Adultos e crianças maiores de 12 anos de idade: a dose recomendada de cloridrato de fexofenadina é de 180 mg, uma vez ao dia, por via oral.

 

Dosagem para casos especiais

Não é necessário ajuste de dose de Allegra em pacientes com insuficiência do fígado, dos rins ou em idosos.

 

ESTE MEDICAMENTO NÃO PODE SER PARTIDO OU MASTIGADO.

 

O que devo fazer quando esquecer de usar Allegra?

Caso esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que possível, no entanto, se estiver próximo do horário da dose seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas doses ao mesmo tempo.

 

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

 

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

 

Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. Antes de usar observe o aspecto do medicamento.

Reações adversas de Allegra

Nos estudos placebos-controlados envolvendo pacientes com rinite alérgica sazonal e urticária idiopática crônica, os eventos adversos foram comparáveis nos pacientes tratados com placebo ou fexofenadina.

 

Os eventos adversos mais freqüentes relatados em adultos incluem: dor de cabeça (>3%), sonolência, tontura e enjôo (1-3%). Os eventos adversos que foram relatados durante os estudos controlados envolvendo pacientes com rinite alérgica sazonal e urticária idiopática crônica, com incidência menor do que 1% e similares ao placebo e que foram raramente relatados após a comercialização incluem: fadiga, insônia, nervosismo, alterações do sono ou pesadelos. 

 

Foram relatados raros casos de exantema, urticária, prurido e reações de hipersensibilidade, tais como: angioedema, rigidez torácica, dificuldade na respiração (dispnéia), rubor e anafilaxia sistêmica. Os eventos adversos relatados em estudos placebos-controlados de urticária idiopática crônica foram similares àqueles relatados em estudos placebos-controlados de rinite alérgica.

 

Nos estudos placebos-controlados em crianças com 6 a 11 anos de idade com rinite alérgica sazonal, os eventos adversos foram similares àqueles observados nos estudos clínicos envolvendo adultos e crianças de 12 anos ou mais com rinite alérgica sazonal.

Superdosagem de Allegra

Sintomas

A maioria dos relatos de superdose do cloridrato de fexofenadina apresentam informações limitadas. Entretanto, tontura, sonolência e boca seca foram relatados. Em adultos, dose única de até 800 mg e doses de até 690 mg, duas vezes ao dia, durante 1 mês ou 240 mg diários, durante 1 ano, foram estudadas em voluntários sadios sem o aparecimento de eventos adversos clinicamente significativos quando comparados ao placebo. 

 

A dose máxima tolerada de Allegra ainda não foi estabelecida.

Tratamento

Em caso de superdose são recomendadas as medidas usuais sintomáticas e de suporte para remover do organismo o fármaco não absorvido.

 

A hemodiálise não remove efetivamente o cloridrato de fexofenadina do sangue.

Em caso de superdose acidental, procure imediatamente atendimento médico de emergência.

Onde comprar?

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Falando sobre a próstata

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O que é próstata? A próstata é uma glândula exócrina (órgãos que produzem secreções ou substâncias que elaboram para um sistema de condutos ou canais excretores, que se abrem em superfície externa ou interna) que se situa no interior da pélvis e faz parte do sistema reprodutor masculino, juntamente com os testículos, epidídimo, ductos deferentes, vesículas seminais e pênis. 

 

Ela localiza-se à frente do reto e está encostada na base da bexiga, órgão muscular onde a urina é armazenada e da qual sai a uretra que passa pelo interior da próstata e do pênis até alcançar o meio exterior.

Qual a função da próstata?

A função da próstata é produzir e armazenar o líquido prostático, que junto com o líquido seminal produzido pelas vesículas seminais e os espermatozoides produzidos nos testículos, formam o sêmen, que é eliminado durante a relação sexual. O líquido prostático constitui cerca de 30% do sêmen.

 

Após os 40 anos de idade, principalmente, algumas patologias podem acometer a próstata, sendo as mais comuns a Hiperplasia Prostática Benigna e o Câncer de Próstata.

Algumas condições que podem acometer a próstata

​​Hiperplasia Prostática Benigna

A Hiperplasia Prostática Benigna acontece quando há crescimento de um nódulo benigno na próstata, que pode comprimir a uretra, dificultando ou impedindo a passagem da urina. Pelo fato de a urina ficar estagnada, o organismo fica mais propenso a contrair infecções. 

 

Outra consequência pode ser a formação de cálculos renais. 

Principais sintomas da HPB

Embora as causas da hiperplasia prostática benigna sejam desconhecidas, ela é mais frequente em homens com histórico familiar da doença, com idade acima de 40 anos e que têm níveis elevados de testosterona. Podemos destacar os sintomas como dificuldade para urinar, sensação de urgência para urinar e incontinência urinária.

Como é feito o diagnóstico? 

O diagnóstico é feito por exames físicos gerais e urológicos​ (entre eles o toque retal), além de exames de sangue e de urina. Em alguns casos o médico pode pedir também exames de imagem como a ultrassonografia. 

Tratamentos

Isso vai depender do avanço da doença, o tratamento pode ser feito por meio de medicações ou cirurgia. Entre as opções mais recentes de terapêutica, destaque para o  Holep – Holmium Laser, procedimento a laser que permite a retirada completa do nódulo benigno através de laser, sem danificar a próstata. Entre as vantagens estão: 

 

  • Menor sangramento;
  • Menos transfusão de sangue;
  • Menos dor no pós-operatório;
  • Menor tempo de internação hospitalar.

 

Medicamentos

Os bloqueadores alfa 1 são um tipo de medicamento usado para tratar a pressão arterial alta. Esses medicamentos relaxam os músculos da próstata e do colo da bexiga, o que facilita na hora de urinar. A maioria das pessoas tratadas com medicamentos bloqueadores alfa 1 percebem melhora dos sintomas.

 

A finasterida e a dutasterida diminuem os níveis dos hormônios produzidos pela próstata e o tamanho da glândula prostática, aumentam a taxa do fluxo de urina e diminuem os sintomas. O paciente pode levar de três a seis meses para notar uma grande melhora em seus sintomas. 

Prostatite

A Prostatite, apesar de ser outra doença comum que afeta o órgão, é conhecida por apenas 15% dos homens em todo o mundo. Os dados são da Fundação Americana de Doenças Urológicas, e confirmam ainda que as mulheres sabem mais sobre a doença do que os homens.

 

Ela é caracterizada por processos inflamatórios e infecciosos da glândula, causadas muitas vezes por bactérias, podendo provocar aumento do seu tamanho e sintomas como febre, dor perineal e dificuldade ao urinar. 

Sintomas principais de prostatite

Os sintomas não deixam a doença passar despercebida e indicam claramente que algo não vai bem. 

 

Podemos citar entre eles, o desconforto ao urinar, febre e dor nos testículos e no períneo como alguns dos indicativos da doença, infecciosa na maioria dos casos, causada pela bactéria Escherichia coli. A prostatite pode surgir em qualquer idade, sendo que 70% dos quadros são diagnosticados apenas com a manifestação dos sintomas que, nos casos agudos, são bastante intensos.

Diagnóstico

A única forma de confirmar o seu diagnóstico é consultar um urologista para fazer exames e iniciar o tratamento com os antibióticos corretos.

 

O diagnóstico não é complicado e acontece pelo exame de urina, (do primeiro e segundo jatos e também daquela colhida após exame de toque retal) e pela análise da secreção prostática. Após a confirmação, além de medicação, são recomendadas medidas adicionais, como dieta com restrição de condimentos e maior ingestão de líquidos.  

 

Urologistas afirmam que pacientes em tratamento devem, ainda, aumentar a atividade sexual a fim de eliminar a secreção. Cabe destacar que a prostatite não apresenta riscos para a parceira.

 

Outra coisa que também é importante saber é que a doença não é precursora do câncer, como temem alguns pacientes. No entanto, o tratamento deve ser levado a sério, estendendo-se de 21 a 90 dias de acordo com cada caso. 

 

A próstata, como órgão envolvido na reprodução humana, possui uma linha de defesa importante. A mesma dificuldade que a bactéria tem para vencer essa barreira, os medicamentos também terão. A interrupção da medicação pode ocasionar riscos de cronicidade da doença.

Câncer de próstata

O câncer de próstata é um tumor que acomete homens maduros e pode ser curado quando ainda está localizado. Se identificado já em estágio avançado, o risco de sobrevida do paciente é muito menor. Portanto, o diagnóstico precoce é fundamental no controle e cura da doença. 

 

Trata-se de uma doença silenciosa​ com cerca de 70 mil novos casos a cada ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).  Se descoberta precocemente tem 90% de chance de cura.  No Brasil é o segundo tipo de câncer​ mais frequente em homens.

 

É o tipo de câncer que ocorre na próstata: glândula localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis.

Quanto mais avançado é um tumor mais mutações ocorrem, conferindo maior agressividade.

 

Estas células se multiplicam mais velozmente que as células normais da próstata. As células neoplásicas têm a capacidade de invadir os tecidos e se disseminam por órgãos distantes, seja por via linfática (comprometendo os gânglios) ou sanguínea (principalmente os ossos).

Prevenção

Muitos homens, por preconceito e desconhecimento, têm medo de fazer os exames preventivos, mas a prevenção é a melhor arma no combate à doença que, na fase inicial, não apresenta sintomas.

Para homens com 45 anos ou mais é recomendado fazer anualmente o exame de PSA e o de toque retal. Já que 20% dos casos são diagnosticados na fase inicial.

O tratamento é feito por meio de acompanhamento​ clínico e cirurgia tradicional e cirurgia robótica​, técnica que garante maior segurança aos pacientes e aos médicos.

 

Quais os fatores de risco para o câncer de próstata?

Antecedente familiar assume grande importância – um paciente cujo pai ou tio tiveram câncer de próstata tem o dobro de risco para desenvolver a doença do que a população em geral. Mas vamos ver mais à frente que isso não significa de apenas homens com o histórico de câncer na família correm o risco de desenvolver a doença.

No entanto, o risco é maior para os homens que têm um irmão com a doença. Se o paciente tiver menos de 65 anos e mais de um parente afetado pela doença, o risco aumenta de 6 a 11 vezes. Pacientes com parentes do primeiro grau com câncer de próstata diagnosticados com menos de 55 anos podem ser portadores de câncer de próstata hereditário (menos de 2% dos casos).

 

Outros fatores de risco envolvem a alimentação (dieta rica em gordura e carne vermelha, pobre em legumes, vegetais e frutas), sedentarismo e obesidade (estes pacientes têm câncer de próstata mais agressivo), taxas de estrogênio (quanto maior a taxa, maior o risco), etnia (negros têm maior incidência, enquanto descendentes asiáticos apresentam menor), região onde se vive (americanos têm mais câncer de próstata que asiáticos), nível de poluição ambiental, assim como contato com derivados de borracha e substâncias como ferro, cromo, chumbo e cádmio.

 

Atualmente tem se aumentado o valor do PSA para predizer a chance de câncer de próstata no futuro do paciente. Pacientes com PSA menor que 1 ng/ml têm chance menor que 5% de apresentarem câncer de próstata num seguimento de 10 anos.

Quais os sintomas da doença?

Na fase inicial, a maioria dos pacientes não apresenta sintomas relevantes, mas podem apresentar sintomas relacionados a outra doença comum que acompanha o envelhecimento do homem, a hiperplasia prostática benigna, com sintomas miccionais leves a moderados de dificuldade para urinar. Nenhuma anormalidade pode ser observada ao toque ou pode-se sentir um nódulo endurecido na próstata.

 

Na doença avançada, podem ocorrer sintomas mais intensos obstrutivos miccionais causado pelo crescimento local do tumor com compressão da uretra prostática. Em alguns casos os sintomas são decorrentes da doença que está se espalhando pelo organismo, principalmente para os ossos ou pelo seu crescimento loco-regional, causando obstrução dos rins pela invasão dos ureteres.

Como é feito o diagnóstico

Em homens acima de 50 anos, pode-se realizar o exame de toque retal e dosagem de uma proteína do sangue (PSA), por meio de exame de sangue, para saber se existe um câncer de próstata sem sintomas. Vale lembrar que o toque retal e a dosagem de PSA não dizem se o indivíduo tem câncer, eles apenas sugerem a necessidade ou não de realizar outros exames.

 

O toque retal identifica outros problemas além do câncer de próstata e é mais sensível em homens com algum tipo de sintoma. O PSA tende a aumentar de acordo com o avanço da idade. Cerca de 75-80% dos homens com aumento de PSA não têm câncer de próstata.

 

Cerca de 20% dos homens com câncer de próstata sintomático apresentam um PSA normal. Dependendo da região da próstata, o câncer também pode não ser palpável pelo toque retal. A melhor estratégia é realizar os dois exames, já que são complementares.

 

Pacientes considerados de alto risco (com parentes com câncer de próstata) devem realizar o primeiro exame aos 40 anos de idade. Atualmente, conforme o achado desta investigação o paciente é aconselhado a realizar seus exames anualmente ou até bianualmente, ou a cada 3 anos, tudo dependendo do toque e idade do paciente sob investigação clínica.

 

A Sociedade Americana de Oncologia recomenda realizar exames a cada 2 anos para homens com PSA <2,5 ng/ml e anualmente para os homens cujo nível de PSA é = 2,5 ng/ml.

 

Hoje em dia, podemos ver os médicos solicitarem PSA para:

 

  • Homens com mais de 50 anos que estão em risco médio de câncer de próstata (CaP) e com expectativa de vida de pelo menos mais 10 anos;
  • Homens com idade de 45 anos com alto risco de desenvolver CaP: Afro-americanos e homens que têm um parente de 1º grau (pai, irmão ou filho) diagnosticados com CaP em idade precoce (menos de 65 anos de idade);
  • Homens com 40 anos em risco mais elevado (aqueles com mais de um parente de 1º grau que tiveram CaP em idade precoce).

Cirurgias para Câncer de próstata

O tratamento padrão para o câncer de próstata é a prostatectomia radical, que consiste na retirada da próstata, das vesículas seminais e linfadenectomia ilíaco-obturadora bilateral.

 

A prostatectomia radical tem por objetivo curar o paciente portador do câncer de próstata e além disso remover o câncer por completo. Ela pode ser feita por via perineal, retropúbica ou robô assistida. Todas podem ter resultados bons desde que seja aplicada a técnica operatória adequada.

A linfadenectomia estendida está indicada para pacientes considerados de risco intermediário e alto.

Existem meios de prevenção?

Atualmente, não há evidências de que a realização periódica do toque retal e dosagem de PSA em homens que não apresentem sintomas, diminua a mortalidade por câncer de próstata. Manter uma alimentação saudável, não fumar, ser fisicamente ativo e visitar regularmente o médico contribuem para a melhoria da saúde em geral e podem ajudar na prevenção deste câncer.

Novembro azul, o que é?

Como sabemos, o chamado Novembro Azul é o mês escolhido para conscientizar sobre o câncer de próstata. Trata-se de um movimento mundial que acontece durante o mês de novembro para reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata.

Para alertar sobre a importância de os homens cuidarem da saúde, a Fundação do Câncer desenvolveu uma campanha especial para a data, baseada nos tabus que rondam o comportamento masculino: “Homem não chora. Homem tem que ser forte. Homem não cozinha. Homem não passa roupa. Homem não lava louça. Homem não fica doente. Homem não morre.”  

 

A ideia é tornar os homens mais conscientes e alertar para alguns preconceitos que podem colocar em risco suas vidas. Fique atento. Dentro de alguns dias nova campanha começará!

Alguns mitos sobre o câncer de próstata

 

Há muitos mitos que cercam a doença. Neste artigo, vamos ver alguns:

 

1 – Só quem tem histórico familiar corre o risco de desenvolver câncer de próstata.

Qualquer homem que vive além dos 40 anos de idade pode desenvolver a doença. O que sabemos através de estudos epidemiológicos é que aqueles que têm histórico familiar positivo, ou seja, tem pai, avô, irmãos com a doença possuem maior chance de apresentar o câncer. 

Isso também é verdade para o câncer da mama em homens, doença mais rara, mas tem a mesma relação com a ação da testosterona. E outro grupo com mais risco são os homens da raça negra, pela conhecida sensibilidade androgênica superior aos de raça branca ou amarela.

No outro extremo do risco, pela razão descrita acima, os orientais têm menor incidência de câncer da próstata. Mas efetivamente, todos podem desenvolver a doença, especialmente os que vivem mais tempo.

2 – O Câncer da Próstata não tem cura

Se for identificado precocemente, o homem com câncer da próstata pode ser curado. Esta é a principal razão para que o homem busque fazer exames periódicos envolvendo a glândula a partir de certa idade. Quem fica esperando sentir algo para só então buscar ajuda, estará sempre atrasado.

 

O Câncer da Próstata na sua fase inicial não causa sintomas. É silencioso. A realização do exame de toque retal e a dosagem seriada do antígeno prostático específico (PSA) anualmente demonstraram aumentar a chance de cura nos países onde isso foi avaliado.

3 – O exame da próstata é muito doloroso

O toque retal é a única forma que o médico tem de encostar o dedo na glândula, conhecendo seu tamanho, consistência e identificado anormalidades como nódulos ou áreas endurecidas. Ele permite ainda, o diagnóstico de outras doenças como as perianais, as que afetam o tônus muscular do esfíncter anal, hemorróidas e inclusive o câncer de reto.

 

Não pode ser substituído por outros exames de imagem, nem mesmo pela ressonância. Demonstrou capacidade de aumentar a chance de uma indicação de biópsia da próstata confirmar o câncer quando feito em conjunto com o PSA. Além disso, apesar de ser um exame desconfortável para o homem, sua duração é de alguns segundos e precisa ser realizado apenas uma vez por ano.

4 – Qualquer aumento da próstata significa doença

Por ser uma glândula exclusiva dos homens, a próstata se localiza na saída da bexiga e tem como principal função, manter um ambiente adequado para a sobrevivência dos espermatozoides. Ela se relaciona, portanto, diretamente com a fertilidade masculina.

 

Conforme o homem envelhece, a próstata vai se modificando, parecendo com o útero e as mamas da mulher. Em mais de 80% dos casos, a próstata cresce de maneira benigna, a chamada hiperplasia prostática benigna (HPB). Esse aumento não costuma causar problemas. Portanto não se trata propriamente de uma doença.

Cerca de 30% dos homens com HPB apresentam sintomas ou sinais decorrentes da obstrução parcial da uretra: a demora para iniciar a micção (hesitação); o jato de urina passa a ficar mais fino; demora mais tempo para urinar; pode ter sensação de esvaziamento incompleto; precisar urinar mais vezes; acordar várias vezes para urinar; e necessidade de urinar com urgência.

 

É por isso que, o aumento do volume da próstata nem sempre significa doença. Na verdade, a maioria dos homens apresenta aumento da glândula, mas nenhum sintoma decorrente desse fato. Em alguns casos, quando o aumento provoca efeitos negativos no trato urinário, pode ser necessário interferir nesse processo. Além disso, a próstata ainda pode ser local de doenças inflamatórias ou infecciosas: as prostatites. Por isso é tão importante o homem entender o valor do acompanhamento periódico.

5- Quem opera a próstata acaba ficando impotente

Conforme mencionado acima, existem diferentes condições na próstata: câncer, hiperplasia e prostatites. Cada situação merece um tratamento diferente. Quando a melhor opção é a cirurgia (nem sempre essa é a primeira ou a melhor opção), precisamos destacar que existem diferentes tipos de procedimentos a serem feitos nesse órgão.

 

Para tratar o câncer da próstata, o cirurgião retira toda a glândula, junto com as vesículas seminais e os gânglios vizinhos. Aqui a intenção do médico é curar o paciente de um câncer. Não podem restar células da próstata nesta região e por isso a cirurgia é chamada radical.

 

Nesse procedimento oncológico, o risco de impotência sexual ou disfunção erétil existe e o médico costuma avisar o paciente sobre isso. Algum grau de comprometimento da ereção ocorre em cerca de 70% dos homens. Os principais fatores no pré operatório que determinam o prognóstico quanto a recuperação da ereção são: idade, presença de comorbidades (outras doenças) e qualidade da ereção antes de operar. 

 

Mas o medo de ficar impotente não deve afastar o homem do diagnóstico precoce e muito menos do tratamento, pois sempre existe tratamento para essa disfunção sexual pós prostatectomia.

 

Agora com o crescimento benigno, por outro lado, quando ele dificulta o esvaziamento da bexiga (chamado de HPB) a primeira linha de tratamento envolve mudanças de hábitos e medicação oral (vários medicamentos foram lançados com esse objetivo). Quando isso não resolve ou o paciente não se adapta, a cirurgia pode ser necessária, mas ela é bem diferente daquela para o câncer.

 

O objetivo nesse caso é abrir caminho para a urina passar com mais facilidade. O cirurgião pode optar, nesse caso, entre a raspagem por dentro do canal (conhecida como RTU) ou a enucleação do adenomas prostáticos (parte interna da próstata que está comprimindo o canal). As cirurgias para tratar a hiperplasia benigna da próstata (HPB) raramente provocam algum impacto negativo na ereção. Pelo contrário, podem inclusive ajudar a parte sexual na medida em que o tratamento cirúrgico alivia os sintomas urinários.

A cirurgia para Câncer da Próstata causa incontinência urinária

A chamada prostatectomia radical pode sim afetar a contenção de urina. Isso ocorre porque a musculatura do assoalho pélvico, a responsável pela formação do esfíncter urinário, pode ser danificada no momento da cirurgia. Nesse caso, o paciente perde urina continuamente ou quando muda de posição ou faz algum esforço. Depende do grau de incontinência.

 

Usualmente esta incontinência costuma ser transitória e melhorar com o tempo. A fisioterapia pélvica tem conseguido acelerar essa recuperação. A maioria dos pacientes já se encontra com a continência restabelecida após um ano do procedimento.

 

A evolução das técnicas cirúrgicas (inclusive com a chegada do robô) têm reduzido a ocorrência de incontinência, mas o cirurgião precisa esclarecer esses riscos de forma a preparar o homem que está enfrentando o câncer da próstata para essa que é uma das piores sequelas da cirurgia. A perda involuntária de urina costuma ter um enorme impacto na qualidade de vida.

A prostatectomia radical é a única opção para quem tem Câncer da Próstata

Nem sempre a cirurgia radical é a melhor opção para tratar o câncer. Na verdade, o grande desafio hoje é conseguir identificar precocemente apenas os tumores que possuem relevância clínica. Isso significa dizer: achar apenas os tumores que se não descobertos iriam crescer e se espalhar prejudicando a vida do homem.

 

Quando a biópsia da próstata mostra que a existência do câncer limita-se a menos de 5% dos fragmentos retirados e o grau de agressividade do tumor (estabelecido pelo escore de GLEASON) é baixa e o nível do PSA também é baixo, o homem pode optar em conjunto com seu médico pelo chamado acompanhamento ativo. Nessa modalidade, o paciente repete a biópsia periodicamente para confirmar as informações e não usa outros recursos para curar a doença. 

 

Claro que essa seria uma situação onde o tumor é de baixa repercussão clínica e o tratamento agressivo traria mais risco do que benefícios para o homem. Além disso, para os homens que têm o diagnóstico de câncer da próstata localizado na glândula e querem tentar a cura, tanto a cirurgia radical quanto a radioterapia conformacional apresentam a mesma eficácia em. 

 

Infelizmente também apresentam as mesmas taxas de complicação no que se refere à impotência e incontinência urinária. Costumamos reservar a radioterapia para os casos onde o risco cirúrgico é mais elevado.

Quem tem metástases do Câncer de Próstata não tem mais expectativa de vida.

Quando o Câncer de Próstata já não está restrito à glândula, ou seja, existem células cancerígenas nos gânglios, no esqueleto ou em outros órgãos, consideramos que a doença não pode mais ser completamente curada. Tornou-se sistêmica. Nessa situação, outros tratamentos podem ajudar a frear o avanço do câncer.

 

O bloqueio da testosterona costuma ter um efeito inicial muito positivo. As células da próstata “alimentam-se” da testosterona. Porém após alguns anos de hormonioterapia, o tumor costuma tornar-se hormônio-resistente. Então, os médicos ainda podem entrar com outros medicamentos como os quimioterápicos e mais recentemente, a imunoterapia.

 

Portanto, sempre existe um meio de como ajudar o homem com Câncer de Próstata independente do estadiamento da doença. Claro que quanto mais precoce for feito o diagnóstico, mais eficaz será o tratamento.

Novo exame usado para detectar câncer de próstata

PSA é a sigla para Prostate-Specific Antigens, ou antígenos específicos da próstata em português. O que são esses tais antígenos? Tratam-se de moléculas produzidas por essa glândula, inclusive quando ela está saudável. 

 

O que vai mudar, na verdade, é a quantidade de PSA em circulação quando algum homem apresenta um câncer de próstata, por exemplo. Daí veio a ideia dos especialistas: fazer um exame para medir a concentração dessa partícula no sangue para verificar a presença dessa e de outras doenças.

Como funciona o exame de PSA

Para detectar precocemente casos de câncer de próstata e outras condições, como a hiperplasia prostática benigna e a prostatite. O PSA é solicitado no início das investigações médicas. Outros exames complementam o diagnóstico, como o toque retal.

 

Aliás, o toque retal – ainda cercado de preconceitos bobos – não seria indicado para o rastreamento inicial do câncer de próstata, mas é frequentemente pedido por ser rápido e barato. Converse com um profissional para avaliar o seu caso especificamente.

 

Uma amostra de sangue é colhida e enviada ao laboratório para análise. No geral, os médicos pedem a medição do PSA total, mas podem também requisitar a quantidade de PSA livre – ou seja, a quantidade que não está ligada à nenhuma proteína, se houver alterações nos resultados.

 

Recentemente, chegou ao Brasil o Prostate Health Index (PHI), ou Índice de Saúde da Próstata. Ele usa uma terceira fração do PSA para fazer um diagnóstico mais certeiro e reduzir a necessidade de biópsias.

Interpretando os resultados

O PSA total é considerado normal quando está em até 2,5 ng/ml. Se varia entre 2 e 10 ng/ml, o médico pode pedir o PSA fracionado para avaliar melhor o quadro.

 

Mas atenção: a taxa de PSA no corpo aumenta naturalmente com a idade. Fora que alguns casos de câncer sequer apresentam alterações significativas nos níveis da molécula. Em outras palavras, a interpretação do resultado deve ser individualizada.

 

O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (Inca) não recomendam que o exame de PSA seja utilizado para rastreamento populacional do câncer de próstata. Isso porque, às vezes, ele acusa um câncer maligno que, na verdade, não está lá. Ou apenas detecta quadros benignos, que não exigiriam biópsias agressivas na sequência.

 

Agora, isso não quer dizer que esse teste é muito ruim, ou inútil. Pelo contrário. O que se preconiza é consultar um médico para que ele determine a necessidade de fazer o exame (e a regularidade) de acordo com particularidades de cada paciente.

 

Sempre vale lembrarmos que, indivíduos com histórico familiar de tumores na próstata, por exemplo, começam a ser monitorados geralmente a partir dos 40 anos. Homens negros, via de regra também merecem atenção especial.

 

O fato é: quando adequado a cada paciente, o teste de PSA pode ajudar muito.

 

Se interessou pelo assunto e gostaria de expressar sua opinião ou tirar qualquer dúvida a esse respeito? Comente abaixo que teremos o maior prazer em falar com você!

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Leite, fonte de saúde para as crianças

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Não há dúvidas, o leite é essencial para o bom desenvolvimento de qualquer criança e esse ponto de vista é unanimidade entre os especialistas. Isso porque o leite é o alimento com maior concentração de cálcio, mineral que age diretamente na formação da massa óssea. Além disso, possui inúmeros nutrientes que são importantes para o bom desenvolvimento da criança. Sem ele, há uma grande chance de surgirem deficiências nutricionais que podem prejudicar todo o crescimento.

Nos primeiros anos de vida, o consumo de leite garante a quantidade adequada de cálcio, sendo que nos 6 primeiros meses, o leite materno supre totalmente as necessidades nutricionais da criança”, diz Fabíola Suano, nutróloga e integrante do Departamento Científico de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Além do cálcio que já citamos, o leite possuí outros elementos importantes para o desenvolvimento tais como a proteínas, cuja função regeneradora repõe células e tecidos do organismo. Potássio, mineral importante para o equilíbrio dos fluidos corporais e as contrações musculares. Fósforo, vital para a mineralização óssea e o fornecimento de energia para as células. Magnésio, que auxilia na absorção das proteínas e nos processos biológicos do corpo. Vitamina A, que aumenta a imunidade, combate doenças de pele e melhora a visão. Vitamina B1, que ajuda no funcionamento cerebral e cardíaco.Vitamina B2, que protege contra a anemia. Outras vitaminas do complexo B, que ajudam no crescimento e no ajuste do sistema imunológico.

O leite de vaca é um dos principais alimentos na infância, ficando atrás somente do leite materno. Ele pode ser encontrado nas versões integral, semi-desnatado e desnatado. A diferença entre eles é a quantidade de gordura. No leite semi-desnatado, há uma menor presença de gorduras saturadas e um valor calórico menor que o do leite integral. E o mesmo ocorre com o desnatado em relação ao semi-desnatado.

O melhor tipo leite a ser dado a criança será indicado pelo pediatra, isso porque o mercado oferece diversas opções, cada um com características específicas e que irão auxiliar em um determinado ponto. Por isso, a indicação do especialista é indispensável.

fonte:http://bebe.abril.com.br/

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